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Dois anos de extermínio que permitem a Israel perpetuar sua presença em Gaza e mudar a ordem no Oriente Médio

Fonte: Unsplash

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08 Outubro 2025

As negociações para implementar o plano de paz de Donald Trump em Gaza correm contra o relógio, desta vez, com a esperança de alcançar alguma saída, apesar das incertezas que a proposta representa. Contudo, nem a libertação dos 48 reféns israelenses ainda nas mãos do Hamas, vivos e mortos, nem o desarmamento das milícias palestinas, nem mesmo a pouco credível retirada militar israelense contemplada no plano serão capazes de esconder a anulação de um povo forjado por quase oito décadas de ocupações e crimes de guerra, que culminaram no genocídio de 67.160 habitantes de Gaza, desde que esta crise eclodiu em 7 de outubro de 2023.

A reportagem é de Juan Antonio Sanz, jornalista e analista de informação internacional, publicada por Público, 06-10-2025. A tradução é do Cepat.

“Disseram-me que a primeira fase deve ser concluída esta semana e peço a todos que se movam rápido... O tempo é essencial ou haverá um derramamento de sangue em massa, algo que ninguém quer ver”, indicou o presidente estadunidense em sua rede Truth Social, na noite de domingo, ao comentar a implementação de seu plano de paz de 20 pontos, que foi aceito pelas partes, embora com relutância.

Apesar desse tom, que suavizou as ameaças de “aniquilação total” e de desencadear o “inferno” sobre o Hamas, lançadas poucas horas antes, caso não aceitassem o seu plano, Trump esqueceu convenientemente que o “derramamento de sangue em massa” não havia parado e que, desde que anunciou seu programa para deter a guerra, há uma semana, centenas de outros habitantes de Gaza morreram sob as bombas israelenses. Tudo isto apesar do compromisso de Tel Aviv com a Casa Branca de reduzir a intensidade de seus ataques e passar a uma fase militar “defensiva”.

Somente nesta segunda-feira, pela primeira vez em meses de ataques devastadores, atenuou-se o massacre diário, cujo alvo principal é a população civil em Gaza. Não era para menos, já que as negociações entre Israel e o Hamas, mediadas pelos Estados Unidos, Egito e Catar, tiveram início no Cairo para colocar em curso o plano de Trump e, em primeiro lugar, garantir a libertação de sequestrados israelenses e sua troca por prisioneiros palestinos.

O tempo está se esgotando

Diante dessas negociações, estão em suspense a definição de datas para a recuperação dos reféns e a aceitação pelo Hamas de sua rendição de facto, além de um princípio de acordo sobre a extensão da presença israelense em Gaza, uma vez alcançado o cessar-fogo. E o tempo está se esgotando. Trump voltou a afirmar que não esperará “nem horas, muito menos semanas” para que um acordo seja alcançado.

Como um mal menor, e considerando que os reféns são sua maior mancha diante da opinião pública internacional, o Hamas aceitou a devolução de vinte reféns vivos e dos corpos ainda em seu poder. Frente à iminência de seu desmantelamento como grupo paramilitar e sua execração da vida política palestina, a libertação dos reféns não é a principal preocupação da milícia palestina, cujo extermínio o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segue exigindo.

Para onde irá o exército israelense?

A parte mais complicada da negociação está em como o exército israelense permanecerá em Gaza. O Hamas exige sua retirada completa, mas Israel já disse que exercerá controle militar ao menos sobre parte da Faixa para “garantir” a segurança israelense. E Trump aceitou.

A proposta do presidente estadunidense, incluída em seu plano de paz, de que a criação de um Estado palestino venha a ser discutida com Israel não é mais mencionada, depois que Netanyahu, o melhor aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, se recusou a sequer considerar tal possibilidade.

A pressão internacional só está concentrada na libertação dos reféns e o resto virá em seguida. Na verdade, ninguém acredita que Tel Aviv permanecerá dentro dos limites determinados pela Casa Branca, ou seja, nas fronteiras de Gaza. Israel não renunciará a sua capacidade de novamente estrangular a Faixa, como faz há muitos anos, nem de usar essas áreas como trampolim para novas invasões. Netanyahu vem repetindo isso inúmeras vezes, desde que o plano foi anunciado: Israel manterá o controle militar sobre Gaza.

Como os habitantes de Gaza retornarão às suas casas?

A questão da mobilização israelense em Gaza não afeta somente a segurança do país invasor. A presença de muitas tropas israelenses em Gaza também impedirá que os seus habitantes retornem às suas casas. Casas que foram destruídas em mais de 90% e que vários países árabes já estão se oferecendo para reconstruir. Mas se as forças israelenses permanecerem lá ou controlarem o acesso a Gaza, que se tornou novamente um enorme campo de concentração, pouco poderá ser feito para a recuperação do território palestino. Exceto, é claro, que também seja implementado aquele plano apresentado por Trump, há alguns meses, que previa transformar Gaza em um vasto resort turístico de luxo internacional.

Também não há segurança de que o restante dos pontos do plano de Trump se concretizará, como, por exemplo, o estabelecimento de um governo palestino após o término do mandato da junta provisória, proposta pelo presidente dos Estados Unidos, que seria chefiada por ele mesmo e talvez pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, ambos cercados por “tecnocratas” palestinos vindos de qualquer outra parte do planeta, exceto da própria Gaza.

Dois anos de extermínio de um povo

Há muitas incógnitas apenas dois anos após o Hamas ter lançado sua incursão mortal em território israelense, em 7 de outubro de 2023, que acabou com a vida de 1.200 pessoas e levou ao sequestro de outras 251. A resposta de Israel, como se viu, não teve como objetivo apenas punir o Hamas e recuperar os reféns. A intenção, que fica cada dia mais clara, era arrasar Gaza e em suas ruínas bombardeadas sentenciar o futuro daquele Estado palestino.

Com esse objetivo, Netanyahu não hesitou em lançar uma maquinaria de limpeza étnica destinada à erradicação dos habitantes das principais cidades de Gaza, com a criação de acampamentos para abrigar grande parte dos 2,3 milhões de palestinos que viviam na Faixa de Gaza antes do desastre (acampamentos submetidos a contínuos ataques israelenses).

Israel, que se considera o único Estado democrático do Oriente Médio, lançou uma campanha de matanças premeditadas da população civil (mais de 20.000 crianças massacradas comprovam sua eficácia), ataques sistemáticos a hospitais, a profissionais da saúde, a trabalhadores humanitários, a escolas e, especialmente, à imprensa, com mais de 250 jornalistas mortos. Para completar esse panorama apocalíptico, bloqueou a entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza e provocou intencionalmente uma fome com poucos precedentes na região.

Após o genocídio, Gaza continuará existindo?

O plano de Trump não contempla uma eventual anexação israelense de Gaza, muito menos do outro território palestino, a Cisjordânia, já sitiado e amplamente ocupado desde 1967, apesar de todas as resoluções emitidas pelo Conselho de Segurança da ONU para que Israel abandone esses assentamentos e deixe de estimular a entrada de colonos judeus ilegais.

No entanto, Israel age com total impunidade, com a aprovação de grande parte da classe política e oligárquica estadunidense. Enquanto isso, a Europa vira rosto, liderada por uma Alemanha perturbada pela herança da Segunda Guerra Mundial e seu próprio genocídio de um povo, o judeu, que hoje se tornou verdugo.

Por isso, há muita desconfiança por parte dos palestinos em relação ao que Israel pretende fazer com a anunciada permanência de suas forças armadas dentro das fronteiras de Gaza, abençoada por Trump. Como se já não estivesse claro, o chefe do Estado-Maior do Exército Judeu, Eyal Zamir, lembrou neste domingo a estratégia inamovível de Tel Aviv.

Este general ressaltou que as tropas israelenses estão prontas para qualquer contingência, independentemente das negociações. “Devemos nos manter em alerta e prontos para a defesa, e estar preparados para retomar o combate a qualquer momento”, disse Zamir.

Em seguida, reiterou a ordem de Netanyahu: as Forças Armadas israelenses terão “o controle operacional sobre as áreas em que se avançou, o que permitirá total liberdade operacional e a capacidade de retornar a qualquer lugar”. Ou seja, nada sobre a demanda do Hamas por uma retirada completa de Israel de Gaza.

Mudar a Palestina, mudar o Oriente Médio

“Há dois anos, experimentamos o dia mais sombrio da nossa história e não temos intenção alguma de retornar aos tempos anteriores ao 7 de outubro de 2023”, acrescentou Zamir. “As Forças de Defesa de Israel estão remodelando a realidade em todo o Oriente Médio. Nossos militares não apenas contêm as ameaças, mas também atacam com força e eliminam inimigos em todas as frentes”, destacou.

Não poderia ter se manifestado de forma mais transparente. O futuro de Gaza, da Cisjordânia, do Líbano, da Síria e do restante da região está subordinado à segurança de Israel e sua impunidade para decidir qual será o futuro dos palestinos, em primeiro lugar, e de seus vizinhos árabes e persas, em segundo lugar.

Nestes dois anos de operação militar em Gaza, também vimos como Israel invadiu o Líbano para esmagar o Hezbollah, aliado do Hamas, atacou a Síria, ajudando na derrubada do ditador Bashar al-Assad, e bombardeou o Irã com a ajuda dos Estados Unidos. Tudo com a certeza de que ninguém no Ocidente faria algo para conter o supremacismo militar judeu.

As proclamações de Trump para fazer cumprir seu plano de paz vão se definindo como um roteiro destinado, primeiramente, a recuperar os reféns capturados pelo Hamas. Em segundo lugar, a proposta de Trump quer parar o genocídio dos habitantes de Gaza por Israel, pois o preço que a Casa Branca pode pagar interna e internacionalmente, se o massacre continuar, é muito alto.

Contudo, conforme os dias passam, fica mais evidente que o plano de paz de Donald Trump é um ultimato à precária ordem regional que existia entre Israel e o restante do Oriente Médio. A paz em Gaza (e sobretudo a entrada de ajuda humanitária, fundamental para angariar o apoio internacional ao plano) será em troca da claudicação do sonho de autodeterminação palestino, da subordinação dos direitos nacionais palestinos ao Ocidente, como nos piores tempos coloniais, e da constatação de que Israel será uma superpotência regional impune, intocável, por sua aliança com os Estados Unidos, e atestada por 67.000 inimigos (a maioria crianças e mulheres) assassinados sem a menor demonstração de piedade.

Dois anos após o início da guerra-genocídio em Gaza, há um vencedor evidente, Israel, e um perdedor que ainda pode passar muito mal, a Palestina.

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