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Juventude amazônida cobra transição justa e espaço em decisões climáticas

Foto: Bill Salazar | Pexels

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08 Outubro 2025

Juventude amazônida cobra transição justa e espaço em decisões climáticas.

A reportagem é de Alice Martins Morais, publicada por ((o))eco, 07-10-2025.

Filha de agricultores familiares, aos 23 anos, Lara Thifanny hoje se prepara para representar sua comunidade na COP30, no próximo mês, em Belém. Ela vive no extremo-norte do Tocantins, na região do Bico do Papagaio, que faz a transição entre Cerrado e a Floresta Amazônica – uma área que, segundo a jovem, às vezes é esquecida pelo restante do país. “Dá um nervosismo, sim, mas a coletividade vai ajudar”, confia.

Lara é uma das nove lideranças da juventude amazônida, elencadas durante a Cúpula de Jovens Líderes da Amazônia Legal, organizada pela Cojovem (Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável), entre 02 e 06 de outubro. Com a participação de cientistas e pesquisadores, 28 jovens líderes dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins discutiram estratégias para a transição justa e o empoderamento climático.

Como resultado, o grupo elaborou uma declaração unificada demandando maior participação de jovens em espaços de tomada de decisão e ações concretas a nível local, como a elaboração de currículos pedagógicos que se relacionam com a realidade de cada território. “Foi muito interessante conhecer outros contextos que passam por desafios parecidos. Encontrei conexão com o Maranhão, porque, assim como nós [no Bico do Papagaio] tem o trabalho das quebradeiras de coco-babaçu”, conta Lara. Essa economia extrativista, de acordo com ela, pode ser melhor valorizada como forma de renda justa na sociobioeconomia, assim como agroecologia, que vem sendo impactada pelas mudanças climáticas.

“Antes, costumava-se seguir muito o calendário lunar para plantar certas culturas, mas hoje não consegue mais. Então, aí que vem a contribuição da juventude, que, assim como eu, já tem uma formação técnica, para orientar outras bases para o cultivo”, explica.

A declaração afirma: “Não admitimos mais vivenciar na pele os efeitos de um colapso ambiental que não é causado por nós, juventudes e crianças do sul global e não ficaremos parados”. Como ações, o grupo pede por uma transição energética justa e participativa, com respeito aos territórios e saberes locais, e o fortalecimento da sociobioeconomia para garantir a permanência das juventudes na região. Defende a inclusão jovem em políticas de adaptação e mitigação climática, educação territorializada e valorização da cultura amazônica. Também propõe a criação de um fundo e mecanismos de financiamento direto para projetos liderados por jovens, além de parcerias entre governos, sociedade civil e setor privado para impulsionar soluções sustentáveis na Amazônia.

É o que Lara vem tentando fazer no seu território. Apesar de nunca ter quebrado coco babaçu, ela se preocupa com a perda de tradições diante dos desafios de clima e economia e acredita que o caminho passa por incorporar novas tecnologias na preservação da cultura e da natureza. “Tudo se aproveita do babaçu, então é uma questão de melhorar as tecnologias para tornar o trabalho mais seguro e cômodo. Nós [jovens] não queremos nos afastar das tradições, mas encontrar outras maneiras de seguir, buscando parcerias com universidades para tentar desenvolver uma solução nesse sentido”, diz.

“Viveremos em face da crise climática por mais tempo em nossas vidas”

O intercâmbio de ideias com outros jovens na Cúpula, para Lara, é um passo a mais nesse sentido. Ao trocar experiências, cada um aprende um pouco mais sobre como contornar os obstáculos e vão unindo forças em prol de pautas em comum. Assim como ela, 92,5% dos jovens brasileiros demonstram preocupação com as mudanças climáticas, principalmente ao pensarem em seus futuros e nos impactos para outras gerações, de acordo com pesquisa do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância, da PUC-RIO. E a preocupação não é em vão: o impacto das mudanças climáticas pode lançar 5,9 milhões de crianças, adolescentes e jovens da América Latina e do Caribe na pobreza até 2030, segundo um relatório da Comissão Econômica das Nações Unidas para a região, Cepal, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Para o jovem comunicador indígena Oyniin Suruí, de 22 anos, a aflição não é pensando daqui a cinco mais, mas no agora. Ele é ativista pela causa indígena e ambiental e conta que onde vive, em Rondônia, a pesca já tem sido prejudicada tanto pelas mudanças climáticas quanto pela invasão de territórios. “Eu espero que essa COP traga de algum modo mais proteção e garantia de direitos para o meu território, tanto de segurança quanto para nossa qualidade de vida no dia a dia”, ressalta.

Karla Braga, diretora-executiva da Cojovem, destaca que os jovens precisam ser protagonistas nessas discussões, pois, para muitos deles, lutar por um planeta seguro não é apenas uma causa, mas uma questão, em muitos casos, de sobrevivência. “Viveremos em face da crise climática por mais tempo em nossas vidas. Ter o encontro de jovens líderes da Amazônia às vésperas da COP conflui totalmente porque estamos criando soluções para conectar a base com as negociações internacionais”, declara.

Ou seja, o que esperam é criar um caminho desde o que Lara e Oyniin fazem em suas comunidades até os debates de uma Conferência das Partes. “Existe uma abertura, a gente tem conseguido conversar mais com tomadores de decisão, mas ainda é uma batalha muito árdua, e que eu acredito que vai vir a partir da pressão do movimento popular”, reforça Karla.

Uma das pautas defendidas é que sejam criadas Secretarias de Juventude, tanto nos estados da Amazônia Legal quanto nos municípios. Além disso, busca-se a criação de uma Frente Parlamentar de Juventudes Amazônidas, que está sendo apoiada por Dorivaldo Malafaia (PDT), deputado do Amapá, e que se espera conseguir mais assinatura de parlamentares para tirar o plano do papel.

A Cúpula de Jovens também está estruturando uma Agenda Comum que deve ser concluída em 2026, para orientar os planos de governo nos estados; e um policy brief que será entregue a representantes públicos durante a COP30.

Confira o que reivindica a Declaração de Jovens Líderes da Amazônia Legal:

Eixo 1: Transição Justa

  • Promover uma transição energética que respeite os territórios e as populações amazônidas, assegurando que as decisões sobre o futuro energético do Brasil considerem as vozes e os saberes locais;

  • Fortalecer e expandir políticas públicas que incentivem modelos de sociobioeconomia, que priorizem o bem viver, articulando saberes tradicionais e científicos, com educação e geração de renda digna para que as juventudes possam permanecer em seus territórios;

  • Articular o financiamento climático acessível e descentralizado, direcionado diretamente às comunidades que preservam a floresta e mantêm o equilíbrio climático global;

  • Garantir que planos de descarbonização e de bioeconomia considerem critérios de justiça territorial, integrando ciência, tecnologias e saberes tradicionais para assegurar a autonomia das comunidades e a permanência dos jovens nos territórios;

  • Incorporar juventudes amazônidas em espaços de decisão sobre políticas de transição energética e uso da terra, incluindo conselhos, comitês e grupos técnicos nacionais e internacionais.

Eixo 2: Adaptação e Mitigação

  • Implementar planos locais de adaptação climática com a participação direta das juventudes, integrando saberes tradicionais e ciência cidadã;
  • Investir em infraestrutura verde e azul (como reflorestamento, recuperação de manguezais e sistemas de saneamento ecológico) com enfoque comunitário e geração de empregos locais;
  • Fortalecer mecanismos de gestão de risco e resposta a desastres nas cidades e comunidades amazônicas, priorizando juventudes e mulheres como multiplicadoras da resiliência;
  • Garantir financiamentos direcionados à mitigação que apoiem projetos liderados por jovens amazônidas em conservação, energia solar descentralizada, agroecologia e tecnologias de baixo carbono;
  • Integrar indicadores de juventude e equidade intergeracional nos planos nacionais de adaptação e nas NDCs brasileiras, assegurando o acompanhamento e a transparência dos resultados.

Eixo 3: Educação e Cultura

  • Promover uma educação climática e territorializada, que incorpore os saberes e práticas culturais amazônidas nos currículos formais e não formais;

  • Apoiar escolas da floresta, ilhas e maretórios com infraestrutura adequada, conectividade e valorização de educadores locais, fortalecendo o vínculo entre juventude e território;

  • Reconhecer a cultura como vetor de adaptação e resiliência climática, fomentando expressões artísticas, linguísticas e espirituais que reafirmem identidades amazônicas;

  • Estimular programas de intercâmbio e formação internacional voltados à juventude amazônida, para ampliar sua participação em espaços multilaterais e de negociação climática;

  • Criar programas específicos de formação técnica e profissional voltados à juventude amazônida em cadeias produtivas sustentáveis, energia limpa, renovável e comunitária, agriculturas regenerativas, manejo florestal e tecnologias sociais;

  • Criar editais culturais e científicos específicos para juventudes amazônidas, com foco em arte, comunicação e ciência cidadã voltadas ao enfrentamento da crise climática.

Eixo 4: Financiamento e Articulação Multissetorial

  • Estabelecer um Fundo das Juventudes Amazônidas, com governança participativa, recursos públicos e privados, voltado ao fomento direto de projetos locais liderados por jovens;

  • Implementação de secretarias de juventudes ao longo de toda a Amazônia Legal, assim como a criação de uma câmara técnica no Consórcio da Amazônia Legal direcionada para juventudes;

  • Facilitar o acesso direto de organizações juvenis amazônidas a mecanismos de financiamento climático, simplificando processos burocráticos e reconhecendo capacidades locais;

  • Criar parcerias intersetoriais entre governos, setor privado, universidades e sociedade civil para co-desenhar soluções inovadoras nos territórios, baseadas em evidências e experiências comunitárias;

  • Fomentar plataformas regionais de cooperação amazônica entre juventudes, permitindo intercâmbio de tecnologias sociais, dados climáticos e boas práticas entre os nove estados da Amazônia Legal;

  • Garantir que recursos internacionais destinados à Amazônia incluam metas explícitas de investimento em juventudes, com monitoramento e prestação de contas transparentes.

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