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Educar para a sexualidade é tarefa da escola, mas não é uma disciplina. Artigo de Massimo Recalcati

Foto: Marek Studzinski/Unsplash

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04 Novembro 2025

"A identidade sexual, seja qual for, não protege do risco de infelicidade, fracasso, desconforto e solidão. É um erro e uma grave ilusão pedagógica pensar que reconhecer um rótulo é suficiente para desvendar o mistério do desejo. A psicanálise nos lembra que o desejo nunca é completamente transparente para si mesmo; que nele permanece sempre um resíduo opaco, um enigma insolúvel", escreve Massimo Recalcati, psicanalista italiano, em artigo publicado por publicado por La Repubblica, 02-11-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O movimento de 1968 e a revolução sexual que ele gerou tiveram o grande mérito histórico de romper as correntes de uma moral sexofóbica que aprisionava nossa relação com o desejo e fazia da sexualidade um verdadeiro tabu. A palavra "libertação" encontrou seu palco decisivo no corpo: a libertação do pecado, da vergonha, do silêncio, da discriminação que, durante séculos, envolveu a sexualidade na densa névoa de culpa. O desejo pôde finalmente ser expresso, explorado e vivido fora do austero segredo do confessionário. Um novo iluminismo dissolveu o obscurantismo moralista da condenação em relação a um direito ao prazer sexual com fim em si mesmo, assim dissociado das finalidades reprodutivas ditados pelo instinto. Contudo, como frequentemente acontece, toda libertação traz consigo novas formas de cativeiro. Se antes o inimigo era a interdição sexofóbica, hoje o risco é, ao menos aos meus olhos, um novo tipo de obscurantismo. Refiro-me à redução da sexualidade a fenômeno a ser explicado, classificado e administrado. Mas também à sua colonização por ideologias diversamente identitárias que pretendem aprisionar seu mistério em categorias fatalmente rígidas.

É nesse contexto mais amplo que devemos situar o atual debate político sobre a educação afetivo-sexual nas escolas. Trata-se de uma questão séria que não pode ser descartada nem com um moralismo invertido — condenando a sexualidade heterossexual como rigidamente binária e normativa diante de outras formas de sexualidade que seriam mais livres e expressivas — nem com a ingenuidade cientificista daqueles que acreditam que um único módulo de formação seja suficiente para educar ao mistério irredutível do desejo sexual e da vida afetiva. O ponto crucial é que tal educação não pode ser considerada apenas mais uma disciplina escolar entre outras; não pode ser reduzida a um conhecimento técnico porque toca no que há de mais íntimo, elusivo e bizarro que existe na subjetividade humana. A ideia de que o desejo pode ser objeto de um conhecimento especializado revela um profundo equívoco: a sexualidade não é ensinada da mesma forma que a gramática ou a matemática. E, além disso, quem deveria ensiná-la? Um biólogo? Um psicólogo? Um professor de ciências naturais? Um técnico com formação específica? A sexualidade não é um saber universal a ser transmitido, mas uma experiência completamente única e incomparável que deve ser, isso sim, preservada.

A educação afetivo-sexual deveria ser um objetivo transversal de toda a vida escolar, um efeito educativo essencial, mais que uma disciplina à parte. Cada professor, cada adulto na escola, já é — voluntária ou involuntariamente — se quisermos usar essa feia expressão, um "educador sexual-afetivo". A maneira como se fala, se escuta e se olha para o outro, a maneira como se reconhece plenamente a sua diferença, já constitui uma forma de educação em ato. Freud nos ensinou que a sexualidade humana é, desde a sua origem, perversa-polimorfa. Com essa fórmula, ele não pretendia descrever uma patologia, mas sim a importância da sexualidade humana para além de qualquer forma de regra instintiva e norma moral. O animal humano é, por definição, desregulado; não possui instintos sexuais programados, mas desejos que devem encontrar uma forma singular de subjetivação. Como o extraordinário Giuseppe Ungaretti lembrava a Pasolini em "Comizi d'amore", a sexualidade nos torna todos poetas, isto é, sujeitos compelidos a um exercício de invenção criativa.

Dessa perspectiva, a educação sexual e afetiva só pode ser uma educação à própria liberdade e à liberdade do outro. Não existe uma sexualidade "normal", assim como não existe uma vida afetiva harmoniosamente perfeita. Existem apenas tentativas mais ou menos bem-sucedidas de dar uma forma humana à força anárquica e sempre instável do desejo. Ser heterossexual, homossexual, lésbica, bissexual, fluido ou outro não garante, de maneira alguma, uma forma de vida sexual e afetiva plena e feliz. A identidade sexual, seja qual for, não protege do risco de infelicidade, fracasso, desconforto e solidão. É um erro e uma grave ilusão pedagógica pensar que reconhecer um rótulo é suficiente para desvendar o mistério do desejo. A psicanálise nos lembra que o desejo nunca é completamente transparente para si mesmo; que nele permanece sempre um resíduo opaco, um enigma insolúvel.

É por isso que toda verdadeira educação para a sexualidade deveria ser, antes de tudo, uma educação no mistério. O que significa amar? O que significa desejar? Por que podemos fazer escolhas sexuais ou amorosas que, em vez de abrir nossas vidas para a plenitude da vida, a ofendem e ferem? Por que deveríamos sempre evitar relacionamentos que se assemelham a correntes e por que, às vezes, os buscamos de forma mórbida? Por que não é tão fácil unir desejo e amor, em vez de colocá-los em oposição?

Mas temos certeza de que um programa ministerial ou uma educação familiar possam realmente pretender fornecer respostas a essas questões tão cruciais que desde sempre acompanharam a vida humana? É a Escola, como comunidade viva, que deve assumir a tarefa não tanto de responder a essas perguntas, mas de educar pelo menos à liberdade, ao respeito pelas diferenças e ao mistério. Primeiramente, por meio da poesia, da literatura, do cinema e do teatro — em suma, por meio da cultura que já é ensinada. Em segundo lugar, fomentando na vida escolar do dia-a-dia a luta contra todas as formas de discriminação, o acolhimento da diferença e o reconhecimento do pleno direito de cada um à sua própria liberdade sexual. Uma dúvida: será que tudo isso pode ser alcançado tornando a sexualidade e a afetividade uma disciplina de estudo?

Leia mais

  • Sobre a formação afetivo-sexual de seminaristas e jovens consagrados e consagradas
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