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A Ostpolitik de Francisco posta em crise por Putin, mas o verdadeiro jogo está sendo jogado no front chinês

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08 Março 2023

Até 24 de fevereiro de 2022, a política externa do papa era um sucesso. Contestado por alguns mesmo dentro da Igreja, mas imparável. Então Vladimir Putin invadiu a Ucrânia. E, entre os danos colaterais, colocou a Ostpolitik de Francisco em crise.

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por La Repubblica, 07-03-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Desde o início, o pontífice argentino orientou uma virada na política externa do Vaticano.

Arquivando definitivamente a Guerra Fria, clima que ainda pairava no Palácio Apostólico após o longo reinado de João Paulo II, o papa polonês que fizera da oposição à União Soviética, e ao comunismo em geral, o alicerce do pontificado. Bento XVI não mudou substancialmente o posicionamento da Santa Sé no mapa mundial. Depois veio Francisco.

Ele se concentrou na China e na Rússia e colheu dois sucessos históricos. Em 2016 se encontrou com o patriarca russo Kirill, pela primeira vez depois do cisma de 1054. Em 2018 assinou um acordo com Pequim sobre as nomeações episcopais: era desde 1951, com a tomada do poder por Mao Tse-tung, que a China e o Vaticano não se reconheciam. Uma manobra contestada por setores católicos conservadores, bem como pelo arcebispo emérito de Hong Kong, o cardeal Zen Ze-kiun, de 91 anos, atacada abertamente pelo governo Trump. Mas uma meta histórica, para o Palácio Apostólico, acalentada por muito tempo, sem sucesso, por João Paulo II e Bento XVI.

Bergoglio começava em vantagem. Ele é argentino, em sintonia com a sensibilidade geopolítica dos países não alinhados com Washington. “O mundo ocidental, o mundo oriental e a China estão em condições de manter o equilíbrio da paz e tem a força para isso”, afirmou. É jesuíta, herdeiro daqueles missionários que foram à América do Sul e ao Extremo Oriente com respeito pelas culturas encontradas.

Acima de tudo, Francisco revitalizou a Ostpolitik, uma política de não hostilidade contra a União Soviética com o objetivo de manter vivos os laços com as comunidades católicas além da Cortina de Ferro durante a Guerra Fria. Acompanhado pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin e pelo "Ministro do Exterior”, o arcebispo britânico Paul Richard Gallagher, Bergoglio deixou seu carimbo. A Ostpolitik "era fundada em dois pilares: cedência e justificativas morais", explica Don Stefano Caprio, grande especialista da Rússia, professor do Pontifício Instituto Oriental de Roma: “Ceder em várias questões de liberdade religiosa e intervenções como a do cardeal Agostino Casaroli que em 1975 assumiu papel de fiador com os EUA sobre a confiabilidade dos soviéticos para a assinatura do tratado de Helsinque”. Um cenário que se encontra hoje com Pequim: ceder um pouco sobre as nomeações dos bispos, justificação da China como ator chave para a paz no mundo.

"A sua é uma Ostpolitik baseada no antiglobalismo", analisa Dom Caprio. Ele seguiu duas linhas diretrizes. Por um lado, teceu a teia de relações com o "sul global", se fez porta-voz dos migrantes e líder de temas como a crise ambiental. Ele estende a mão aos países de maioria muçulmana.

Em virtude da crise econômica, critica os excessos do capitalismo. Por outro lado, promove uma pastoral da "fraternidade", que culmina na encíclica Fratelli tutti, em contraponto à onda, que se ergue nos anos de seu pontificado, de soberanistas e populistas, dos Estados Unidos ao Brasil, da Hungria à Polônia e à Itália. As duas linhas se seguram, e encontram na figura de Donald Trump, o contraexemplo perfeito.

Aí Vladimir Putin invade a Ucrânia. Ressuscita a Guerra Fria. O "sul global" se espalha. O ecumenismo é abalado pelo Patriarca Kirill. Francisco fica sem chão.

Ele tinha visto de antemão uma “terceira guerra mundial em pedaços” se aproximando e quando o fantasma se materializa não consegue incidir. Ele tenta falar com Putin pelo telefone, mas ele não atende.

Durante meses evita apontar o dedo para a Rússia, na esperança de induzi-la a um cessar-fogo, mas o Kremlin está surdo. Ao sentir que a diplomacia não está dando frutos, provoca: Kirill é o "coroinha de Putin", a OTAN "ladra às portas da Rússia". O único efeito é que tanto ucranianos como russos ficam ofendidos.

“Ele tentou salvar uns e outros”“, resume Don Stefano Caprio: “Defender os ucranianos, mas não romper com o patriarcado de Moscou”. Voa para o Cazaquistão, em setembro, na esperança de reatar as relações com Kirill, mas o patriarca não comparece. A partir desse momento, seu tom tornou-se mais desconsolado, sua crítica à Rússia mais direta, a simpatia pelos ucranianos mais explícita. Tem toda a razão em alertar profeticamente para o risco de uma escalada militar, em denunciar o poder dos mercadores de armas, em ver que, no fundo, não há alternativa à negociação. Mas nada muda, por enquanto. Quando cai no choro diante da imagem de Nossa Senhora na Piazza di Spagna - é a segunda vez, a primeira vez havia se comovido diante dos dois primeiros bispos chineses que participaram de um sínodo romano - expressa sua dor pelas vítimas ucranianas e para a sensação de impotência.

A Ostpolitik está morta, viva a Ostpolitik. O front russo está congelado. A mediação vaticana parece improvável: os dois contendores não estão interessados ​​em negociar e não pode ser considerado como certo que dois países de esmagadora maioria ortodoxa confiem na Santa Sé. O objetivo é mínimo: não retroceder, não romper a tênue linha de comunicação deixada tanto com o Kremlin, por meio do embaixador junto à Santa Sé, Alexander Avdeev, quanto com o patriarcado moscovita, por meio do "ministro do Exterior" de Kirill, o insosso Metropolita Antônio. Mas Roma continua a olhar para o Oriente.

Para a China, em primeiro lugar. O acordo sobre a nomeação dos bispos não é isento de problemas, nem Roma ignora as violações dos direitos humanos. Mas o diálogo continua. A ausência de revanchismo não é submissão, mas a consciência de que o Dragão é um protagonista incontornável, hoje e amanhã, na Ásia como na África e outros continentes. Os cristãos chineses, além disso, hoje são aproximadamente 68 milhões e, observa o Pew Research Center, "se a população cristã chinesa aumentasse para os níveis projetados para a Coreia do Sul em 2050, isso levaria o cálculo dos cristãos na China à cifra de 437 milhões de pessoas". Seria, em termos absolutos, o país católico mais populoso do mundo.

Projeções, hipóteses, que, no entanto, dão a medida do jogo geoestratégico do Palácio Apostólico. Que olha a situação com um olhar de longo prazo no tempo e no espaço. Ele vê claramente a rica espiritualidade no Oriente. Enquanto a fé cristã é maioritária, mas estável, na América Latina, enfraquece-se a um ritmo acelerado na Europa e na América do Norte, reduz-se a um fiapo nos lugares onde, no Médio Oriente, nasceu e se difundiu, cresce em ritmo acelerado na África e na Ásia. China, sim, mas também Coreia do Sul, Filipinas, Japão, Índia, para onde Francisco pretende ir no próximo ano. “Em perspectiva, a Ostpolitik chinesa é mais importante que a Ostpolitik russa”, comenta dom Stefano Caprio. Na Ásia estão em jogo os destinos econômicos e militares do futuro próximo, mas também aqueles religiosos. E Roma não pretende perder o trem da história.

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