05 Abril 2023
"Levando em conta as cinco dimensões da formação presbiteral: dimensão humano-afetiva, dimensão comunitária, dimensão espiritual, dimensão intelectual e dimensão pastoral-missionária, de modo didático em cada capítulo, o autor oferece uma explicação detalhada sobre o que é a etapa da formação, os objetivos gerais, critérios, elementos constitutivos, orientações práticas, instrumentos e procedimentos", escreve Eliseu Wisniewski, presbítero da Congregação da Missão (padres vicentinos) Província do Sul, mestre e doutorando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
A formação presbiteral é fundamental para as estruturas da Igreja. As atuais diretrizes para a formação dos presbíteros salientam que o processo de formação presbiteral, inicial e permanente, define-se a partir da natureza do sacramento da ordem, atento à realidade dos presbíteros e dos que são chamados ao ministério ordenado, a fim de que a formação sacerdotal sempre corresponda às necessidades pastorais daquela região nas quais o ministério será exercido. Nesta perspectiva, formadores e reitores de seminários e casas de formação que desejam compreender melhor as etapas da formação dos presbíteros e as especificidades de cada etapa podem servir-se da obra: Formação presbiteral: roteiro para a formação de sacerdotes diocesanos e religiosos (Paulus, 2022, 136 páginas), elaborada por José Carlos Pereira, padre passionista, professor com pós-doutorado em Antropologia Social, doutorado em Sociologia, mestrado em Ciência da Religião, bacharelado em Teologia e licenciatura plena em Filosofia.
Formação presbiteral: roteiro para a formação de sacerdotes diocesanos e religiosos (Paulus, 2022, 136 páginas) | Foto: divulgação
Este subsídio, que pretende ser um Plano geral de formação para qualquer diocese, instituto, congregação e ordem religiosa -, teve como base referencial os planos de formação de algumas congregações e ordens religiosas e os últimos documentos da Igreja, sobretudo as Diretrizes para a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil, com as reformulações, emendas e adaptações propostas na 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que aconteceu em Aparecida/SP, de 11 a 20 de abril de 2018.
Sabedores que o processo de formação dos presbíteros e dos religiosos compreende-se em seis etapas -, a proposta/sugestão feita por Pereira contempla: 1) o Serviço de Animação Vocacional – SAV (p. 19-32), 2) Propedêutico ou aspirantado (p. 33-58), 3) Postulantado ou postulado: etapa em que o seminarista cursa filosofia (p. 59-60), 4) Noviciado (p. 71-84), 5) Juniorato ou Juniorado: etapa que compreende o curso de teologia e se, oportuno, um estágio pastoral (p. 85-107); 6) a formação permanente (p. 109-126).
Levando em conta as cinco dimensões da formação presbiteral: dimensão humano-afetiva, dimensão comunitária, dimensão espiritual, dimensão intelectual e dimensão pastoral-missionária, de modo didático em cada capítulo, o autor oferece uma explicação detalhada sobre o que é a etapa da formação, os objetivos gerais, critérios, elementos constitutivos, orientações práticas, instrumentos e procedimentos.
É, portanto, um excelente subsídio para ajudar na elaboração dos planos de formação das dioceses e congregações. Este subsídio é oportuno para bispos, superiores de congregações e ordens religiosas, formadores e reitores de seminários e casa de formação de todas as etapas. Como dito acima, contém todas as etapas da formação, desde o acompanhamento vocacional nas paróquias, através da Pastoral Vocacional ou Serviço de Animação Vocacional até a formação permanente do presbítero ou religioso. Que esse material oferecido pelo Pe. José Carlos Pereira possa ser adotado, aplicado e vivido em cada etapa do processo formativo dos presbíteros e religiosos, de modo a seguir, como discípulos e missionários, construindo uma Igreja missionária, em saída, sinodal, preocupada em ser sinal do reino de Deus na pessoa de cada presbítero ou religioso e nas suas ações.
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