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Precisamos de uma ética mínima compartilhada. Entrevista com Adela Cortina

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12 Junho 2020

“Infelizmente, as crises, mesmo essa tão dolorosa pela qual estamos passando, não mudam a hierarquia de valores de um povo. Somente o trabalho constante da forja do caráter pode fazê-lo, dia após dia, através da educação, formal e informal. A ‘conversão do coração’ de que Kant fala é pessoal”. A filósofa e ensaísta Adela Cortina, professora emérita de ética e filosofia política e moral da Universidade de Valência, em entrevista ao "Avvenire", reflete sobre as consequências globais da Covid-19. Diretora da Fundação Étnor, fez parte do comitê de especialistas que editou o relatório sobre aspectos éticos em situações de pandemia do Ministério da Saúde da Espanha.

A entrevista com Adela Cortina é editada por Paola Del Vecchio, publicada por Avvenire, 10-06-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

O que mais lhe surpreendeu na pandemia?

Que nenhum país da Terra estivesse preparado para lidar com ela. Nós, seres humanos, sabemos que somos frágeis e vulneráveis, e que epidemias são frequentes. As ciências fizeram um enorme progresso no campo da medicina e, no entanto, toda a humanidade viu-se atacada por um vírus invisível, de trinta nanômetros de diâmetro, que está ceifando vidas sem que consigamos nos defender. Teria sido melhor se alguns supostos cientistas tivessem feito pesquisas em virologia em vez de prometer a morte da morte para 2045.

Que reflexões levantou sobre o valor da vida?

Os profissionais de saúde demonstraram, com admirável comprometimento, que sua vocação consiste em salvar vidas e aliviar o sofrimento. E boa parte da sociedade civil deixou evidente que não são os mais fortes, os supremacistas, que vivem do conflito e da arrogância a ajudar a sobreviver, mas sim aqueles que se dedicam à ajuda mútua e à solidariedade.

Se, por um lado, as novas tecnologias - a Internet, as redes sociais, os aplicativos - ajudam a sair do isolamento e a um maior conhecimento e conscientização dos direitos universais, por outro, são um veículo para fake news e manipulação. Você acredita que contribuirão para aumentar a massa crítica ou, pelo contrário, favorecerão o controle da opinião pública?

Tudo depende da cidadania, se será lúcida e madura ou pueril e manipulável. No primeiro caso, usará as novas tecnologias para expandir seu espaço de relações, selecionará as informações que julgar importantes e não anônimas, colocará em quarentena qualquer notícia que pareça falsa e exigirá medidas para que as grandes plataformas respeitem as regras éticas. Em resumo, colocará as tecnologias a seu serviço. Mas se ela for crédula e conformista, será ela mesma a se colocar nas mãos de sujeitos inescrupulosos.

Sacralidade da pessoa do ponto de vista teológico, dignidade do ponto de vista filosófico-racional: é possível uma ética comum em nossas sociedades?

Certamente, uma ética comum é possível nas sociedades pluralistas: é a ética cívica, dos cidadãos, baseada na dignidade das pessoas e no cuidado da natureza. Seus valores são liberdade diante da escravidão, igualdade diante da desigualdade, solidariedade diante do egoísmo, respeito ativo diante da intolerância e diálogo diante da violência, quando estão postas as bases que as rendem possíveis. No âmbito dessa ética mínima compartilhada, os cidadãos vivem sua própria ética de máxima, de vida feliz, tanto religiosas quanto seculares.

Globalmente, você acredita que houve um retrocesso da democracia deliberativa em relação às autarquias, devido aos estados de alarme, exceção ou emergência decretados por muitos governos para combater a pandemia?

Infelizmente é isso, a democracia entrou em recessão e se fortalecem os impulsos totalitários e as autarquias, com a desculpa de que esse é o caminho para garantir a vida. Mas isso é falso. Os estados totalitários coagem a liberdade, fomentam a opacidade e não se preocupam em salvar vidas; em vez disso, estão dispostos a permitir que as pessoas morram se o considerarem conveniente. A maneira como a China procedeu foi paradigmática: esconder o início do contágio acelerou a disseminação do vírus, causando uma grande quantidade de mortes que poderiam e deveriam ter sido evitadas. É urgente fortalecer a democracia e a transparência.

Você cunhou o termo "aprofobia", o medo do pobre. A pandemia desencadeou a fobia - quando não os insultos - ao contagiado, ao estrangeiro, ao migrante: existe vacina?

Existe e é tão antiga quanto a humanidade, apenas não é aplicada. Consiste na descoberta, do coração e da razão, de uma razão cordial, de que cada pessoa tem valor em si mesma. Criar instituições igualitárias é necessário para facilitar essa descoberta, mas é cada pessoa que deve fazê-lo. Caso contrário, os pobres continuarão a ser relegados, com ou sem coronavírus.

Durante a crise de 2008, você propôs mudar o nome de "estado de bem-estar" para o de "estado de justiça", que tem origem na dignidade do ser humano. Como eles diferem e o que deve ser feito para evitar que sejam os mesmos a pagar o impacto brutal da epidemia?

Em meu livro Cittadini del mondo (Alianza, 1997), falei da necessidade de um estado de justiça que proteja os direitos civis e políticos, econômicos, sociais e culturais, ou seja, o que é justiça para a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. É a chave para um estado social e democrático de direito. O bem-estar, como Kant dizia, é um ideal da imaginação e cada pessoa o imagina de maneira diferente, com o risco de que, na soma do maior bem-estar do maior número de pessoas, os desejos de alguns sejam atendidos e os direitos de muitos outros sejam violados.

Por um lado, a disjunção entre liberdade e segurança, por outro a dialética entre ciência e humanística, com as primeiras se impondo em um mundo ameaçado por patógenos biológicos e químicos. Como você avalia a tensão entre as duas dialéticas?

Não existe disjunção entre liberdade e segurança, quanto mais liberdade bem compreendida houver, muito mais transparência e maior segurança. Tampouco existe uma alternativa entre ciência e humanidade, que devem trabalhar juntas. As ciências, para ampliar o conhecimento objetivo do universo, e os estudos humanísticos para direcionar esse conhecimento para o bem da humanidade e para o cuidado da natureza, a partir desse "nós" intersubjetivo, que deve ser fortalecido por uma razão dialógica cordial.

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