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Declaração Fiducia supplicans: revolta ou revolução? Artigo de Christine Pedotti

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23 Janeiro 2024

"Essa Declaração contradiz também a ideia de que o cristianismo é sinônimo de conservadorismo, uma vez que são países majoritariamente cristãos que aceitaram a união de pessoas do mesmo sexo. Resta observar a força da revolta que parecem querer levantar os bispos africanos. Mas, em última análise, o que está em jogo é a questão da liberdade das consciências, que é o fundamento da organização das democracias e dos estados de direito", escreve Christine Pedotti, fundadora do Comité de la jupe com a biblista Anne Soupa, intelectual feminista, católica de esquerda, escritora e jornalista. O artigo é publicado por Témoignage chretien, 04-01-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Poucos dias antes do Natal, o Papa Francisco surpreendeu com a publicação de parte do poderoso dicastério para a Doutrina da Fé, outrora denominado "Santo Ofício", de uma “Declaração” sobre a bênção a casais irregulares e, em particular, a casais do mesmo sexo. Demasiado liberal para uns, demasiado prudente para outros, o texto já desilude, mas não é jesuitamente explosivo e criativo?

Não há dúvida de que tem o dedo do Papa Francisco; foi perfeitamente esclarecido que a Fiducia supplicans é publicada com seu pleno acordo. A surpresa é grande, visto que a Igreja católica está no meio de um processo sinodal que visa reformar a governança. Claro, muitos documentos das Igrejas ocidentais e em particular da Igreja da Alemanha pediam por essa abertura, mas ninguém esperava que o problema fosse regulamentado antes do final do Sínodo por um texto que se situa num nível elevado na hierarquia das normas da Igreja.

O Papa Francisco parecia ter permitido esse tipo de bênçãos numa afirmação em outubro, despertando as dúvidas dos cardeais conservadores, que se dirigiram para a Doutrina da Fé recebendo uma resposta bastante concisa. A recente Declaração, embora repleta de precauções de diversos tipo, é clara: a bênção é possível enquanto não é possível confundi-la com uma celebração de casamento. Certo que é clara, mas quanto se gira em torno do problema! É verdade que se trata, justamente, de dizer o contrário do que foi afirmada por décadas. É um dos maiores problemas da Igreja católica. Que afirma não mudar, já que a verdade que ela detém é eterna e intangível. Então, quando modifica a sua posição – o que de fato acontece com frequência –deve recorrer a estranhas contorções e argúcias intelectuais. É assim que acontece com essa Declaração, que faz o camelo da abertura e da tolerância passar pelo buraco da agulha de uma doutrina do casamento e da sexualidade estreita, rígida e obsoleta.

Se as precauções da Fiducia suplicans são numerosas, o fato principal é que duas pessoas que se amam e se declaram um casal, são um casal e a Igreja o reconhece abençoando-as - no sentido etimológico, “diz bem”. E isso atinge duramente os conservadores de todos os matizes, começando, na França, por aqueles que, dez anos atrás, argumentavam que o "casamento para todos" era a maior ruptura antropológica desde Adão e Eva. Mas não é nada comparado com a consternação dos episcopados conservadores estadunidenses, daqueles da Europa do Leste e, sobretudo, daqueles da África, onde há muitos católicos responsáveis - ou irresponsáveis - que pronunciam a palavra de cisma.

Nas redes sociais até se descobre, aqui ou ali, um pároco ou mesmo um bispo, que ousa propor rezar pelo Papa Francisco, para que Deus o chame em breve de volta a si. É preciso dizer que, em vários estados africanos, a homossexualidade não é apenas considerada imoral, mas é ilegal e condenada. Dos cinquenta e quatro estados, trinta e dois a condenam e dois a punem com a morte, a Nigéria e a Mauritânia. Causa certa impressão a poderosa homofobia expressa nas mensagens dos diferentes episcopados. No mínimo, a Declaração é profética e não permite mais justificar com um juízo “divino” as disposições iníquas das leis civis.

O que também transparece - e não é anódino - é que esses discursos estão na mesma linha dos discursos de Vladimir Putin, que também reprime a homossexualidade, acreditando ser uma contaminação vinda do Ocidente decadente. É nesse ponto que o texto do Vaticano deixa de ser uma pequena história católica para se tornar o poderoso revelador de uma enorme falha geopolítica. Mais do que nunca, o campo da liberdade e da democracia parece restrito diante do que é erroneamente definido como o “Sul Global” – porque as linhas de separação são mais complexas.

Sobre questões de liberdade pessoal, sobre a aceitação de sociedades inclusivas, a América Latina, de onde, aliás, vem o Papa Francisco, é bastante vanguardista. Nove estados legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No total, existem trinta e seis estados no mundo, representando quase 18% da população mundial, que o permitem. Na África, é permitido apenas na África do Sul e, na Ásia, em Taiwan e no Nepal.

A decisão do Vaticano, mesmo que não se trate de casamento, mas de uma bênção, insere-se nessa lógica de reconhecimento dos direitos das pessoas nas suas diferenças. Essa Declaração contradiz também a ideia de que o cristianismo é sinônimo de conservadorismo, uma vez que são países majoritariamente cristãos que aceitaram a união de pessoas do mesmo sexo. Resta observar a força da revolta que parecem querer levantar os bispos africanos. Mas, em última análise, o que está em jogo é a questão da liberdade das consciências, que é o fundamento da organização das democracias e dos estados de direito. 

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