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Milei e a polarização assimétrica. Artigo de Fernando Rosso

Foto: Escritório da Presidência da Argentina/Divulgação Redes Sociais

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04 Novembro 2025

De um lado, uma direita com um programa e um roteiro (reformas trabalhistas, previdenciárias e tributárias) que organiza expectativas e inimigos; do outro, uma oposição grande, porém morna, dividida entre calcular os danos e prometer moderação.

O artigo é de Fernando Rosso, jornalista argentino, em artigo publicado por El Salto, 28-10-2025.

Eis o artigo.

A noite de 26 de outubro deixou um fato claro: La Libertad Avanza (LLA) venceu as eleições legislativas nacionais de meio de mandato — com mais de 40% dos votos e uma vantagem de quase dez pontos percentuais sobre o segundo colocado — e conquistou cadeiras em ambas as casas do Congresso. Essa vitória ocorreu no mesmo país polarizado onde o partido governista havia sofrido uma retumbante derrota apenas cinquenta dias antes, na província de Buenos Aires. A taxa de abstenção historicamente baixa — em torno de 66%, a menor desde 1983 — é outro indicador estrutural. Esse retrato reflete o panorama geral: a Argentina, um país de impasse persistente, com blocos que se impedem mutuamente de alcançar um projeto duradouro.

As semanas anteriores incorporaram um fator extranacional decisivo — para não mencionar a intervenção imperial —: o resgate político e financeiro promovido pelo governo de Donald Trump. Houve um swap cambial de US$ 20 bilhões com o Banco Central e operações do Tesouro dos EUA comprando pesos diretamente no mercado cambial argentino. Algo sem precedentes. O pacote funcionou como uma âncora cambial — contendo a pressão sobre o dólar na reta final — e como uma mensagem política: o apoio contínuo estava condicionado ao resultado de domingo. Em termos de campanha, foi um sinal duplo: estabilização de curto prazo e extorsão: "Se você não votar no partido governista, tudo vai explodir". Trump deixou isso flagrantemente claro nos dias que antecederam a eleição. Sem essa "ajuda", a economia do governo Milei estava rumando para o colapso: o Banco Central ficaria sem dólares e a desvalorização seria uma questão de horas. Com ela, viria a inflação descontrolada: o principal trunfo político desse governo em um país que vive há anos em uma espécie de República de Weimar em parcelas.

Sem um centro

As eleições de 2025 confirmaram um padrão: polarização assimétrica. De um lado, uma direita com um programa e um roteiro — reformas trabalhistas, previdenciárias e tributárias — que organiza expectativas e cria inimigos; do outro, uma oposição ampla, porém morna, dividida entre calcular os danos e prometer moderação. Foi nesse terreno que o experimento dos governadores, Províncias Unidas, fracassou: a tentativa de uma "versão polida da administração anterior" não conseguiu romper a polarização, mesmo que certas figuras do establishment se mostrassem entusiasmadas com a ideia de um Plano B que viria desse grupo político "centrista". A coligação teve um desempenho fraco em Santa Fé e Córdoba — seus supostos redutos eleitorais — com apenas sucessos isolados.

Outra consequência dessa polarização foi vista na esquerda: a Frente Operária de Esquerda e Unidade (FIT-U) cresceu na cidade de Buenos Aires, ascendendo com a advogada Myriam Bregman para alcançar quase 10% e se tornar o terceiro maior partido; em nível nacional, manteve três das quatro cadeiras que disputava. O cenário é importante: uma parcela do voto da oposição preferiu o forte contraste às mudanças superficiais do "centro extremo".

A abstenção recorde não é mera nota de rodapé: mais de um terço dos eleitores registrados optou por não participar. Quando a votação ocorreu, mais pessoas votaram “contra” do que “a favor”. A promessa de “encerrar uma era” choca com a dura realidade de uma representação fragmentada. O meio do mandato traz mudanças, mas não resoluções: o partido governista consolida sua posição; o peronismo se reduz a um reduto contestado na província de Buenos Aires; os governadores pagam o preço por serem uma pálida imitação de Milei; os mercados celebram o financiamento externo enquanto, simultaneamente, influenciam a política. O impasse hegemônico retorna como a atmosfera predominante: ninguém está no comando sozinho. Nem mesmo Milei, embora tenha saído vitorioso nesta disputa específica.

A eleição também tornou explícita a aliança do poder real — o FMI, o setor financeiro, as grandes corporações e as principais potências mundiais — com o programa do governo. Quando a interferência externa é reconhecida publicamente, o debate sobre soberania deixa de ser um mero slogan e se torna uma realidade tangível. É impossível confrontar (muito menos derrotar) esse bloco com uma oposição puramente acadêmica. A política é relacional: quando a liderança sindical e política que alega se opor a ela — incluindo a CGT — não age com a força necessária, beneficia o candidato que apresenta um plano de ação e apoio efetivo. Sem mobilização social, sem uma força de trabalho organizada e presença ativa nas ruas, a "moderação" ou a passividade se tornam uma forma de administrar a derrota.

O mileísmo opera com base na extorsão, mantendo uma estabilidade precária e a desmoralização imposta por aqueles que o apoiam, seja por ação, seja por omissão.

O dia 26 de outubro remodelou o cenário político, mas não o pacificou nem resolveu a crise. Confirmou o LLA como a principal minoria com amplo apoio, restabeleceu a assimetria na polarização, revelou a fragilidade da "milícia educada" e impulsionou uma oposição de esquerda que se mantém firme.

O partido no poder está mais forte do que na semana passada, mas não suficientemente poderoso para contrariar a “contrarrevolução” que se avizinha. Se a liderança sindical e a oposição política continuarem hesitantes, a extrema-direita continuará a ditar as regras. A alternativa — a única que refuta o fatalismo — combina organização social, unidade nas lutas e uma estratégia parlamentar e, sobretudo, extraparlamentar, eficaz na organização da ampla oposição que Milei enfrenta.

O que a história recente nos ensina

Vale lembrar que Mauricio Macri também venceu as eleições legislativas de 2017 por uma ampla margem e, em alta, lançou uma ofensiva de "reformas permanentes" — reformas trabalhistas, previdenciárias e tributárias. Ele primeiro encontrou uma barreira social nas ruas — os protestos de dezembro contra a reforma da previdência — e depois uma revolta do mercado que destruiu sua narrativa de previsibilidade. O fim é bem conhecido: um rápido colapso político, um resgate do FMI e uma sequência de eventos que ensinou uma lição simples: o equilíbrio de poder não é decretado, é testado.

A ilusão de uma vitória esmagadora também não é nova: após a reeleição de Carlos Menem em 1995, o partido no poder prometeu aprofundar o plano de conversibilidade, mas o ciclo já dava sinais de desgaste. O aumento do desemprego e da pobreza, as crises provinciais, os escândalos e a perda do apoio social levaram à derrota de 1997 e à recessão que começou em 1998. A moral da história é prosaica: nenhuma vitória eleitoral garante hegemonia duradoura quando a economia está em crise e a sociedade (ou um setor significativo dela) impõe limites.

Chegou a hora de abandonar os atalhos triunfalistas ou simplistas que depositam toda a esperança em estruturas eleitorais complexas: é preciso ler os tempos, organizar maiorias reais e lutar — no Parlamento e, sobretudo, nos locais de trabalho e nas ruas. Só assim o “impasse permanente” deixará de ser um pretexto para uma derrota gradual e se tornará um ponto de apoio para uma saída em que os mais vulneráveis ​​não voltem a suportar o peso da crise.

Quando Milei sofreu uma derrota esmagadora na província de Buenos Aires, escrevemos no El Salto que o diagnóstico de hegemonia impossível nos obrigava a “ler com cautela não apenas a derrota de Milei, mas também o triunfo peronista. Dois anos atrás — quando chegou à Casa Rosada — o libertário acreditava ter dado o primeiro passo para tornar todo o país roxo e garantir a adesão da maioria à sua ideologia minarquista. Nas primeiras horas após a vitória em Buenos Aires, o entusiasmo levou muitos peronistas a prever que as eleições provinciais demonstravam que a maioria havia abraçado novamente com força e convicção a velha ordem que rejeitara apenas dois anos antes. Estão enganados. A crise de representação — por vezes latente, labiríntica ou imprevisível — continua seu curso e, com exceção dos linha-dura, nas eleições as pessoas votam mais ‘contra’ do que ‘a favor’. O famoso partidarismo negativo discutido na ciência política revela a natureza fluida das lealdades.”

A advertência que se mostrou válida para o peronismo em setembro — assim como já havia acontecido com Macri em 2017 ou muito antes com Menem em 1995 — também se aplica a esta vitória tática do movimento Milei. É uma advertência que provavelmente será ignorada, pois deixar-se levar e confundir vitória eleitoral com hegemonia política parece ser um passatempo nacional. Esse erro é quase inevitável e nos obriga a acatar o sábio conselho de Napoleão — embora alguns o atribuam a Sun Tzu: "Se o inimigo cometer um erro, não o distraia".

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