O Papa recebe o convite oficial para visitar a Grande Mesquita de Roma

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21 Janeiro 2016

Uma pequena delegação islâmica convidou oficialmente o Papa a visitar a Grande Mesquita de Roma. O convite, anunciado há alguns dias, foi apresentado ao Pontífice durante uma breve audiência que aconteceu no Salão Paulo VI e durou 10 minutos. Depois, o Papa reuniu-se com um grupo de bispos do Sudão do Sul e posteriormente, como todas as quartas-feiras, aconteceu a Audiência geral no salão das audiências.

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por Vatican Insider, 20-01-2016. A tradução é de Evlyn Louise Zilch.

O Vaticano não forneceu mais detalhes. A delegação de cinco pessoas estava composta pelo imã Yahya Pallavicini da Coreis (Comunidade Religiosa Islâmica da Itália), Abdellah Redouane, diretor do Centro Islâmico Cultural da Itália, da qual depende a mesquita, um representante do Conselho de administração do Templo e alguns embaixadores. A possível data para a visita do Pontífice será em 27 de janeiro, mas esta não se confirmou. Na semana que vem, ainda, o Papa receberá o presidente iraniano Hassan Rohani no Vaticano.

Bergoglio será o primeiro Papa que visitará a Grande Mesquita de Roma, cuja construção (que começou depois de uma deliberação do conselho da cidade em 1974), foi encomendada para o arquiteto Paolo Portoghesi e se concluiu em 1995 com sua inauguração.

O Papa continuou hoje com o ciclo de catequeses sobre a misericórdia e dedicou a Audiência desta manhã à semana de oração pela união dos cristãos (de 18 a 25 de janeiro), cuja reflexão este ano foi confiada a um grupo ecumênico da Letônia. Em sua catequese semanal o Papa explicou que “compartilhar o Batismo significa que todos somos pecadores e temos a necessidade de sermos salvos, redimidos, libertados do mal”.

"Quando nós cristãos dizemos que compartilhamos um único Batismo, afirmamos que todos nós – católicos, protestantes e ortodoxos – compartilhamos a experiência de sermos chamados das trevas ferozes e alienantes para o encontro com o Deus vivo, pleno de misericórdia".

Da mesma forma, o Bispo de Roma disse que "a Primeira Carta de Pedro está dirigida para a primeira geração de cristãos para torná-los conscientes do dom recebido no Batismo e das exigências que isto implica", e agregou que "também nós, nesta Semana de Oração, estamos convidados a redescobrir tudo isto, e a fazê-lo juntos, indo além de nossas divisões".

"Nós cristãos podemos anunciar a todos a força do Evangelho comprometendo-nos a compartilhar as obras de misericórdia corporais e espirituais. Este é um testemunho concreto de unidade".

Ao finalizar, o Papa Francisco afirmou que "durante esta Semana de Oração, rezaremos para que todos nós discípulos de Cristo encontremos um modo de colaborar juntos para levar a misericórdia do Pai a cada parte da terra".