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Trump pretende demonizar como “terrorista” toda pessoa de esquerda que proteste. Entrevista com Sebastiaan Faber

Foto: Daniel Torok/FotosPúblicas

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20 Outubro 2025

Não sei o que está acontecendo, mas parece que suas reservas foram canceladas — disse a comissária do aeroporto de Newark na quarta-feira, 8 de outubro, quando o historiador Mark Bray estava prestes a embarcar com sua esposa e dois filhos pequenos para Madri. Bray, que leciona história da esquerda na universidade pública Rutgers, em Nova Jersey, entendeu imediatamente que não se tratava de um erro. Alguma autoridade queria impedir sua saída do país.

No dia anterior, ele e a família haviam decidido deixar os Estados Unidos às pressas porque não se sentiam seguros. Em 2 de outubro, Bray havia se tornado alvo de uma campanha agressiva de grupos de extrema direita que não apenas exigiam que a universidade o demitisse, mas também divulgaram o endereço de sua casa e ameaçaram matá-lo.

Exatamente no mesmo dia da misteriosa anulação de suas reservas, o presidente Donald Trump e sua equipe estiveram reunidos na Casa Branca com vários influenciadores de extrema direita que participaram da campanha de assédio. O encontro foi realizado duas semanas e meia depois de Trump, por ordem executiva, declarar “Antifa” como “organização terrorista” e duas semanas após a publicação de um memorando de segurança nacional (NSPM-7) que associa um “aumento dramático da violência política de esquerda” ao “antiamericanismo, anticapitalismo e anticristianismo”.

Uma semana depois, a organização Turning Point USA (cujo fundador, Charlie Kirk, foi assassinado em setembro) apontou Bray como “o Doutor Antifa”, afirmou que sua presença no campus representava uma “ameaça aos estudantes conservadores”, o acusou de financiar o movimento, o vinculou ao assassinato de Kirk e lançou uma petição online exigindo sua demissão.

Bray (Nova York, 1982), especialista em história do anarquismo — seu último livro, de 2023, explica como as respostas repressivas ao surgimento do anarquismo no final do século XIX na França e na Espanha precipitaram o desenvolvimento do direito internacional e do movimento global em defesa dos direitos humanos —, também é autor de Antifa. O manual antifascista (Capitán Swing), baseado em entrevistas com ativistas históricos de todo o mundo.

#ATENCIÓN

Trump acaba de anunciar nuevos aranceles para Colombia. Es inaceptable el chantaje al que quieren someter a los colombianos. Más allá de las diferencias políticas, no se puede permitir esto, ni que se recurra a calificativos como “narcotraficante” contra el presidente… pic.twitter.com/2vQrWgii6O

— Martha Peralta Epieyú (@marthaperaltae) October 20, 2025

A publicação do livro em agosto de 2017 — quando Trump estava há menos de um ano na Casa Branca — coincidiu com os protestos de grupos neonazistas em Charlottesville (Virgínia) contra a remoção da estátua equestre do general sulista Lee. Quando Bray defendeu, em entrevistas televisivas, o direito do antifascismo à autodefesa diante da “violência supremacista e neonazista”, a direita o acusou de incitar à violência.

No dia seguinte ao cancelamento das reservas, a família conseguiu embarcar para a Espanha, mas Bray teve que passar por um interrogatório de agentes federais. Ele falou comigo por videoconferência de Madri.

Chama atenção a capacidade do governo atual de transformar uma organização como a Turning Point USA em uma espécie de extensão dos seus aparatos de vigilância e repressão, violando todos os protocolos e qualquer decoro. O momento que melhor ilustra isso foi quando o vice-presidente J.D. Vance apresentou o podcast de Kirk, diretamente da Casa Branca, para lançar ameaças diretas contra meios de comunicação e fundações consideradas extremistas.

Existem laços não oficiais, mas explícitos, entre os núcleos universitários da TPUSA, a liderança nacional da organização e influenciadores de direita como Jack Posobiec e Andy Ngo; ambos estavam na Casa Branca quando meus bilhetes foram cancelados. O papel que Vance assumiu após a morte de Kirk é parte de uma resposta mais ampla, sancionada pelo Estado, marcada por ataques a qualquer um que ouse criticar Kirk. A violação de protocolos, aliás, vem direto do manual fascista — foi o que Benito Mussolini já havia feito —, embora muitos norte-americanos não saibam disso. O fascismo despreza a política tradicional e se apropria, sem vergonha, de qualquer instituição que, segundo o modelo liberal, deveria permanecer neutra. No fim, os fascistas querem desmontar todo o projeto liberal que insiste em distinguir valores de procedimentos. Os nazistas, como se sabe, buscaram criar um Estado partidário por meio de instituições paralelas ao Estado alemão. O que vemos hoje nos EUA é um projeto que parece querer atravessar o próprio Estado para transformá-lo em defensor de valores partidários, ao mesmo tempo em que qualquer pessoa ou organização que se oponha é retratada como uma ameaça terrorista que deve ser eliminada. Isso não anuncia nada de bom.

A entrevista com Sebastiaan Faber é publicada por CTXT, 17-10-2025. 

Eis a entrevista. 

Você leciona em uma grande universidade pública de Nova Jersey. A situação seria diferente em um estado como o Texas, onde há poucos dias o historiador Tom Alter foi demitido apenas por se identificar como socialista?

Sim, seria completamente diferente. Tenho sorte não só de estar em Nova Jersey, mas em uma universidade pública com um sindicato forte e progressista. Se não fosse isso, já teriam me demitido há muito tempo. A administração da universidade não se pronunciou sobre meu caso — e isso já é um alívio, poderia ser pior. Em contrapartida, o corpo docente, seus conselhos eleitos, meu departamento e o sindicato me apoiam explicitamente. Até mesmo colegas mais conservadores percebem que, se aceitarmos que a pressão de um punhado de estudantes pode forçar professores a fugir, toda a universidade desmoronaria rapidamente.

Como explicar a hostilidade do governo Trump contra as universidades? Somos realmente tão perigosos?

Se você conversasse com diferentes membros do governo, ouviria respostas diferentes. O mais evidente talvez seja o que as pesquisas mostram: a maioria das pessoas com ensino superior não vota no Partido Republicano. Atacar universidades gera apoio entre a base eleitoral trumpista. A imagem do professor elitista, marxista, doutrinador, é um símbolo poderoso para mobilizar a raiva dessa base. Mas não é só encenação. Um jornalista que cobre a Casa Branca me disse recentemente acreditar que os membros da equipe de Trump realmente creem no que dizem. Isso é importante de considerar, mesmo que a relação deles com a verdade seja diferente da nossa. Eu costumava achar irrelevante se eles acreditavam ou não. Mas, se eles realmente acreditam que existe uma conspiração para substituir a raça branca, financiada por dinheiro judeu que manipula imigrantes e pessoas negras para destruir sua civilização, isso explica muita coisa. É um quadro fértil para ideias fascistas e racistas. E, se eles acham que professores universitários estão no centro dessa conspiração, promovendo-a, entende-se a hostilidade. Basta ler o último memorando de segurança nacional, o NSPM-7. Está tudo lá. Também não dá para ignorar o ressentimento pessoal de alguém como Trump, que há anos se sente desprezado por acadêmicos que o consideram um ignorante.

Na quinta-feira, antes de conseguir sair dos EUA, você foi interrogado por agentes federais. O que quiseram saber?

Posso contar algumas coisas. Acho que eram agentes da Alfândega e do Departamento de Segurança Interna (DHS), mas não tenho certeza. Foi uma experiência perturbadora. Quando tentaram me levar para uma sala separada, meus filhos, pequenos, começaram a chorar. Primeiro disseram estar preocupados com minha segurança e que, caso eu tivesse algum problema na Espanha, deveria contatar a embaixada. Depois quiseram saber sobre os rendimentos do meu livro e para onde iam. Eu disse que só responderia com um advogado presente. Então pararam. Mas revistaram todas as nossas coisas e levaram meu celular. Devolveram pouco depois, mas assim que cheguei a Madri, comprei um novo, por precaução.

Foi estranho perceber que o bem-estar e a segurança da minha família estavam nas mãos daqueles quatro capangas. Senti-me impotente. E sei que essas situações são muito piores para quem não tem cidadania norte-americana. O que mais me chocou foi que nos revistassem e interrogassem mesmo sem qualquer acusação. Na verdade, só saímos nas notícias porque cometeram crimes contra nós. Para mim, o que aconteceu no aeroporto é mais uma prova de que as agências federais dos EUA estão cada vez menos preocupadas em manter a aparência de árbitros neutros da lei. Ou seja, nem fingem mais.

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