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A diferença cristã. Artigo de Severino Dianich

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01 Junho 2022

 

Antes mesmo de ter de enfrentar o árduo mandamento do amor aos inimigos, devo evitar me deixar arrastar acriticamente pela propaganda de ambas as partes, que instiga o ódio, como sempre ocorreu nas guerras, a fim de compactar os povos e disponibilizá-los aos sacrifícios que eles impõem.

 

A opinião é do teólogo e padre italiano Severino Dianich, cofundador e ex-presidente da Associação Teológica Italiana e professor da Faculdade Teológica de Florença. O artigo foi publicado na revista Vita Pastorale, de junho de 2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

Entre os muitos acontecimentos trágicos da guerra na Ucrânia, que todos os dias convocam a consciência cristã a se defrontar com o Evangelho, a reação da opinião pública à decisão do Papa Francisco de fazer com que, durante a Via Sacra no Coliseu, a cruz fosse carregada ao mesmo tempo por uma mulher ucraniana e uma mulher russa levanta ao cristão uma questão radical.

 

Quando Jesus diz aos discípulos: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’ Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês”, ele define com clareza a diferença cristã. De fato, ele acrescenta: “Se vocês amam somente aqueles que os amam, que recompensa vocês terão? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se vocês cumprimentam somente seus irmãos, o que é que vocês fazem de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?” (Mt 5,43-47).

 

As duras reações de muitos setores da cultura secular não despertam nenhum estupor: a diferença cristã é irritante. Por outro lado, é impressionante que fiéis e bispos ucranianos tenham expressado, com determinação, a sua discordância em relação à decisão do Papa Francisco. Pareceu-lhes que o gesto coincidia com uma recusa em discernir entre a vítima e o agressor, entre o justo e o injusto.

 

De modo algum eu me permitiria julgar, a partir da minha tranquila escrivaninha, as dúvidas e as perturbações de quem chora os seus mortos, que todos os dias ouve as bombas silvando sobre a sua cabeça, que passa as horas nos refúgios e sai com a pergunta angustiante: “Ainda vou encontrar a minha casa de pé?”

 

Jesus, em primeiro lugar, me dissuade disso: “Não julguem, e vocês não serão julgados; não condenem, e não serão condenados” (Lc 6,37). Afinal, o Papa Francisco também mostrou a sua compreensão, renunciando a que fosse feita a oração que havia sido preparada para a ocasião e substituindo-a por um momento de silêncio, no qual cada um poderia se colocar diante do Senhor, externando-lhe a sua dor. Com tudo isto, o episódio continua sendo um evento de implicações profundas e que exige um sério exame.

 

Antes mesmo de observar o cristão posto diante do desafio do encontro direto com seu inimigo, é preciso perguntar quem eu tenho o direito de considerar meu inimigo. Em caso de guerra, o meu inimigo, sem sombra de dúvida, é o chefe de governo com os seus ministros e membros do Parlamento que aprovaram, com o seu voto, uma agressão contra o meu povo.

 

Antes mesmo de ter de enfrentar o árduo mandamento do amor aos inimigos, devo evitar me deixar arrastar acriticamente pela propaganda de ambas as partes, que instiga o ódio, como sempre ocorreu nas guerras, a fim de compactar os povos e disponibilizá-los aos sacrifícios que eles impõem.

 

Um amigo especialista em direito constitucional, diante das minhas dúvidas, me diz que todo cidadão, de fato, é responsável pelas decisões tomadas legitimamente pelos órgãos que o representam. Ora, isso não me parece sustentável nem mesmo nas democracias mais avançadas, que – justamente por isso – garantem a liberdade de dissensão.

 

Também me parece insustentável pensar que seja possível considerar os russos, aos quais de fato é negada a liberdade de dissensão, responsáveis pelas decisões do seu governo. Eu poderia realmente negar a minha compaixão ao soldadinho de 18 anos enviado por Putin ao matadouro, para combater na Ucrânia, sem saber por quem e por quê?

 

Aqui também nos deparamos com a diferença cristã. De fato, para toda a cultura do mundo antigo, a responsabilidade do coletivo superava a das pessoas individuais. Jesus, ao propor a visão oposta, foi tão inovador para o seu tempo que nem mesmo o cristianismo conseguiu segui-lo com coerência e não se submeter à mentalidade difundida. Ele havia sido antecipado, para dizer a verdade, por alguns traços, embora raros, dos profetas de Israel: “Que sentido tem para vocês este ditado que se repete na terra de Israel: ‘Os pais comeram uva verde, e a boca dos filhos ficou amarrada’? [...] Todas as vidas são minhas, tanto a vida do pai como a vida do filho. O indivíduo que pecar, esse é que deverá morrer” (Ez 18,2-4).

 

Jesus foi decisivo sobre isso: preanunciando a sua vinda como juiz no fim dos tempos, ele declarava que “retribuirá a cada um de acordo com a própria conduta” (Mt 16,27). E Paulo não duvida que, naquele dia, Deus “retribuirá a cada um conforme as suas próprias ações” (Rm 2,6). Consequentemente, para o Apóstolo, o conflito entre os povos não pode se refletir no coração cristão: “Aí já não há grego nem judeu, circunciso ou incircunciso, estrangeiro ou bárbaro, escravo ou livre, mas apenas Cristo, que é tudo em todos” (Col 3,11). Uma pessoa humana pode ser minha amiga ou inimiga, não um povo.

 

Senti pessoalmente, depois da Guerra Mundial, chegando à Itália como exilado de Fiume em 1948, a amargura de ser chamado de fascista e de ser considerado cúmplice do iníquo regime responsável em 1941 pela agressão italiana à Iugoslávia, apenas porque estávamos em fuga do regime comunista de Tito, que havia reconquistado a Iugoslávia à independência.

 

Também não pude deixar de ouvir sem uma revolta interior, nos últimos dias, uma menina russa, que vive há anos na Itália e que, depois das férias, não queria voltar à escola pelo medo de ser insultada pelos colegas. São esses os frutos tragicamente amargos de toda guerra, justa ou injusta, como quisermos considerá-la.

 

A própria consciência cristã pode se obscurecer a ponto de chegar a negar que duas pessoas amigas possam rezar juntas, porque uma é russa e a outra, ucraniana.

 

Temia-se, e não sem razão, o impacto simbólico que teria sobre a opinião pública mundial o espetáculo, transmitido por mais de uma centena de redes de televisão em todo o mundo, de duas jovens, ligadas por uma profunda amizade, representantes dos lutos e dos sofrimentos de dois povos em guerra, com a cruz de Cristo na mão, dizendo juntas: “Pai nosso que estais nos céus [...] perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

 

No entanto, é precisamente aqui que se reconhece o ponto nevrálgico entre a missão do cristianismo e o mundo. Se as Igrejas cristãs e os crentes em Cristo, enquanto a humanidade está se deixando arrastar para a catástrofe, não soubessem, nas diversas situações em que vivem, fazer outra coisa senão discutir sobre a guerra injusta e a justa, e perdessem a capacidade de gritar ao mundo a Palavra de Cristo, deveríamos temer o fato de termos chegado ao ponto temido por Jesus: “Se até o sal perde o sabor, com que o salgaremos? Não serve mais para nada: nem para a terra, nem para esterco. Por isso, é jogado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14,34-35).

 

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