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A direita e seus fantasmas

Fonte: Pixabay

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30 Novembro 2021

 

“Às medidas sectárias do capitalismo, a esquerda se habituou a opor palavras 'sectárias'. Não é o caminho. Frente à ameaça populista de direita, o que precisamos urgentemente são medidas e narrativas comuns”, escreve Santiago Alba Rico, filósofo e escritor espanhol, em artigo publicado por Público, 27-11-2021. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

Chama a atenção o fato de que após a vitória do ultradireitista José Antonio Kast, no primeiro turno das eleições presidenciais chilenas, e antecipando o confronto com Gabriel Boric, certa inércia jornalística, à direita e à esquerda, fale de “polarização” e de “uma sociedade dividida”. Onde há apenas duas opções, o voto se dividirá, obviamente, de forma binária, mas a única e decisiva divisão que há no Chile é a que existe entre votantes (47%) e não votantes (uma maioria de 53%).

 

Em relação à “polarização” – leia-se “radicalização” -, é perigoso e fraudulento assimilar a candidatura de um confesso pinochetista, antifeminista e homofóbico, à de um moderado esquerdista, procedente dos movimentos estudantis e cuja referência remota é o Partido Socialista. Essa ideia da “polarização”, é claro, convém a Kast, que a alimenta por meio de uma subversão linguística muito familiar aos espanhóis: “Nós, chilenos, teremos que escolher entre o comunismo e a democracia”, declarou após a divulgação do resultado eleitoral.

 

É o poder da linguagem: com essa frase, o defensor de Pinochet passa a encarnar a democracia, ao mesmo tempo em que ressuscita um comunismo fantoche que não se apresenta no segundo turno.

 

Não falarei nada sobre o Chile, exceto que parece reproduzir um esquema que, por repetição, já constitui um padrão: o afundamento da direita democrática em favor de um populismo de direita radical que precisa convocar o passado para prosseguir com a “revolução” neoliberal.

 

O passado, que inclui o fantasma do comunismo, atrai eleitores assustados. O neoliberalismo seduz políticos liberais ex-democráticos. Esse padrão explica por que, segundo o recente relatório do International Idea, a democracia não parou de retroceder, nos últimos anos, em todo o mundo, de tal modo que o número de pessoas que vivem hoje em regimes democráticos é uma minoria: apenas 30% da população planetária.

 

Há alguns dias, em uma entrevista publicada por Jacobin e CTXT, o geógrafo marxista David Harvey evocava, como é natural, a decomposição da Europa nos anos 1930: “a política autoritária e etnonacionalista”, disse, “está começando a dividir o mundo capitalista em facções em guerra”, assim como aconteceu há 100 anos, com os resultados já conhecidos. E acrescenta com encaixe muito realista: “Na medida em que o etnonacionalismo conquiste o neoliberalismo, um mundo ainda mais feio do que já vivemos nos aguarda”.

 

O paralelismo não é forçado, mas requer algumas nuances. Porque em relação a 1930 muitas coisas mudaram e no novo “padrão weimariano” – para expressar de alguma forma – encontramos fenômenos inéditos e fenômenos ausentes. Entre os novos – muito rapidamente – é preciso citar o colapso climático e as novas tecnologias, fatores decisivos na hora de explicar, respectivamente, as configurações do medo contemporâneo, sua transmissão e gestão política.

 

Entre as coisas que faltam, a mais clamorosa é justamente o comunismo. Cuidado: não estou dizendo que faça falta, que cada um faça a sua própria avaliação. Estou dizendo que objetivamente falta. Lembremos, com efeito, que na crise do entreguerras, foi o confronto entre duas revoluções, uma fascista e outra comunista, muito diferentes em seu programa, mas nutridas de algum modo com a mesma inquietação social, que configurou o marco epocal que levou à Segunda Guerra Mundial.

 

A radicalização neofascista da direita se repete hoje, mas diante dela não há nenhuma revolução proletária que – conforme a propaganda de 1930 – a torne necessária ou justifique sua existência. Ninguém pode dizer – como fez, por exemplo, o conhecido historiador Ernst Nolte com o nazismo – que o populismo de direita radical do ano 2021 seja uma “reação” frente ao “totalitarismo” comunista.

 

Justamente porque “falta”, porque “faz falta” à ultradireita, reaparece como “fantasma” em discursos que buscam a reprodução de novos confrontos, em um novo contexto. Se é preciso jogar com a “polarização”, com as “oposições binárias”, a direita radicalizada encontra diante de si um buraco vazio: por inércia, por estratégia, por neurose ideológica, a preenche com o comunismo.

 

O mais incrível é que funcione. O comunismo, para o bem e para o mal, foi derrotado no século XX. Ou pelo menos os partidos comunistas, hoje muito minoritários e conscientes de que não poderiam se apresentar nas eleições com esse nome, sem sofrer uma debâcle. As variadas tradições comunistas – de Marx e Lenin a Rosa Luxemburgo e Gramsci – foram muito prejudicadas pela experiência soviética e sobrevivem e brotam, exceto pouquíssimas exceções, em outros formatos, recauchutadas, por assim dizer, em formas democráticas.

 

A esquerda mudou, a direita não. Independentemente de quais foram, por exemplo, os erros e crimes do Partido Comunista da Espanha - PCE, depois, tornou-se a organização militante mais poderosa e sacrificada contra o franquismo e em favor da democracia, sendo, no entanto, pouco agradecida nas urnas pelos espanhóis. Em relação ao Partido Socialista Operário Espanhol - PSOE, se pode ser reprovado em algo nos últimos quarenta anos, é justamente por sua timidez reformista e sua aliança carnal, no econômico e no trabalhista, com a direita.

 

Nosso atual governo de coalizão, verbi gratia, é muito menos comunista do que o do democrata-cristão Andreotti, na Itália de 1972. É apenas modestamente social-democrata, conforme demonstra sua lentidão na hora de aplicar os acordos PSOE-UP em matéria social e civil, sem falar de suas concessões ao Partido Popular – PP, no âmbito judicial. Que o PP e Vox qualifiquem como “comunista” um governo na defensiva, receoso e bipolar, dá toda a medida da crise que estamos vivendo e da profunda ancoragem das direitas no passado, cujos arrotos a esquerda não deveria replicar.

 

O comunismo é, por assim dizer, o “membro fantasma” da crise atual. Quem mais sente a sua ausência são essas direitas radicalizadas, populistas no discurso, elitistas no bolso, que consideram “comunista” o controle dos preços dos aluguéis e a existência de hospitais públicos. Diante desses ataques propagandísticos, a esquerda não deveria perder um minuto defendendo o comunismo, nem invocando o fascismo. Deveria controlar os aluguéis e reforçar a saúde pública.

 

Nesse sentido, penso que o sucesso de Yolanda Díaz, limitado nos fatos, deve-se ao fato de ter contornado o que era a estratégia da Unidade Popular: grandes discursos radicais, zero transformações sociais. Quando objetivamente é possível fazer pouco (porque a relação de forças não permite mais) é preferível fazer discursos moderados e transversais e obter esse pouco que está a nosso alcance, que por isso mesmo parece muito. Paradoxalmente, o sucesso da comunista Yolanda Díaz é o de ter neutralizado o fantasma do “comunismo” que a direita materializava muito facilmente em relação a Pablo Iglesias. Ocorre que o pior Podemos se tornou comunista e o melhor PCE se tornou errejonista.

 

Em todo caso, o padrão é o mesmo em todo o mundo: o desaparecimento da direita democrática e a necessidade de um “membro fantasma” para construir uma polarização autoritária. Não sei como é possível combater o neofascismo. Todo mundo parece ter uma resposta com base no passado, com receitas que não são mais aplicáveis.

 

Não acredito no “cordão sanitário”, cujo próprio conceito, de ordem nosológica, é uma cópia das metáforas biológicas ou zoológicas que o nazismo explorou, e é por isso mesmo que me inquieta. Também não estou certo de que o confronto direto, chamando as coisas “pelo seu nome”, ou imitando a violência direitista, sirva para outra coisa a não ser recriar as condições de uma nova derrota histórica.

 

Harvey alertava sobre coisas piores do que o neoliberalismo e eu mesmo já expressei isso, de outro modo, muitas vezes: o estágio superior do capitalismo é a máfia ou, mais exatamente, o “feudalismo mafioso”. O perigo é tão grande e nossa margem de manobra tão pequena que só me ocorrem dois absurdos para frear a desdemocratização galopante: ganhar a direita democrática onde houver, e mais em confrontos eleitorais binários (como no Chile), e governar, onde se estiver, com medidas e palavras concebidas para as maiorias. Às medidas “sectárias” do capitalismo, a esquerda se habituou a opor palavras “sectárias”. Não é o caminho. Frente à ameaça populista de direita, o que precisamos urgentemente são medidas e narrativas comuns.

 

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