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Jornada Mundial da Juventude: participação, perigos, promessas e prognósticos. Artigo de Nuala Kenny

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02 Agosto 2023

O abuso de poder, de posição, de confiança e de consciência – muitas vezes negado e encoberto – foi a gota d’água para muitas pessoas que abandonaram a Igreja.

A opinião é de Nuala Kenny, religiosa das Irmãs da Caridade em Halifax, no Canadá, e médica pediatra. É coautora de “Still Unhealed: Treating the Pathology in the Clergy Sexual Abuse Crisis” [Ainda incurado: tratando a patologia na crise dos abusos sexuais clericais] (Novalis e Twenty-Third Publications, 2019).

O artigo foi publicado por La Croix International, 01-08-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

Em seu convite de novembro de 2021 para a 37ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – que está ocorrendo em Lisboa (Portugal) até o próximo domingo –, o Papa Francisco repetiu o apelo de Jesus: “Eu te digo, levanta-te!” (Lc 7,14) e “Eu te constituo testemunha do que viste” (At 26,16). Em sua mensagem aos participantes, o papa apresentou-lhes Maria, que – ainda refletindo sobre sua surpreendente notícia – “levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1,39) para ajudar sua prima Isabel.

A intenção mensal de oração do papa para o mês de agosto é que os jovens experimentem um encontro significativo uns com os outros e com a pessoa do Cristo vivo. Levantar-se, testemunhar e apressar-se são uma necessidade urgente de testemunho profético e de discípulos missionários nestes “tempos difíceis”.

Participação

Alguns católicos têm grandes expectativas em relação a este evento da Jornada Mundial da Juventude e no retorno da Igreja a uma posição de poder e de influência na sociedade. Uma reunião de mais de um milhão de jovens poderia sugerir que tudo está bem. Tais católicos não aceitam que, nesta pós-cristandade, até mesmo o muito católico Portugal legalizou o aborto, o divórcio, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a eutanásia, e sua Igreja está perdendo membros. Outros são totalmente indiferentes.

A maioria nega a crise global de fé da juventude de hoje. O Papa Francisco diz que a crise nos ajuda a crescer. Na medicina, sabemos que a crise é um ponto de virada rumo à vida ou à morte. Como religiosa e pediatra com 40 anos de prática cuidando de crianças e de jovens gravemente doentes, moribundos, abusados e abandonados, sinto-me pequena frente à coragem de meus pacientes com traumas. Fico impressionada com a profundidade de suas vidas espirituais. Jesus reconheceu a sensibilidade espiritual dos doentes em suas interações com eles.

Meu interesse especial é entender os fatores que influenciaram o desenvolvimento humano e a formação espiritual dos participantes da Jornada Mundial da Juventude como cruciais para avaliar os perigos e as possibilidades do encontro de jovens.

A convergência da crise dos abusos sexuais, do isolamento pandêmico, da violência global e dos desastres ambientais levanta questões críticas sobre nossa resposta aos profundos danos físicos, psicológicos e espirituais do trauma em crianças e jovens e à vulnerabilidade singular das crianças.

Perigos

A Jornada Mundial da Juventude está ocorrendo em um momento de perda de confiança e de credibilidade da Igreja devido ao abuso sexual clerical. Os devastadores danos físicos, psicológicos e emocionais do abuso sexual de menores por um adulto de confiança são agravados por danos espirituais quando o ofensor é um “alter Christus”. O abuso de poder, de posição, de confiança e de consciência – muitas vezes negado e encoberto – foi a gota d’água para muitas pessoas que abandonaram a Igreja.

O relatório da Pontifícia Academia para a Vida em 2022 sobre o impacto devastador da Covid-19 sobre a vida de crianças e adolescentes revelou uma explosão de abusos físicos e sexuais. Eles perderam importantes rituais familiares, culturais e religiosos, essenciais para o desenvolvimento de sua identidade, sentimentos de segurança e agência moral. A liturgia virtual foi crucial para muitos, mas faltou a corporalidade e a comunidade encarnacionais.

A pandemia desmascarou questões globais de exploração sexual, trabalho infantil e aumento de problemas de saúde mental, suicídio, solidão e futilidade, assim como de violência juvenil. Ela teve um impacto desproporcional sobre as famílias que vivem na pobreza e são socialmente marginalizadas.

A ciência emergente da epigenética mostra que os nossos genes são influenciados por traumas, que afetam a aprendizagem, a resiliência, a saúde física e mental, e a produtividade adulta. As consequências de longo prazo para os jovens são desconhecidas.

Promessas

No Ocidente, os jovens foram criados por duas gerações de desfiliação da Igreja. Poucos se casam na Igreja, menos ainda batizam seus filhos ou os confirmam na fé; não há nenhuma formação de adultos na fé. Pesquisas na América do Norte mostram que os “ex-católicos” são o maior grupo depois dos católicos.

A maioria dos que saíram não pertence mais a nenhuma outra religião, e muitos relatam ser agnósticos ou ateus. Eles rejeitam a posição da Igreja sobre o aborto, o controle de natalidade, os estudos de gênero e o papel das mulheres no ministério eclesial e na tomada de decisões.

Estudos geracionais sobre a Geração Mosaica na América do Norte e na Europa Ocidental – aquelas pessoas com idade entre 18 e 29 anos – revelam que esses são os “nones” que são decididamente “não religiosos”. Eles cresceram em um ambiente de mudanças tecnológicas, sociais, religiosas, culturais e econômicas sem precedentes e do declínio da democracia. Eles se sentem confortáveis com crenças contraditórias; mantêm uma moral pragmática em torno de “tudo o que funciona”; acreditam que Jesus não é essencial; não vão à igreja depois de sair da casa dos pais; não têm uma cosmovisão bíblica; têm agendas lotadas e são viciados em mídias sociais.

Muitas (ou a maioria das) paróquias e dioceses exigem que os participantes da Jornada Mundial da Juventude sejam jovens devotos, ativos na vida da Igreja e aprovados pelo bispo local. Isso os torna diferentes da Geração Mosaica como um todo.

Nações subdesenvolvidas e em desenvolvimento são cada vez mais influenciadas pela modernidade, pelo secularismo, pelo individualismo, pelo consumismo e por alguns dos piores meios de comunicação social e entretenimento norte-americano.

Os participantes vão experienciar muitas festividades, extremamente necessárias após os constrangimentos da pandemia. Não se trata de apenas mais um show de rock com revestimento católico. Não, é uma verdadeira peregrinação de oração. Será uma experiência única da Igreja global e diversificada de hoje.

A polarização e a divisão serão experimentadas nos debates em andamento sobre o Vaticano II e entre os crentes na Eucaristia, fonte da comunidade, como um suntuoso espetáculo solene a ser observado e os celebrantes de uma refeição sagrada e sacrificial entre amigos com a “participação plena e ativa de todos”.

Prognósticos

Ao darem palestras e homilias, as lideranças da Igreja serão desafiadas a identificar as profundas questões essenciais para ler e discernir os “sinais dos tempos”, em vez de oferecer platitudes piedosas. Os “influenciadores digitais” dos jovens de hoje são celebridades do entretenimento, da política e da economia. A oportuna mensagem de maio do Dicastério para a Comunicação, intitulado “Rumo à presença plena”, reconhece que o mundo digital é uma “parte integrante da identidade dos jovens e do seu modo de viver”. Ele questiona como podemos “viver no mundo digital com amor ao próximo”.

Comunicar a Boa Nova na era das fake news e da perda de confiança na Igreja é difícil. Os jovens são bombardeados por mensagens contraditórias nas mídias sociais, algumas intencionalmente maliciosas. A inteligência artificial agravará o problema e acrescentará desafios para a antropologia cristã, como o Pontifício Conselho para a Cultura identificou em outubro de 2021.

O prognóstico da contribuição da Jornada Mundial da Juventude para a renovação da Igreja depende de muitas coisas, inclusive do que ocorrerá quando os jovens voltarem para casa, para igrejas vazias e paróquias sem vida. Assim como o Sínodo, a Jornada Mundial da Juventude não é tanto um evento quanto um momento de um processo contínuo de formação espiritual.

Cremos no Mistério Pascal. Sabemos a partir de Jesus que morrer para certos modos de ser Igreja pode dar força para superar a negação e o cansaço da tragédia e nos ajudar a nos levantar para testemunhar o amor de Deus e a transcendência no mundo de hoje.

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