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25 Setembro 2020

“João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele” (Mt 21,32).

A reflexão bíblica é elaborada por Adroaldo Palaoro, padre jesuíta, comentando o evangelho do 26º Domingo do Tempo Comum - Ciclo A, que corresponde ao texto de Mateus 21,28-32.

É muito fácil ter fé em Jesus. Hitler se considerava católico e dizia que tinha fé em Jesus; são muitos os que fazem opção em favor da morte e se dizem cristãos. A questão não é ter fé em Jesus, é ter a fé de Jesus. E a fé de Jesus está intimamente vinculada à justiça do Reino, ou seja, comprometida com a vida.

Para Jesus, a fé não está vinculada a um catálogo de crenças, a uma doutrina, a uma religião, e sim, a um modo de viver e agir, profundamente sintonizado com o modo de ser e agir do Pai.

Que qualidade de fé nós temos? Desperta em nós ou não uma profunda indignação contra as injustiças, violências e misérias que ferem nosso mundo? Ou ela se reduz a algumas práticas piedosas alienadas, a certos ritos vazios, a doutrinas distantes da vida?...

A fé é muito mais que uma “crença”, que se restringe a uma formulação doutrinal; a fé é um modo de ver, um modo de viver, um modo de ser. Envolve a pessoa toda em todas as suas dimensões, de um modo integrado e configurador. Portanto, aquele que crê não é uma pessoa que “tem fé”, mas alguém tomado e configurado, cada vez mais plenamente, por uma experiência radical de amor que repercute e lhe faz vibrar em todo o seu ser.

Vibra também sua afetividade. Com efeito, na experiência de fé, a pessoa se percebe enraizada no Amor originário, incondicional e gratuito; um amor que não só a envolve, mas que a constitui. E, ao mesmo tempo, desperta e mobiliza nela toda sua capacidade de amar. Necessidade de ser amado e capacidade de amar: na fé, a afetividade encontra descanso, motor e canal por onde flui a vida.

Esta é a intuição que perpassa toda a Bíblia: o coração da fé é o amor e, com ele, o afeto, começando já pelo “primeiro mandamento: “Amarás o Senhor teu Deus com todo teu coração, com toda tua alma e com todas as tuas forças” (Deut. 6,5).

Portanto, crer é uma questão de amor. Isso significa que, antes de qualquer outra coisa, aquele que crê se percebe, em seu núcleo mais íntimo, ser e proceder do Amor. Aquele “em quem somos, nos movemos e existimos” (At 17,28) é Amor.

Não podemos confundir “crer” com “crença”. Nenhuma crença é essencial, nem necessária, pois todas dependem da visão que temos da realidade em geral, dos conceitos teológicos que conhecemos, dos ritos que praticamos, da língua que falamos...

O essencial do “crer” não é a crença, mas a “entrega do coração”; assim sugere a própria etimologia do termo latino “credere”, que vem de “kerd” (coração) e “dheh” (entregar). Entregar o coração: tudo o mais é acréscimo.

Se é verdade que a palavra latina “credere” provém de uma contração de “cor-dare”, a fé seria o dom do coração. Não seria uma conquista do intelecto, senão um ato de confiança amorosa, uma entrega que envolve o ser em sua totalidade, não um ato de apropriação senão uma sublime nobreza...

A fé não é algo que se “tem” ou “não se tem”; a fé é um caminho, é uma viagem entre a luz e a treva. É um desejo eternamente insatisfeito. É uma confiança continuamente renovada, um compromisso sem final.

Jesus fez a desconcertante afirmação de que prostitutas e cobradores de impostos terão precedência no Reino de Deus, e não os "exemplares" sacerdotes e anciãos do povo.

Isso deixa claro quem Jesus reconhecia como pessoas de fé. Não propriamente quem aceita o que prega a religião, e sim quem age por amor, solidariedade e justiça, como o bom samaritano (Lucas 10, 29-37).

Os “sacerdotes e anciãos do povo” são os “profissionais” da religião: aqueles que disseram um grande “sim” ao Deus do templo, os especialistas do culto, os guardiães da lei. Não sentem a necessidade da conversão e não se abrem à novidade trazida por Jesus.

Os “publicanos e prostitutas” são aqueles que disseram um grande “não” ao Deus da religião, aqueles que se colocaram fora da lei e do culto. No entanto, seu coração se manteve aberto à conversão e acolheram a novidade de Jesus.

“Sacerdotes e anciãos do povo” x “publicanos e prostitutas”: revelam o lugar e o modo de viver de cada grupo na estrutura religiosa do tempo de Jesus. Mas podemos ir além: tais grupos estão presentes, e em constante conflito, em nossa própria interioridade.

Como integrá-los e como conviver com eles para que nossa vida seja criativa e expansiva? Nesse sentido, a pequena parábola deste domingo nos capacita a considerar nossa vida sob outra perspectiva.

Provavelmente, a parábola – em linha com a sabedoria de Jesus – está nos convidando a que sejamos capazes de reconhecer e abraçar o “publicano” e a “prostituta” que cada um de nós carrega em nosso interior. O sentido é o mesmo daquela outra parábola que fala do “fariseu” e do “publicano”: até que não reconheçamos o nosso publicano interno não poderemos estar reconciliados.

Simbolicamente, “publicano” e “prostituta” é aquela dimensão nossa que temos reprimida e escondida, nossa própria sombra. É claro que, enquanto não a reconhecermos, projetaremos nos outros o que em nós mesmos rejeitamos. Só quando abraçamos nossa “negatividade”, nos humanizamos, porque nos abrimos à humildade. E só então pode emergir a bondade e a compaixão para com os outros.

Os “sacerdotes” e os “anciãos” – escravos de sua própria imagem de “observantes religiosos” – eram incapazes de reconhecer e aceitar seu “publicano” e sua “prostituta” – presentes em todos nós. Isso os incapacitava para amar os outros – publicanos e prostitutas – e entrar no Reino.

Quanto mais nos reconciliamos com nossa debilidade e fragilidade, mais próximos estaremos da verdade.

Uma coisa parece clara: abraçar nossos próprios “publicano” e “prostituta” nos permitirá abraçar qualquer pessoa que cruze nosso caminho, sem necessidade de impor-lhe nenhuma etiqueta prévia.

Dito de outro modo: ao reconhecer e aceitar nossa própria sombra (tudo aquilo que em algum momento tivemos que negar, ocultar, reprimir...) crescemos em unificação e harmonia interior, desaparecem os juízos e preconceitos e entramos em um caminho de humildade e graça.

A aceitação da sombra (“publicano-prostituta”) nos faz descer do falso pedestal, sobre o qual nos havia feito subir o “sacerdote que nos habita”, e nos permite crescer em humildade e em humanidade.

Para Jesus, a conversão significa mover-nos em direção à nossa fragilidade, aos limites, às sombras...

Ao reconhecer-nos fracos e limitados, nós nos abrimos para Deus e para os outros; sentimo-nos necessitados de salvação. Só a aceitação de nossa verdade completa conduzir-nos-á no caminho da libertação.

E a verdade é que em cada um, jazem unidas, a luz e a sombra, o sacerdote e o publicano. Em cada santo dorme um pecador, e não reconhecer isso conduz ao farisaísmo e ao moralismo; mas em todo pecador dorme também um santo, e não percebê-lo supõe um empobrecimento humano, desesperança e vazio.

Somente quando integrarmos e nos reconciliarmos com os aspectos nossos que tínhamos negado ou até rejeitado, poderemos alcançar a paz e a harmonia estáveis. Portanto, nossa grande tarefa não consiste em sermos “perfeitos”, mas “completos”. Na medida em que somos mais “completos”, porque aceitamos de maneira integral nossa verdade, tornamo-nos mais compassivos e humanos.

 

Para meditar na oração:

- Fazer memória de tantas pessoas que, mesmo no anonimato de suas vidas, foram referências na vivência de fé, integrando uma profunda adesão ao Deus da Vida e o compromisso em favor da vida.

- Sua vivência de fé faz diferença na realidade em que você se encontra? Ela inspira, move, provoca... a sair das suas “normoses religiosas” (normalidade doentia centrada no legalismo, no moralismo, no ritualismo...

 

 

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