• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Padres casados: a santidade proibida. Artigo de Guillermo Jesús Kowalski

Foto: aszak | pixabay

Mais Lidos

  • “A inteligência artificial é interessante demais para ser deixada nas mãos do surgimento da economia do desperdício”. Entrevista com Jussi Parikka

    LER MAIS
  • Maria é corredentora? O Vaticano planeja se pronunciar

    LER MAIS
  • O massacre no Rio. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

04 Novembro 2025

A santidade dos padres casados é hoje uma profecia silenciada dentro da Igreja, uma voz que o clericalismo tenta ocultar, mas que o Espírito mantém viva. Neles brilha a dupla sacramentalidade da Ordem e do Matrimônio, sinais de serviço e comunhão para uma Igreja mais humana e encarnada.

O artigo é de Guillermo Jesús Kowalski, teólogo e cientista social, mestre em Doutrina Social da Igreja pela Universidade de Salamanca, publicada por Religión Digital, 01-11-2025. 

Eis o artigo.

Para Jesus, a santidade são as bem-aventuranças das vítimas diante daqueles que, como o fariseu do templo ou o rico da parábola, já têm sua recompensa. Ele veio para fazer felizes os que o mundo e a religião consideram perdedores e fracassados — e escolheu ser um deles. Filtra com sarcasmo as disciplinas religiosas, para ficar com o Amor e a Misericórdia pelos pobres e excluídos.

Neste 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, quero recordar uma classe de descartados pelas estruturas eclesiásticas: os sacerdotes casados, testemunhas silenciosas de uma santidade encarnada ainda não reconhecida. Neles brilha a graça santificante da dupla sacramentalidade, onde o amor conjugal e o serviço pastoral se entrelaçam como sinais do Reino. Embora marginalizados pelo clericalismo que lhes virou as costas, são peças indispensáveis de uma Igreja mais humana, reconciliada com a verdade do amor e do seguimento de Cristo na realidade.

Eles, como tantos outros, revelam que apenas as vítimas da Igreja podem emitir uma palavra nova que permita voltar a crer nela como instrumento do Reino de Deus.

Na Igreja Católica persiste uma tensão entre uma estrutura eclesial fechada no clericalismo celibatário e a realidade viva dos sacerdotes casados como outra forma de santidade. Esse conflito é disciplinar, teológico e antropológico: o celibato obrigatório, legislado tardiamente no século XII e regulamentado em Trento, não é dogma, mas uma construção institucional que confundiu fidelidade evangélica com obediência ao poder. Como disse Jesus: “No princípio não era assim” (Mt 19,8).

Nos primórdios cristãos era diferente: Pedro e a maioria dos apóstolos eram homens casados; Paulo exige que os bispos sejam “maridos de uma só mulher” (1Tm 3,2). Mas a identificação progressiva entre perfeição e celibato consolidou uma casta sagrada superior — uma deriva próxima a antigas mutilações religiosas (como as de Orígenes), que confundiam santidade com negação do corpo.

Essa distinção alimentou o clericalismo: a exaltação do clero como grupo separado e superior por não se casar, cujos membros gozam de privilégios e poder inquestionável.

Como advertiu Hans Küng, “a Igreja confundiu santidade com controle”, enquanto Umberto Eco ironiza: “prefere a castidade ao bom senso”. Diante dessa espiritualidade temerosa do desejo, Bruno Forte propõe uma visão trinitária: “o amor conjugal e o amor pastoral encontram sua raiz comum na Trindade, onde a comunhão é dom recíproco”.

O sacerdote casado não é um erro disciplinar a ser “ocultado”, mas um sinal profético do Reino: um testemunho de que o amor humano e o ministério pastoral são expressões inseparáveis da mesma graça divina.

A voz dos teólogos: questionando o fundamento

Numerosos teólogos católicos concluem — junto com estudos sobre a pedofilia em vários países — que o celibato obrigatório, imposição antinatural, é fonte de problemas pastorais, psicológicos e espirituais, além de gerar vidas duplas e abusos, como demonstram os meios de comunicação que hoje rompem o silêncio da omertã clericalista.

Hans Küng destaca sua desconexão com o Evangelho. Em Por que sou cristão?, afirma: “O celibato eclesiástico não é mandamento de Jesus, mas lei da Igreja. E as leis da Igreja podem ser mudadas pela Igreja.” Essa lei não garante maior disponibilidade para Deus; ao contrário, gera moralismo obsessivo com a sexualidade e afasta pessoas capazes do ministério ordenado.

O teólogo australiano Paul Collins, autor de Papal Power, liga o celibato diretamente ao clericalismo e ao abuso de poder: “O celibato obrigatório é o cimento que mantém unida a estrutura clerical. Cria uma mentalidade de ‘nós contra eles’, separando os sacerdotes do povo que devem servir. Essa separação é o terreno ideal para o clericalismo, a arrogância e, nos casos mais trágicos, o abuso.”

De modo semelhante, o teólogo alemão David Berger, que deixou o ministério para se casar, denuncia “a hipocrisia de um sistema que, enquanto prega a castidade, empurra muitos a uma vida clandestina, gerando profundo sofrimento pessoal e crise de integridade”. Milhares de sacerdotes tiveram que escolher dolorosamente entre vocações ao amor conjugal e ao ministério, como se fossem excludentes.

A condenação e a discriminação: o alto preço da escolha

Os que “ousam sair” e viver o matrimônio enfrentam discriminação jurídica e perseguição social. Já não podem exercer publicamente os sacramentos, privando a comunidade de algo essencial. Mas a punição vai além do legal: é um castigo sem prescrição.

Homens que continuam amando a Igreja são estigmatizados, transformados em fantasmas dentro das comunidades que um dia pastorearam. São caluniados como fracassados, doentes ou hereges, e seus matrimônios são vistos como causa de sua “queda”.

A teóloga feminista espanhola Isabel Corpas, autora de A revolução silenciosa das mulheres na Igreja, denuncia essa injustiça: “Ao condenar o sacerdote que se casa, a Igreja está desvalorizando simbolicamente o matrimônio e, sobretudo, a mulher.”

O desafio: rumo a uma Igreja sinodal e não clerical

O movimento a favor do celibato opcional e do reconhecimento da santidade dos sacerdotes casados é anticlericalista, não anti-Igreja. Não busca destruir o sacerdócio, mas reintegrá-lo na comunidade dos batizados, ordenando-o à comunhão, não à segregação.

A Igreja Católica é composta por 24 Igrejas — uma ocidental e 23 orientais. Nessas últimas, há padres casados (como nos ritos maronita, greco-católico melquita, ucraniano e armênio), testemunhando que o celibato não é requisito ontológico para o sacerdócio. A santidade não reside no estado civil, mas na fidelidade ao amor de Deus — seja na entrega celibatária, seja no amor conjugal.

O sacerdote casado é chamado à santidade em seu estado. Longe de ser um problema, ele é ponte entre o clero e os leigos, duas realidades que o clericalismo separou artificialmente. Negar isso é resistir à obra do Espírito.

A santidade do sacerdote casado, negada pelos arquitetos do clericalismo, é uma profecia fundamental do Reino. A dupla sacramentalidade da Ordem e do Matrimônio é sinal de que a santidade não está na mutilação, mas na integração do amor. “O futuro da Igreja passará pela recuperação do comunitário diante do clerical, e nesse caminho, o reconhecimento do sacerdócio casado será um sinal profético de que o Espírito sopra onde quer — e não apenas nos atuais seminários” (Leonardo Boff).

Para Betina, minha esposa e companheira no caminho de santidade da ordem sagrada.

Leia mais

  • A hipocrisia do celibato
  • Porque o celibato dos padres é um eterno debate dentro da Igreja. Artigo de Gaétan Supertino
  • Celibato dos padres: novas perspectivas
  • “O relatório da Conferência Episcopal Italiana - CEI sobre abuso não é suficiente. Um celibato mal vivenciado pelos padres pode se tornar um fator de risco”. Entrevista com Hans Zollner
  • D. Norberto, bispo de Ji-Paraná, Rondônia: “Se a Igreja tornasse o celibato opcional, talvez mais padres o vivessem por convicção”
  • O Sínodo discernirá sobre o celibato facultativo, o diaconato das mulheres e o acolhimento de divorciados e LGTBQ+
  • Reabre-se o debate sobre o celibato sacerdotal
  • Sobre o celibato na Igreja Católica nunca se deixa de discutir. Artigo de Giovanni Maria Vian
  • Balanço provisório do pontificado. Os dez problemas não resolvidos do Papa Francisco
  • Suíça: Bispo de Saint Gallen diz que “o celibato pode ser abolido amanhã”
  • França: celibato e viri probati
  • “O celibato deve ser voluntário”. Entrevista com Katharina Kluitmann
  • “O celibato dos padres não é um dogma”. Entrevista com Reinhard Marx, cardeal-arcebispo de Munique
  • Celibato, mulher e ministério eclesial. Artigo de José I. González Faus
  • “O celibato e o sacerdócio masculino são práticas tardias na Igreja”. Entrevista com Juan José Tamayo
  • O celibato dos padres: uma proposta
  • A Igreja Católica alemã aprova a abertura a padres casados por grande maioria
  • El Pastor, o livro que revela o lado mais íntimo de Francisco: “Nunca fui filiado ao partido peronista”
  • Papa autoriza padres casados orientais no Ocidente. Eis como
  • Abusos, celibato, família, liberdade religiosa... Os temas tratados pelo Papa na viagem de retorno a Roma
  • Em novo livro, papa emérito Bento XVI quebra o silêncio para falar sobre o celibato sacerdotal
  • "Estão faltando padres". A questão dos 'viri probati'. Entrevista com Alphonse Borras, canonista belga - Parte 2
  • “Estão faltando padres”. Entrevista com Alphonse Borras, teólogo belga - Parte 1
  • Por um novo modelo de presbíteros para as comunidades
  • Caso Abbé Pierre: por que precisamos falar sobre isso
  • "Imagem de Abbé Pierre será, a partir de agora, a de um predador sexual", diz diretor de sua fundação
  • Abbé Pierre: a sombra do abuso. Artigo de Lorenzo Prezzi
  • O escândalo do Abbé Pierre: "o que importa é que as vítimas falem". Entrevista com Véronique Margron
  • O affaire Abbé Pierre, a idolatria do Deus prevaricador. Artigo de Paolo Rodari
  • Carta aberta de René Poujol ao seu meu amigo Henri, conhecido como Abbé Pierre
  • França. Abbé Pierre é acusado de abuso sexual: a denúncia de sete mulheres
  • Memória de Abbé Pierre no centenário de seu nascimento (1912-2007)
  • Abusos na Igreja: o massacre francês
  • França. Abuso sexual na Igreja: dois anos depois de seu relatório, as dúvidas de Jean-Marc Sauvé
  • O que há por trás dos abusos na Igreja? Artigo de Marcelo Neri
  • Ordens religiosas na França reforçam a luta contra os abusos sexuais
  • França: religiosos denunciam "a cultura eclesial, pastoral e teológica" que fomentou a cultura do abuso
  • França-abusos: clareza e reparação. Artigo de Lorenzo Prezzi
  • Abusos na França, dor e vergonha. De Moulins-Beaufort: verdade, única forma
  • O Papa apoia o 'relatório Sauvé' e a venda de bens da Igreja francesa para indenizar as vítimas de pedofilia
  • O Relatório Sauvé, de acordo com o padre Hans Zollner, é metodologicamente válido
  • Dois em cada três católicos franceses não confiam na Igreja após o escândalo do 'Relatório Sauvé'
  • O Apocalipse francês: a investigação do relatório Sauvé
  • França. Violência sexual: Jean-Marc Sauvé mobiliza deputados ante "um desastre social e de saúde"
  • “Fomos confrontados com o mistério do mal”. Entrevista com Jean-Marc Sauvé, presidente da Comissão Independente sobre os abusos sexuais na França
  • França: o Relatório da Ciase em questão
  • “O termo ‘sistêmico’, que aparece no relatório da Ciase, nos deixou pasmos”. Entrevista com Luc Ravel, arcebispo francês
  • França: o magistério das vítimas

Notícias relacionadas

  • Operação Gutiérrez

    O "pai nobre" da Teologia da Libertação foi valorizado por ocasião de uma apresentação oficial do livro do Papa Ratzinger sob[...]

    LER MAIS
  • Iniciativa dos Párocos austríacos recebe prêmio

    Por ter assumido a grande dificuldade do serviço da pastoral, que cada vez menos pode ser prestado por padres na Igreja Católica[...]

    LER MAIS
  • Polifonia jesuítica sobre Steve Jobs

    Regra número um do jornalismo: criar oposição, colocar um contra o outro. Assim se faz a notícia. E Giacomo Galeazzi aplicou e[...]

    LER MAIS
  • ''Mãe da psicologia''? Subjetividade, liberdade e autonomia em Teresa de Jesus. Entrevista especial com Lúcia Pedrosa-Pádua

    “Uma escritora moderna e humanista” que “não teme a liberdade e a autonomia”, mas, ao contrário, reconhece que “estas [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados