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'Megalópolis' tira cinema americano da sua rotina miserável com invenção. Artigo de Inácio Araujo

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01 Novembro 2024

"Estamos diante de uma produção enorme e ambiciosa que, quase certo, vai dar um prejuízo infernal. Imaginamos se no futuro era obra grandiosa será lembrada pela sua magia ou esquecida por fragilidade. Coppola não parece se importar com isso", escreve Inácio Araujo, crítico de cinema, sobre o filme “Megalópolis”, em artigo publicado por Folha de S.Paulo, 20-09-2024.

Eis o artigo.

"Megalópolis" é metade Roma, metade Hollywood e metade Nova York. Epa! Está sobrando uma metade. Sim, mas porque com Francis Ford Coppola tudo é excessivo. Estamos em Roma, na Roma, no império por excelência, num momento em que tudo sugere a degeneração, o caos e o fim próximo.

Estamos também em Hollywood, capital mundial do espetáculo e, não por acaso, coração dos Estados Unidos. E estamos em Nova York, não só pela cenografia como pelo caráter de capital do império — ali os valores se estabelecem, mas também entram em estado de plena entropia.

Existe um conflito entre inventor Cesar Catilina (Adam Driver) e o prefeito Cicero (Giancarlo Esposito). De cara somos remetidos a Roma, ao enfrentamento entre Cicero e Catilina. Não importa quem corresponde a que, importa a remissão a Roma, à iminência da tragédia (Catilina parece viver dentro de tragédias shakespearianas).

Catilina pretende mudar o mundo com sua nova substância e sua megalópole. Para tento precisa demolir as habitações onde vivem os pobres. O prefeito não quer saber disso. Odeiam-se. Existe também a filha do prefeito, Julia (Nathalie Emmanuel) que começa a se interessar por Catilina.

Aos poucos veremos, na intriga, formar-se um triângulo amoroso similar ao de "Metrópolis", de Fritz Lang, que é a mais evidente remissão cinematográfica na montanha delas que Coppola se permite e não raro se diverte em fazer.

Mas a intriga é o que menos importa. Menos do que a corrida de bigas e as lutas a que os poderosos da cidade assistem enquanto mostram ao mundo o tanto de dinheiro que têm. Ou do que Wow Platinum (Audrey Plaza), que anuncia os números de Wall Street e anuncia a si mesma, enquanto é por um tempo amante de Catilina, antes de se casar com o banqueiro Crassus (Jon Voight), que esbanja a vaidade que vem da montanha de dinheiro que tem.

Tudo isso, não se pode esquecer, faz parte do espetáculo, tanto quanto os trapezistas ou os andaimes que servem de cenário aos sonhos de Cesar Catilina — e lembram por momentos a montagem de "As Criadas", de Jean Genet, por Victor Garcia, em São Paulo.

É entre grandeza e ruína que se desenvolve a trama, mas a trama interessa menos que as ruínas. E neles residem as subtramas onde se ostenta poder e ambição em tempo quase integral.

Vendo o filme, lembrei de um comentário muito importante sobre a relação de Coppola com seus diretores de fotografia. Ele viveu às turras com Gordon Willis, mas foi com ele que fez os seus filmes mais bem-sucedidos — a saga "O Poderoso Chefão". Com Vittorio Storaro, ao contrário, ele se dava bem, mas mesmo os filmes mais felizes que fizeram juntos fracassaram.

Por quê? Alguém levantou uma hipótese interessante: Willis era um tipo pé na terra, e trazia para a Terra o sonhador Francis Ford. Storaro era um sonhador como Coppola e com isso os filmes voavam alto, nunca tocavam o solo.

Pode ser. Aliás, um dos momentos mais belos do filme vem de uma trucagem (ou efeito especial, tanto faz) à maneira de Méliès, em que vemos a Lua cheia encantadora e, perto dela, uma nuvem simpática, da qual sai um braço que leva a lua embora. Era um sonho.

Enquanto esses espetáculos, fragmentos e remissões se impõem, o filme é invenção o tempo inteiro, e essa invenção é por vezes genial, como o momento em que Coppola divide sua tela em três e, na aba central, introduz um Elvis Presley que parece saído do filme de sua filha Sofia e canta o hino dos EUA.

Chega, porém, o momento em que é preciso desenvolver o "plot", o conflito central, e encaminhá-lo para o final. Ele diz respeito ao amor entre Catilina e Julia e à absoluta repulsa que Cícero, o prefeito e pai dela, tem pela ideia de vê-los juntos.

É o momento em que o filme mais deve ao "Metrópolis". Mas, o que é problema, quando mais perde o interesse. À força de colocar o espetáculo — ou seja, Hollywood — à frente de tudo, Coppola deixou muito em segundo plano a população, os miseráveis da cidade — ao contrário de Fritz Lang— para ficar no triangulo amoroso — que leva a um final meio água com açúcar.

Apesar disso, o essencial dessa empreitada tão grandiosa quanto megalomaníaca é o desejo de tirar o cinema americano da miserável rotina padronizada em que caiu no século 21. A megalomania não é deslocada. Basta ver o plano inicial, quando explode na tela — tem uma força incomum, de mestre inventor e alucinado. Como seu Cesar Catilina.

Estamos diante de uma produção enorme e ambiciosa que, quase certo, vai dar um prejuízo infernal. Imaginamos se no futuro será obra grandiosa será lembrada pela sua magia ou esquecida por fragilidade. Coppola não parece se importar com isso.

Como Marco Aurélio, o imperador romano, ele acredita que sob nossos pés abre-se o abismo infinito do passado e outro abismo, o do futuro, onde tudo some. Em definitivo, aquele cenário de andaimes incertos onde Cesar Catilina pisa, enquanto sonha com a cidade que projetou, não está lá por acaso.

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