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Eric de Moulins-Beaufort e Véronique Margron convidam para “uma cultura da liberdade espiritual"

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14 Junho 2023

Comprometidos com a luta contra os abusos na Igreja, o presidente da Conferência Episcopal francesa e a presidente da Conferência dos Religiosos e das Religiosas da França mobilizam as suas respectivas instituições para uma mudança de cultura.

A entrevista é de Arnaud Bevilacqua e Christophe Henning, publicada por La Croix International, 12-06-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Véronique Margron (à esquerda) e Eric de Moulins-Beaufort (à direita). (Foto: Catholic 88)

Eis a entrevista.

Eric de Moulins-Beaufort, na assembleia dos bispos de março, o senhor evocava a necessidade “de uma mudança de cultura". Véronique Margron, a senhora também se referiu a isso com a Corref, em abril. Como definir essa mudança?

Eric de Moulins-Beaufort – Há muito que afirmamos que toda autoridade é antes de tudo um serviço. Infelizmente, os fatos dos abusos sexuais, mas também espirituais, nos obrigam a reconhecer que toda posição de autoridade pode ser pervertida em um poder destrutivo. A sua amplitude obriga-nos a sermos lúcidos: aqueles que têm alguma autoridade, sejam clérigos, leigos, religiosos e religiosas, devem ser vigilantes para viver a autoridade segundo o espírito de Cristo.

Véronique Margron – Descobrimos com assombro que todos aqueles crimes tinham um caráter sistêmico. A resposta deve, portanto, ser sistêmica e levar a uma transformação. Certamente a prevenção é necessária, monitoramento dos autores, tentativas de reparação às vítimas – infelizmente muito parcial –, mas também é preciso repensar a governança e os modos de vida, e mudar o que precisa ser mudado, o que contribuiu para as agressões sexuais.

A Igreja não percebeu, não sinalizou, não viu...

Eric de Moulins-Beaufort – O desafio é poder ser a Igreja de Cristo. Temos que considerar todas as dimensões da vida eclesial, porque efetivamente tudo contribuiu para a cegueira geral. Os abusos sexuais são a parte visível de um iceberg constituído pelos abusos de poder e espirituais.

Como combater esses abusos, que são mais difíceis de detectar?

Eric de Moulins-Beaufort – Primeiro, tendo procedimentos claros para coletar testemunhos e transmiti-los às pessoas competentes. Nós não somos formados para ser promotores, interrogadores ou juízes instrutores. Portanto, devemos evitar desempenhar esses papéis.

Vista mais profundamente, é uma questão de atitude global, porque também é necessário que todos, também os fiéis, tenham o sentido da liberdade espiritual, e que a cultivemos. Respeito pela dignidade de cada pessoa deve ser verdadeiramente uma luz para nós. Ao contrário do que alguns imaginam, a Igreja é antes de tudo uma terra de liberdade. Mas quanto mais houver pessoas formadas, mais se pode esperar que existam, em todos os níveis, pessoas capazes de sinalizar potenciais derivas.

Véronique Margron – É muito difícil lutar contra os abusos espirituais, detectá-los e, até mesmo hoje, perceber os fracos sinais mencionados no relatório da Ciase. De fato, quem poderá investigar com competência e autoridade? É possível receber testemunhos, questionar as comunidades, mas as comunidades são autônomas. É fundamental apelar a outros, recorrer às instituições públicas, à justiça e à sociedade civil...

Eric de Moulins-Beaufort – Gostaria de enfatizar que, seja qual for a dificuldade – que é real e que a Irmã Véronique expressa muito bem –, estamos realmente determinados e agimos. Foi feito trabalho e será feito ainda mais para poder progredir, para trazer à luz e compreender melhor esses abusos.

O risco é aumentado pela sacralização do sacerdote?

Véronique Margron – Certas situações são tanto mais contaminadas quanto muitas vezes são colocadas sob o selo de vontade de Deus. A dimensão sagrada constitui um peso adicional em relação aos abusos de influência. O grau de vigilância se reduz quando a autoridade afirma agir em nome da fé e para o bem da Igreja.

Pedimos a especialistas em direito para que pesquisassem sobre direitos fundamentais, que são inalienáveis mesmo quando se está na vida religiosa. O fato de pronunciar os votos de obediência, de castidade e de pobreza não pode tirar-nos os direitos essenciais à dignidade humana: o direito à correspondência, à liberdade de consciência, à liberdade de voto político...

Eric de Moulins-Beaufort – No problema da relação com o padre, também os fiéis devem ser envolvidos. Um relatório muito interessante do grupo de trabalho nº 8 foi que, infelizmente, na Igreja, muitas vezes em demasia, existe poder, mas não é reconhecido porque sempre se diz que é "serviço". A consequência é que, efetivamente, o poder não é considerado lucidamente, nem regulamentado. Acho importante que se reflita sobre as relações como um todo, que se aceite que existe autoridade e que, consequentemente, tal autoridade tenha contas a prestar, seja temperada por deveres. Isso é para garantir que seja gerenciada de forma apropriada.

Entre os bispos, padres, religiosos e religiosas, todos estão prontos para essa mudança de cultura?

Eric de Moulins-Beaufort – Estamos trabalhando nisso e, honestamente, as coisas estão se movendo. Estamos engajados nesse processo de mudança, e para tanto contribui o caminho sinodal que o Papa iniciou. Entre os bispos existem menos controvérsias do que se imagina. Há nuances, discussões, mas todos contribuem para a orientação comum. Durante as nossas assembleias gerais, os votos são sempre pelo menos com uma maioria de dois terços, às vezes faltando apenas um ou dois votos. Hoje estamos todos alinhados sobre como agir, por quais meios. Por exemplo, sobre a importância da formação dos bispos, em Roma por ocasião de sua posse, mas também na CEF. A maior diferença que pode ser encontrada é entre aqueles que se encontraram com pessoas vítimas e aqueles que ainda não tiveram a oportunidade.

Véronique Margron – Seria presunçoso dizer que temos certeza de que todos estamos convencidos das mesmas necessidades. Mas constato um consenso grave em nossas assembleias gerais. Só o futuro dirá se haverá realmente mudanças estruturais. A escuta autêntica e devastadora das vítimas cria um movimento irrevogável.

O que vocês respondem para aqueles que pensam que não estão sendo feitos grandes progressos?

Eric de Moulins-Beaufort – Que nós também gostaríamos que as coisas fossem mais rápidas e mais avançadas! Estamos trabalhando nisso. Essa mudança radical é irrevogável e irreversível. A humanidade é lenta em se mover, mas o principal é que se mova. É nossa responsabilidade, e será responsabilidade de nossos sucessores, mantermo-nos em movimento, em particular deixando-nos impressionar pelo choque causado por aquilo que contam aqueles que foram vítimas. É nossa responsabilidade a longo prazo e, para isso, precisamos de todos.

Vocês têm armas mais eficazes agora? O que revelam as crises vividas em Toulon ou Estrasburgo?

Eric de Moulins-Beaufort – Sabemos recorrer mais à justiça civil ou canônica. Estamos, acima de tudo, mais lúcidos. Existem comportamentos que não são mais tolerados ou toleráveis, é preciso saber lidar com eles, enfrentar e dizer que deve ser feito assim. A própria Santa Sé está ciente de que existem situações de sofrimento que não podem ser deixados em suspenso, esperando pacientemente que o bispo mude, para entrar na especificidade dos casos a que você se refere. É preciso agir mais cedo, mais rápido, com clareza. Além disso, é preciso mais acompanhamento, mais apoio, mais formação para os bispos.

Em relação às comunidades, deve-se sempre reformá-las ou às vezes tomar a decisão de dissolvê-las?

Véronique Margron – Efetivamente, acreditar que as comunidades sempre possam ser reformadas é uma ilusão. De qualquer forma, podemos ter dossiês argumentados e documentados. Não temos a autoridade para dissolver.

Cabe a um bispo ou à Santa Sé.

Há situações em que constatamos dolorosamente que a árvore cresceu torta desde o início e que, nesses casos, a reforma muitas vezes é vã.

Como avaliar se uma comunidade realmente se reforma?

A nossa responsabilidade é relatar quando as integridades física, moral, espiritual e sexual das pessoas nos parecem ameaçadas. Em vários casos, apesar de tudo o que possamos pensar ou dizer, temos uma sensação de impotência.

Vocês têm o costume de trabalhar juntos, mas suas estruturas avançam com ritmos diferentes. Existe o risco de criar atritos entre elas e entre vocês?

Véronique Margron – Não temos as mesmas funções nem as mesmas responsabilidades: os superiores religiosos estão ao serviço dos seus irmãos e irmãs em sua congregação. Os bispos são responsáveis pelo povo de Deus em sua diocese. Sempre pensei que fosse mais fácil para a vida religiosa. Além disso, as nossas atribuições estão vinculadas a mandatos, o que é bem diferente.

Eric de Moulins-Beaufort – Que a vida religiosa progrida e o faça mais rapidamente, e que seja também mais exigente, é algo que considero correto! Que desempenhe um papel estimulante, tanto melhor: ficaria feliz que as congregações e as ordens religiosas colocassem em prática tudo o que é necessário, porque assim nos ajudariam e ajudariam a todos. As congregações podem alimentar profundamente a cultura da vigilância, do respeito, do serviço e da liberdade, porque Cristo nos envia justamente para dentro dessa cultura de respeito, de serviço e de liberdade. Eu não sinto isso como uma concorrência, mas como uma estímulo e encorajamento.

No dia 13 de junho vocês receberão os membros dos grupos de trabalho pós-Ciase na CEF: o que vocês vão lhes dizer? Vocês ainda precisam dos leigos?

Eric de Moulins-Beaufort – Gostaríamos de dizer-lhes o que estamos tentando fazer seguindo o folheto informativo conjunto CEF-Corref que divulgaremos a partir de hoje. E vamos lhes explicar como vamos implementar o que foi votado na Assembleias de março. Uma equipe será formadas com alguns leigos no Conselho Permanente da CEF para verificar que as coisas caminhem nesse sentido.

Véronique Margron – Aprendemos com a Ciase que não podemos ser juiz e parte. Se não trabalhamos com os leigos, para além da nossa boa vontade e das nossas competências internas, não podemos chegar lá, não tendo o distanciamento necessário. É preciso um olhar externo, lúcido e benevolente.

Como não ceder ao desânimo em uma situação em que continuam a ser revelados outros escândalos?

Véronique Margron – Às vezes sinto que estou no limite da minha capacidade de resistência. Ao mesmo tempo, há um mandato de tal importância que não podemos nem mesmo ventilar a possibilidade de parar. Tenho a sorte de viver em uma comunidade, que me dá o apoio espiritual e humano necessário. Além disso, no centro de todas essas tragédias, encontramos pessoas magníficas pelo empenho, pela verdade, pela probidade: pessoas vítimas, mas também um povo engajado na luta contra essas obras de morte.

Eric de Moulins-Beaufort – Devemos estar à altura da confiança que nos dão os fiéis que trabalham ao nosso lado – que na grande maioria são leigos. Ficaram no barco, é um grande encorajamento e, ao mesmo tempo, uma exigência para nós. Afinal, desde 2016, me encontrei com muitas vítimas. A sua coragem, a sua força, a sua capacidade de viver, a sua exigência são também uma luz e um motor. Eles nos obrigam e nos chamam a acreditar que vale a pena continuar.

Um folheto informativo para o grande público sobre a luta contra os abusos

Num documento que será amplamente divulgado nas dioceses, paróquias ou comunidades, a CEF e a Corref apresentam as decisões tomadas desde 2021 na luta contra os abusos. O livreto informativo – folheto formato A4 –, intitulado Contra as violências sexuais, o que a Igreja faz hoje?, apresenta três ações-chave: a primeira: acolher, reconhecer, reparar: com compromissos assumidos perante as vítimas, as células de escuta, os fundos de dotação, a criação de dois órgãos de reconhecimento e reparação.

A segunda: alertar e agir; com um número telefônico nacional (01 41 83 42 17), dois endereços de correio eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; os protocolos de acordo com os tribunais, a criação de um tribunal penal canônico nacional.

A terceira: prevenir; especialmente com a verificação de antecedentes judiciais, um cartão nacional de tratamento positivo para proteção dos menores, a ênfase na formação. Para ir além: o site dedicado (disponível aqui) é regularmente atualizado.

Leia mais

  • França. Véronique Margron: “É muito possível que o Cardeal Ricard esteja minimizando a magnitude dos abusos”
  • “Devemos sair da lei do silêncio sobre os abusos espirituais”. Entrevista com Yves Hamant
  • França: o Relatório da Ciase em questão
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  • A Igreja francesa ainda na tempestade
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