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Direitos indígenas são primeiro passo para solução climática

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15 Novembro 2025

No terceiro dia de debates na Zona Azul da COP30, a cientista e autoridade climática Sineia do Vale, também conhecida como Sineia Wapichana, afirmou que o primeiro passo para uma política climática efetiva é garantir os direitos dos povos indígenas sobre seus territórios. E a razão é simples: eles são parte da solução porque são capazes de unir, na prática, os conhecimentos tradicionais e científicos.

A reportagem é de Nicoly Ambrosio, publicada por Amazônia Real, 12-11-2025. 

Sineia fala com a autoridade de co-presidenta do Caucus Indígena, enviada especial dos povos indígenas da Presidência da COP30 e coordenadora do Departamento de Gestão Territorial, Ambiental e Mudanças Climáticas (DGTAMC) do Conselho Indígena de Roraima (CIR). Ela atua há mais de 30 anos usando a ciência dos povos tradicionais para proteger a Amazônia de eventos climáticos extremos.

“A gente vem medindo toda essa questão das mudanças climáticas e estamos trabalhando com a adaptação dos povos indígenas”, afirmou com exclusividade à Amazônia Real. Sineia conduziu, nesta quarta-feira (12), o evento “Dos territórios para o mundo – e de volta: caminhos indígenas para a adaptação às mudanças climáticas”, com participação do NICFI/Ministério do Meio Ambiente da Noruega, UNFCCC, Fundo Verde do Clima, Elatia e Tenure Facility.

“Construímos os nossos planos de enfrentamento à mudança climática, para que realmente eles sejam implementados, principalmente pelo Plano Clima do Brasil e levamos também para um processo a um nível internacional, para mostrar esses planos como soluções”, afirmou a cientista.

Segundo Sineia, as comunidades observam milenarmente os impactos das altas temperaturas, secas, cheias e queimadas, e constroem planos próprios de enfrentamento, articulando ciência indígena em diálogo com as instituições não-indígenas, como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A tradição legou a eles soluções baseadas nos seus próprios sistemas de conhecimento.

Indicadores naturais de adaptação

Os povos originários se baseiam em indicadores naturais para avaliar os impactos da crise climática. Os sinais estão na floresta, nas plantas e nas águas. O canto dos pássaros, que fazem parte dos calendários etnológicos, e os ciclos de plantio e colheita também ajudam os indígenas a monitorarem as mudanças climáticas. Eles são capazes de observar e compreender o comportamento de uma planta chamada aninga, abundante e que cresce às margens de rios, igapós e igarapés amazônicos, que indica as cheias e secas dos rios, podendo prevenir desastres.

Sineia do Vale, cientista e autoridade climática (Foto: Juliana Pesqueira/Amazônia Real)

“São esses indicadores naturais que estamos buscando cada dia mais a orientação, a observação, para que o povo indígena possa continuar fazendo toda essa manutenção da biodiversidade, da floresta, da água”, explicou a cientista. Ao relatar exemplos de mudanças drásticas no clima, a cientista mencionou o caso de Roraima, onde o bioma lavrado sofreu queimadas severas em 2024, afetando 80% da área.

No início de 2024, os focos de queimadas em Roraima bateram recordes históricos. Entre 1º e 23 de fevereiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 1.692 focos, um número superior aos 1.347 de fevereiro de 2007, o maior até então desde que o órgão federal começou a detectar focos de queimadas na Amazônia. No comparativo o aumento é de 449%.

“Quando tem essa queimada drástica, ela acaba com a biodiversidade que nós temos ali. As plantas medicinais, vários tipos de pássaros que moram nesse ecossistema. Isso para nós é muito impactante dentro das comunidades indígenas”, observou Sineia.

A perda de biodiversidade e de espécies vegetais, como o buriti, representa para os povos indígenas um dano profundo e irreparável. “Quando um pé de buriti é queimado, para algumas pessoas pode não ter nenhum valor, mas para nós é uma planta significativa. Tem as palhas que fazem a casa, o fruto que alimenta, e uma conexão espiritual com a floresta, com a água e com os animais que os povos indígenas têm de longa convivência”, contou.

Presença indígena no combate ao aquecimento

Brigadista indígena do seu povo, Ana Paula Wapichana atua em uma brigada comunitária indígena em Roraima e tem dedicado seu trabalho às práticas de manejo do fogo e à prevenção de queimadas em territórios indígenas. Durante conversa com a reportagem, ela destacou que o tema da adaptação climática é um desafio urgente para os povos indígenas.

“A gente está aqui hoje para buscar soluções, buscar um sim para conter as mudanças climáticas que estão acontecendo. Queremos que o mundo fique em alerta, que isso não aconteça mais, buscamos melhorar, para futuramente nossos filhos, nossas crianças possam ver viver melhor”, afirmou.

A brigadista explicou que seu trabalho se concentra na técnica de queima prescrita, usada como forma de controle e prevenção dos incêndios florestais, especialmente no lavrado de Roraima, um dos biomas mais afetados pelas secas e queimadas dos últimos anos. Apesar de sentir falta de mais representantes indígenas da Amazônia nas mesas de decisão, a brigadista reforçou o sentido coletivo da presença indígena na COP30. “Mas entendo que cada um de nós representa nossos povos. Sei que não havia credencial para todo mundo, mas estamos aqui mostrando a realidade de quem ficou fora também”, disse.

Financiamento para mitigação e adaptação

Durante sua fala ao público-geral, Sineia do Vale ressaltou a urgência de garantir a presença e a escuta dos povos indígenas nos espaços de decisão sobre o clima, além do financiamento para continuarem com seu trabalho de mitigação dos impactos da crise climática.

“Precisa de financiamento para continuar fazendo o que os povos indígenas sempre fizeram voluntariamente. Os fundos são mecanismos para os quais estamos nos preparando, principalmente, para ter os recursos direto para essas implementação nos temas que nós já estamos tratando, que é de adaptação, mas que as terras indígenas também são mitigação, porque fazemos esses dois trabalhos sem desconectar”, afirmou.

O painel buscou criar um espaço de diálogo estratégico voltado à construção de políticas e à criação de mecanismos que assegurem financiamento direto para ações de adaptação climática conduzidas pelos próprios povos indígenas em seus territórios. Entre os encaminhamentos esperados estão a elaboração de recomendações políticas práticas direcionadas à UNFCCC, à Meta Global de Adaptação (GAA) e aos planos nacionais de adaptação, além da formulação de caminhos éticos e equitativos para incluir os povos indígenas em mecanismos de financiamento climático.

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