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Foto: JavierMilei/FotosPúblicas

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28 Outubro 2025

A vitória surpreendente e retumbante do presidente de extrema-direita nas eleições de meio de mandato levanta questões sobre os desafios econômicos do país, a direção que o governo tomará em resposta às demandas dos EUA e o futuro do peronismo. Por que nem todas as pesquisas foram precisas?

A reportagem é de Natália Chientaroli, publicada por El Diario, 27-10-2025.

"Argentina, você não entenderia" é uma frase popular usada em inúmeros memes como uma espécie de alerta aos estrangeiros sobre a complexa realidade do país, repleta de acontecimentos inesperados. Quatro palavras que resumem a surpresa deste domingo, até mesmo entre os próprios argentinos. Esperava-se que estas eleições de meio de mandato fossem difíceis, mesmo dentro do La Libertad Avanza (LLA), o partido do presidente Javier Milei. Mas uma vitória retumbante e inesperada triplica sua representação na Câmara dos Deputados e permite ao líder de extrema-direita encarar os próximos dois anos com maior margem de manobra política para implementar as reformas radicais que prometeu.

O panorama era complicado: um governo com minoria parlamentar, assolado por vários escândalos e ameaçado por um colapso cambial. Um governo derrotado menos de dois meses antes pelos peronistas — por uma margem de 13 pontos — nas eleições locais na província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral da Argentina, com 40% do eleitorado.

Mas a história incluía uma reviravolta escrita não em Hollywood, mas em Washington. Bem na véspera da eleição, Donald Trump entregou a Milei um cheque de bilhões de dólares. O resultado? Uma vitória, com mais de 40% dos votos, algo que nem o próprio Milei havia sonhado.

Quão importante foi o "resgate" de Trump?

Sem Trump, não teria havido um triunfo de Milei na Casa Rosada nesta segunda-feira. Embora a análise seja mais complexa e multifatorial, os especialistas concordam: os US$ 40 bilhões prometidos por Trump foram um ponto de virada na eleição.

Talvez não tanto pela "chantagem" que propunha — a ajuda sempre estava condicionada à vitória de Milei — ou porque esse apoio gerasse grande entusiasmo, mas porque permitiu ao governo evitar um terremoto econômico antes do dia das eleições.

“O resgate permitiu a estabilização da economia, sem a qual não teria havido vitória”, observa Andrés Malamud, pesquisador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. O governo entrou na eleição em uma situação crítica: os ativos ainda não haviam atingido o fundo do poço, enquanto o preço do dólar parecia não ter teto. “Sem o resgate, a dinâmica econômica teria sido diferente, e a eleição também”, observa a economista Marina dal Poggetto, diretora da consultoria argentina EcoGo, que ressalta que muitos dos anúncios e promessas dos EUA ainda não foram traduzidos em ações concretas.

Por que as pesquisas falharam?

A polarização marcou os resultados tanto quanto a desmobilização: em um país onde o voto é obrigatório, essas eleições legislativas alcançaram uma participação de 67%, a menor desde a restauração da democracia em 1983. Isso significa que 12 milhões de eleitores não foram às urnas.

Nesse contexto, "a mobilização do Milênio se combinou com a evidente desmobilização do voto popular, especialmente na província de Buenos Aires", observa o sociólogo Pablo Semán. Além disso, Semán menciona um voto "escuro" ou oculto. "Os votos do Milênio que haviam sido desativados em setembro foram ativados. A participação aumentou à tarde, o que pode ser devido aos jovens que se levantaram ao meio-dia e decidiram votar, mesmo sem terem tido certeza de que o fariam nas semanas anteriores", explica o antropólogo e professor da Universidade de San Martín.

Milei venceu ou o peronismo perdeu?

Os especialistas consultados concordam que grande parte da desmobilização eleitoral pode ser atribuída à falta de uma proposta concreta e diferente do peronismo. "Eles não estavam oferecendo nada de novo", observa Dal Poggetto. O peronismo "não renovou sua liderança; permaneceu o mesmo", e isso teve seu preço, acrescenta. "A oposição precisa propor algo melhor do que o que já existe", resume Malamud.

Diante disso, La Libertad Avanza explorou a ideia de um retorno a um passado de inflação e instabilidade, uma mensagem que repercutiu especialmente entre seus eleitores de classe média, que foram às urnas na esperança de afastar uma potencial vitória peronista. A chave para entender os resultados é "a apreensão que o peronismo gera em certos setores sociais", enfatiza Semán, que se mostra pessimista em relação à oposição kirchnerista: "Não acredito que o peronismo tenha muitas chances de se recuperar como alternativa política no futuro imediato, a menos que haja uma grande crise social. Parece-me que esse nível de rejeição da população mostra que o espaço precisa mudar muito, muito mais do que pensávamos", reflete.

As eleições de setembro em Buenos Aires foram uma miragem?

"Vencer na província de Buenos Aires não estava na cabeça de ninguém", reconheceu Milei nesta segunda-feira. A derrota nas eleições locais em Buenos Aires, uma província com mais de 17 milhões de habitantes, prejudicou gravemente o projeto La Libertad Avanza. Mas, em menos de dois meses, os libertários conseguiram diminuir essa diferença e venceram por pouco o Fuerza Patria, revertendo a vitória que havia consolidado o governador Axel Kicillof como o maior trunfo do peronismo.

Parece que antecipar as eleições para que não coincidissem com as eleições nacionais foi uma faca de dois gumes. Um menor envolvimento dos prefeitos na campanha pode ter influenciado os resultados ruins, que agora deixam Kicillof enfraquecido e questionado dentro de seu próprio partido.

O impasse econômico está resolvido?

Milei enfrentará a segunda parte de seu mandato com mais poder político, mas sem garantias de resolver a crise econômica argentina. De qualquer forma, ele prometeu avançar com as reformas radicais que prometeu durante sua campanha em 2023. "Não tenho certeza se Milei conseguirá cumprir seu programa, mas ele está claramente fortalecido", acrescenta Semán.

Por enquanto, o governo tem três grandes reformas pendentes — tributária, trabalhista e previdenciária — que tentará implementar com a nova configuração das câmaras. "A reforma trabalhista e a privatização estão na pauta e, para isso, o governo precisará firmar acordos. Não será fácil, mas não descarto a possibilidade de concretizá-la", explica o economista Ignacio Kostzer, professor da Universidade Autônoma de Madri.

Para Marina dal Poggetto, um novo capítulo está, sem dúvida, se abrindo na Argentina. No entanto, ela não é tão clara quanto à fórmula econômica que o governo adotará para enfrentar os principais desafios da economia argentina: aumentar a produtividade sistêmica e restaurar a moeda e o crédito, além de abordar a situação do mercado de trabalho, no qual, com uma população ativa de 22 milhões, há pouco mais de 9 milhões de empregados formais. O restante, excluindo os autônomos, opera no setor informal.

Manter o crédito e atender às demandas do Fundo Monetário Internacional e do governo Trump marcarão as medidas tomadas pelo presidente libertário, que agora desfruta da euforia dos mercados. "Espera-se que haja uma sinergia estabilizadora com os Estados Unidos e que ele encontre apoio de alguns setores econômicos e políticos na Argentina", explica Semán. "A menos que o resgate tenha sido apenas para salvar alguns investidores americanos que compraram títulos, algo que já aconteceu em algumas ocasiões", sugere o sociólogo.

Para Kostzer, a Argentina agora depende 100% do apoio dos EUA: "É praticamente uma tábua de salvação. Agora a questão é até que ponto a Argentina abrirá mão de empresas ou recursos estatais (estamos falando de terras raras, o depósito de Vaca Muerta, lítio) em troca desse oxigênio financeiro."

"Este é o segundo resgate em um ano, se contarmos o resgate de 20 bilhões do FMI, que durou muito pouco. E os problemas da economia real continuam: 17.000 empresas faliram neste período, e as receitas estão se deteriorando ainda mais", ressalta Kostzer.

Devemos esperar um Milei mais moderado ou mais radical?

“Acho que ele será mais moderado, a menos que decida cometer um erro como o que cometeu em Davos”, diz Andrés Malamud, referindo-se aos discursos polêmicos em que atacou o socialismo como um “câncer a ser erradicado” e pediu uma cruzada contra “o vírus mental acordado ”.

Dal Poggetto enfatiza que as declarações iniciais de Milei foram feitas no espírito de um pacto, tanto com o Partido Pro (Pro), partido do ex-presidente Mauricio Macri, quanto com os governadores provinciais, cuja representação no Congresso se tornou uma espécie de árbitro político diante de um cenário absolutamente polarizado. "Teremos que ver até onde ela conseguirá chegar nesses acordos", esclarece o economista.

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