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O cientista da computação Manuel Blum: "E se as máquinas tivessem uma consciência?"

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10 Janeiro 2018

Quem primeiro tentou definir a consciência foram os filósofos, depois os psicólogos e, por fim, os neurofisiologistas. Agora, na era digital dos "cérebros eletrônicos", é natural que os cientistas da computação se interessem, e tenham algo significativo a dizer sobre isso: por exemplo, se as máquinas podem ser conscientes. Uma das pessoas que trabalham nessa área é o venezuelano Manuel Blum, vencedor do Prêmio Turing em 1995 pela teoria abstrata da complexidade computacional dos programas, com quem falamos no recente Meeting das Medalhas Fields, em Heidelberg.

A entrevista é de Piergiorgio Odifreddi, publicada por La Repubblica, 27-12-2017. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis a entrevista.

Por que procurar uma definição computacional sobre a consciência? 

Porque a informática tem uma vantagem sobre as disciplinas humanísticas: permite dar definições precisas, sobre as quais se pode concordar ou não, mas a partir das quais é possível então derivar consequências verificáveis ou refutáveis de maneira experimental.

E o que está tentando fazer, exatamente?

Uma vez que é mais fácil entender as coisas pequenas e simples do que as complicadas e grandes, eu tento construir um modelo mínimo que mostre algum nível de consciência, sem a pretensão de cobrir a grande variedade de manifestações conscientes que têm sido estudadas.

Como você chegou a se interessar por esses problemas?

Quando eu era criança, meu pai me disse que se eu queria provar que era bom, eu deveria tentar explicar como o cérebro funciona. Quando me inscrevi na universidade escolhi a engenharia eletrônica, porque eu estava pensando em fazer robótica. Mas, ao mesmo tempo, também comecei a frequentar cursos sobre as Obras completas de Freud, porque eu acreditava que a psicanálise era o caminho adequado para entender o cérebro.

E o que aconteceu?

Eu percebi que não era bem assim. E quando o professor que ministrava os cursos viu que eu estava insatisfeito, encaminhou-me ao neurofisiologista Warren McCulloch, que era considerado o anti-Freud. Em 1943, havia escrito um ensaio sobre Um cálculo lógico das ideias imanentes na atividade do sistema nervoso, juntamente com o matemático Walter Pitts, moldando o sistema nervoso que agora é conhecido como rede neural. o modelo permite prever os estados futuros do sistema, mas não de recuperar os passados, porque o acesso a memória modifica o conteúdo: ou seja, o modelo de McCulloch seguia na direção oposta à de Freud. De qualquer forma, quando eu o conheci, McCulloch mudou a minha vida. Mas também o seu colaborador Pitts foi fundamental para mim, porque ele me ensinou a importância dos livros: ele os tirava aos montes da biblioteca, e os trazia de volta com um carrinho somente quando o ameaçavam, mas depois logo recomeçava.

Que outros contributos proporcionaram McCulloch e Pitts?

O seu trabalho hoje se tornou um clássico. No início os neurofisiologistas o criticaram porque os neurônios artificiais do modelo poderiam ser tanto excitados como inibidos, enquanto acreditava-se que aqueles naturais do cérebro nunca eram inibidos. Mas três anos mais tarde, descobriu-se os neurônios inibitórios no cérebro, e ficou claro que tinham razão McCulloch e Pitts, e não os neurofisiologistas. Entre outras coisas, a razão era simples: sem inibição os circuitos neuronais poderiam calcular apenas funções monótonas, que sempre crescem ou sempre decrescem, mas não aquelas que às vezes crescem e às vezes decrescem. E essa é precisamente a vantagem preditiva dos modelos simples e precisos, conforme mencionei.

Qual foi o seu passo sucessivo?

Em 1964 fiz a minha tese sobre a complexidade com Marvin Minsky, um dos pais da inteligência artificial, que na época estava escrevendo seu livro sobre Máquinas finitas e infinitas, e sua capacidade computacional. Ainda me lembro que um dos exercícios esse livro pedia para construir uma máquina capaz de se auto-reproduzir: a solução era construir uma máquina universal capaz de construir máquinas arbitrárias através de suas descrições e, em seguida, alimentá-las com a própria descrição.

Existe alguma conexão com seu trabalho atual sobre a consciência?

Eu penso que sim. Por exemplo, eu gostaria de entender a consciência de maneira análoga à que os lógicos entendem o computabilidade: através de muitas definições aparentemente diferentes, cada uma das quais capta algum aspecto particular do conceito, mas que acabam por ser todas equivalentes entre si. Isso provaria, como no caso da computabilidade, que encontramos algo realmente fundamental.

Não acredita que a consciência o seja, a priori?

Eu não sei: poderia não ser, ou revelar-se menos importante do que nos parece. Mas isso poderia ser uma boa maneira de mostrar que é fundamental.

E o que seria, nessa analogia, o equivalente da abordagem de Alan Turing para a computabilidade através dos computadores?

Há pelo menos dois. Um deles é a abordagem de Bernard Baars da consciência como um palco de teatro, em que alguns atores são momentaneamente iluminados na cena, enquanto os outros atores permanecem no escuro na plateia ou nos bastidores, aguardando a sua vez. O outro é a abordagem de Giulio Tononi, que explora a metáfora de vigília e sono. Atualmente, estas parecem-me as únicas teorias neurofisiológicas passíveis de transformação em modelos computacionais.

Você trabalha diretamente com esses neurofisiologistas?

Não, nunca me encontrei com eles. Também porque estou interessado em ver o que vai sair da minha cabeça, como se eu fosse a única pessoa existente no mundo.

Sozinho sem outros homens, ou também sem Deus?

Até a adolescência eu sempre conversava com Deus, antes de adormecer, mas chegando à universidade, descobri que nenhum dos meus amigos acreditava nele. Então eu pedi a Deus que me desculpasse, pois me ausentaria por um mês para tentar descobrir como ficavam meus amigos sem ele. E depois, naturalmente, nunca mais voltei atrás. Mas preciso ter cuidado para não fazer isso também com os homens, porque é possível viver feliz sem Deus, mas não sem os outros.

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