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Brasil no banco dos réus

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20 Outubro 2017

"Ao invés de dividir as terras e diversificar a agricultura, as classes dominantes optaram pelo grande latifúndio e pela produção a serviço das nações centrais. Desde os tempos da Colônia, passando pelo Império, até a República. Hoje não é diferente: minério, soja, carne, etanol, petróleo, etanol – o melhor para fora ou para a elite local, o resto para a população pobre. O povo brasileiro só vê as migalhas, como na parábola evangélica do pobre Lázaro", escreve em artigo Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais.

Eis o artigo

- Terra de Santa Cruz, chamada Brasil, você está sentado no banco dos réus devido a uma série de acusações.

- Acusações? Sr. Juiz, serei por acaso um criminoso sem o saber?

- Isso mesmo! Desde os tempos de Pedro Álvares Cabral, muitos crimes pesam sobre a sua cabeça.

- Tenho ao menos o direito de saber do que estou sendo acusado e julgado!

- O inquérito mostrou grande número de ações criminosas. Mas tudo pode ser resumido em uma única frase: como um país tão rico em recursos naturais tem um povo tão pobre, ou tão empobrecido?

- E que tenho eu a ver com isso? Não foi eu que criei ricos e pobres.

- Bem sei. Ricos e pobres não foram criados. A riqueza é causa da pobreza, e esta fruto daquela.

- Reconheço que há uma certa razão em tudo isso. Mas o que tenho a ver com essa situação?

- Simples, Sr. Brasil. Ao longo da história, onde o solo se revelou mais rico, o povo se tornou mais pobre. É como se os brasileiros fossem “mendigos sentados em montanhas de ouro”, para usar uma expressão conhecida. Recursos como a madeira, o minério, o algodão, o açucar, o café, o cacau foram dilapidados, ao mesmo tempo que os trabalhadores, após serem usados como escravos, foram abandonados à própria sorte.

- Sim, mas isso é coisa antiga, do arco da velha!

- Não é bem assim. A lupa com a qual se lê a história da Terra de Santa Cruz é também a chave que explica o que está acontecendo nos dias de hoje. É raiz e o fio condutor de nossa trajetória histórica.

- Lupa, chave, raiz, fio condutor – que diabo quer dizer tudo isso?

- Três exemplos, Sr. Réu. Primeiro o latifúndio. É simultaneamente lupa histórica e chave atual porque faz parte do quadro econômico brasileiro. “Muita terra sem gente, muita gente sem terra”, se diz com razão. Terra e renda estão concentradas nas mãos de poucos, poucos e poderosos, enquano a maioria passa fome ao lado do latifúndio.

- Só sei, Sr. Juiz, que tudo o que tenho, comprei com meu dinheiro.

- Engana-se, Sr. Brasil! Sua riqueza e suas terras cresceram na medida em que o Sr. explorou ao máximo não só os recursos da natureza, mas também a mão-de-obra escrava, e depois assalariada, para não falar dos subsídios do governo. E esta é a segunda lupa e chave para entender nossa história: o trabalho escravo ou semi-escravo.

- Olhe, Sr. Juiz, de minha parte eu procurei seguir a legislação do país, nada mais!

- Bem sei! Leis feitas pela Casa Grande, mas que pesam sobre os ombros da Senzala.

- Casa Grande & Senzala? Já ouvi falar disso, mas confesso que não sei do que se trata.

- É um tipo de organização social em forma de pirâmide. A Casa Grande forma o pico da pirâmide, a Senzala é sua Base. Senhores de um lado, escravos do outro. Os que moram no andar de cima detêm a riqueza, os de baixo trabalham para ela. Não é essa justamente a imagem viva da política brasileira? O Planalto Central e a Planície parecem seguir órbitas distintas, uma desconhecendo a rota da outra...

- E isso parece ser mais uma lupa ou chave, como diz o Sr.?

- Poderia ser, mas vamos chamar de uma forma extrema de desigualdade socioeconômica e político-cultural que atravessa toda a trajetória do país, desde a chegada dos conquistadores.

- O Sr. falou de três lupas ou chaves! Cadê a outra?

- Tem razão, Sr. Brasil, a terceira chama-se monocultivo de exportação. Ao invés de dividir as terras e diversificar a agricultura, as classes dominantes optaram pelo grande latifúndio e pela produção a serviço das nações centrais. Desde os tempos da Colônia, passando pelo Império, até a República. Hoje não é diferente: minério, soja, carne, etanol, petróleo, etanol – o melhor para fora ou para a elite local, o resto para a população pobre. O povo brasileiro só vê as migalhas, como na parábola evangélica do pobre Lázaro.

- Mesmo assim, Sr. Juiz, por quê somente eu estou sentado neste banco dos réus?

- Caro Sr. Brasil, você está aí representando a classe dominante. Aliada da Metrópole, e depois dos países mais poderosos, ela sacrificou a nação em benefício próprio. Depredou e devastou o solo e o subsolo desta terra e entregou suas melhores riquezas para os países desenvolvidos. Fez-se cúmplice e capataz (às vezes refém) do mercado global. Isso sem falar do grau de corrupção que vicia e envenena a política brasileira.

- Isso cheira a revolução e comunismo!

- Não é comunismo, mas é revolução sim!. Neste exato momento, por exemplo, com o processo de passagem dos combustíveis fósseis para os combustíveis renováveis, quem sabe temos uma oportunidade ímpar para uma mudança ecológica que pode ser o carro chefe de uma revolução de todo os sistema econômico, político e social.

- Mas revolução é desordem e atraso. Nossa bandeira fala de “ordem e progresso”.

- Não, Sr. Réu! Não quando a revolução é conduzida de forma pacífica, com a força dos movimentos sociais, das organizações de base e com a participação popular das ruas e praças.

- E onde vão parar os governos?

- Tem razão! Também o governo precisa mudar. O poder que eu represento, o Judiciário, bem como o Legislativo e o Executivo devem subordinar a economia aos princípios éticos da política, e esta deve procurar ater-se às necessidades mais urgentes da população, privilegiando os menos favorecidos.

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