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Enquanto Leão XIV se reúne com vítimas belgas de abusos, acusadoras de Rupnik ainda aguardam por justiça

Foto: Luciano Bessera | Unsplash

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11 Novembro 2025

O Papa Leão XIV se reuniu no sábado com um grupo de quinze vítimas de abusos sexuais clericais. Todas da Bélgica, as vítimas sofreram os abusos quando eram menores de idade. Muitas delas já haviam participado de um encontro com papa Francisco durante sua visita ao país em setembro de 2024.

A informação é de Christopher R. Altieri, publicada por Crux, 09-11-2025. 

Um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, enviado a jornalistas credenciados na noite de sábado, informou que o encontro durou “quase três horas” e ocorreu “num clima de proximidade com as vítimas, de escuta e diálogo, tanto profundo quanto doloroso”.

Segundo o Vatican News, membros da Comissão Pontifícia para a Tutela dos Menores acompanharam as vítimas na noite de sábado, depois de terem se encontrado separadamente com elas mais cedo no mesmo dia, dando continuidade ao diálogo iniciado em julho, quando uma delegação da comissão visitou a Bélgica.

Um pedido de paciência

Na terça-feira anterior, o papa pediu paciência às vítimas de abuso clerical, afirmando que a justiça eclesial exige tempo. O pedido surpreendeu pela franqueza e pela esperança que expressava — mas também exigia algo imenso das vítimas.

“Eu sei que é muito difícil para as vítimas quando pedimos paciência”, disse o papa aos jornalistas na terça à noite, em frente à residência papal de Castel Gandolfo, “mas a Igreja precisa respeitar os direitos de todas as pessoas.”

“O princípio da presunção de inocência também é válido na Igreja”, acrescentou.

Embora a afirmação esteja correta, suas palavras causaram impacto — sobretudo entre as vítimas — porque respondiam a uma pergunta sobre um artista eclesial famoso que escapou da justiça por décadas e ainda é sacerdote em situação regular, aparentemente com plenas faculdades sacerdotais, apesar das acusações.

O contexto: o caso Rupnik

Leão XIV respondia a uma pergunta sobre o caso do pe. Marko Rupnik, sacerdote esloveno e ex-jesuíta atualmente incardinado na diocese de Koper, mas que vive em Roma.

Rupnik é acusado por diversas testemunhas — consideradas “altamente credíveis” pelo próprio investigador do Vaticano — de cometer abusos espirituais, psicológicos e sexuais em série contra dezenas de vítimas, a maioria religiosas (várias pertencentes a uma congregação fundada por ele na Eslovênia), ao longo de cerca de trinta anos, muitas vezes sob o olhar conivente de seus superiores jesuítas.

Durante esse período, Rupnik alcançou fama mundial como artista de mosaicos e mestre espiritual, requisitado para retiros e conferências, enquanto figuras influentes na Companhia de Jesus e no Vaticano ignoravam as denúncias — ou até tentavam desacreditar as vítimas.

As vítimas de Rupnik, em suma, têm sido pacientes por décadas — assim como tantas outras ao redor do mundo. O Papa Leão XIV herdou um “emaranhado impuro” de seu predecessor, especialmente em relação a esse caso. Ainda assim, suas palavras parecem ter pressuposto uma paciência que já se esgotou.

Medo e favorecimento

Um ponto amplamente criticado é o tratamento excepcional que Rupnik recebeu tanto de seus antigos superiores jesuítas quanto de autoridades vaticanas, incluindo o próprio Papa Francisco.

Francisco chegou a receber Rupnik em sua residência e usou uma de suas obras em uma mensagem em vídeo enviada a um congresso mariano em Aparecida, mesmo após as denúncias virem à tona.

“Quando alguém é acusado de crimes graves como os de Marko Rupnik”, disse Antonia Sobocki, da organização britânica LOUDfence, ao portal Crux, “no Reino Unido essa pessoa é mantida sob custódia preventiva até o julgamento”.

“Isso não é presunção de culpa”, continuou Sobocki, “mas uma precaução para proteger o público.” Permitir que uma pessoa com acusações tão graves viva livremente “não é um ato neutro”, disse ela. “Coloca inocentes em risco.”

A Companhia de Jesus expulsou Rupnik em 2023 — por desobediência, e não pelos crimes — e o sacerdote foi acolhido rapidamente por uma diocese em seu país natal.

Rupnik chegou a pregar o retiro quaresmal da Cúria Romana em 2020 — o mais alto prestígio possível para um pregador — depois de uma investigação secreta ter concluído que ele havia concedido absolvição sacramental a uma pessoa com quem mantinha relações sexuais, o que implica excomunhão automática. A sanção foi imposta e depois retirada, tudo em segredo.

Mesmo com restrições impostas pelos jesuítas, Rupnik as ignorou publicamente, viajando e recebendo homenagens, sem que houvesse consequências.

Justiça tardia

Sob pressão da Comissão para a Proteção dos Menores e diante da indignação internacional, o Papa Francisco decidiu, em 2023, levantar a prescrição e permitir que o processo contra Rupnik seguisse adiante — mais de quatro anos depois de o caso ter chegado oficialmente ao Vaticano e quase um ano após sua divulgação pública.

Quando Francisco faleceu, a Seção Disciplinar do Dicastério para a Doutrina da Fé ainda buscava juízes para o caso. Somente em 13 de outubro de 2025 o Vaticano anunciou a nomeação de cinco juízes para julgar Rupnik.

Enquanto isso, suas obras — que sobreviventes e defensores chamam de “arte do estupro” — continuam expostas em igrejas e santuários, gerando pedidos de remoção.

As balanças da justiça

Observadores destacam a discrepância entre o modo como o Vaticano tratou o cardeal Giovanni Angelo Becciu, acusado de irregularidades financeiras, e a leniência com Rupnik. Francisco forçou Becciu a renunciar e retirou seus direitos de cardeal antes mesmo da acusação formal, alterando as leis vaticanas para permitir seu julgamento.

Becciu foi condenado e recorre da sentença. No caso de Rupnik, a Igreja teve enorme dificuldade em compor o tribunal.

Desde sua eleição, Leão XIV tem trabalhado parte da semana em Castel Gandolfo, refletindo sobre pendências graves — e o caso Rupnik é uma delas.

O episódio simboliza, para muitos, a incapacidade estrutural da Igreja de lidar com a crise de abusos e encobrimentos. Aos olhos do público, parece que se move “céu e terra” para punir quem rouba dinheiro, mas se arrasta os pés quando o crime é sexual.

O estado da questão

Foi a jornalista Magdalena Wolinska-Riedi, da EWTN News, quem perguntou ao papa sobre as vítimas que consideram traumática e escandalosa a permanência das obras de Rupnik em igrejas, inclusive no Vaticano, pedindo que elas fossem cobertas ou removidas.

“Em muitos lugares, justamente por sensibilidade às vítimas, essas obras foram cobertas”, respondeu Leão, citando o santuário de Lourdes. Em outros, como o Vaticano, os mosaicos continuam expostos.

“As obras foram removidp00as de sites”, disse ele, numa referência à exclusão recente das imagens das páginas oficiais do Vaticano.

“Um novo julgamento começou”, acrescentou, reconhecendo que “os processos de justiça levam tempo” e expressando esperança de que “esse julgamento possa trazer clareza e justiça a todos os envolvidos”.

Leão XIV poderia ordenar a cobertura dos mosaicos da capela Redemptoris Mater, mas tal gesto seria interpretado como tentativa de influenciar o processo judicial em curso.

A atitude mais importante, concluem os observadores, é garantir que a justiça seja feita — e que seja vista como feita. No entanto, justiça tardia é justiça negada — e, para inúmeras vítimas de abuso clerical, a paciência já está chegando ao fim.

Leia mais

  • O papa e Rupnik: sobre os abusos muitas palavras e poucas ações. Artigo de Luis Badilla
  • Padre Rupnik rumo a julgamento canônico por abuso. Jesuítas em solidariedade com as vítimas
  • Jesuítas: carta às vítimas de Rupnik
  • O caso de Rupnik lança luz sobre o abuso sexual de freiras
  • Abuso de religiosas: quando a culpa recai sobre as vítimas
  • Rupnik é confrontado no aeroporto de Roma e permanece em silêncio sobre alegações de abuso
  • Caso Rupnik, o ex-jesuíta acusado de abuso estaria escondido em um mosteiro perto de Rieti
  • Vítimas do padre Rupnik sentem-se decepcionadas e traídas
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  • O Papa envia Rupnik a julgamento, as palavras das vítimas são decisivas
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