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Cisjordânia. Cancelados pela ocupação. Artigo de Francesca Mannocchi

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07 Outubro 2025

"Tornar um lugar inabitável até que seus habitantes, exaustos pela falta de água e eletricidade, cansados de ver suas casas e encanamentos demolidos, de ver envenenados os poços usados para dar água aos seus animais e de não poder mandar seus filhos à escola por medo de serem atacados pelos colonos, finalmente decidam ir embora. Em suma, um deslocamento forçado disfarçado de migração voluntária", escreve Francesca Mannocchi, jornalista e documentarista italiana, em artigo publicado por La Stampa, 06-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Certa manhã, no final de agosto, os moradores de Umm al-Khair acordaram e encontraram quatro trailers em suas terras. Durante a noite, um grupo de colonos havia erguido as estruturas e limpado o terreno para receber mais dois trailers.

É assim que nasce um posto avançado, o passo que antecede um assentamento ilegal.

É assim que se viola o direito internacional, ou seja, é assim que há décadas — contêiner após contêiner, assentamento após assentamento —, os colonos israelenses vêm privando os palestinos de sua terra.

Era desde julho que as escavadeiras dos colonos trabalhavam no assentamento vizinho de Carmel, e nas terras ao redor, e ficou claro para os palestinos de Umm al-Khair, desde as primeiras escavadeiras que circulavam na área, que nivelar a terra era uma forma de anunciar um novo posto avançado, ou seja, a expansão da ocupação. Enquanto nivelavam o terreno onde colocariam os trailers, os colonos aterrorizaram os moradores de Umm al-Khair, destruíram suas árvores e quebraram os encanamentos de água, até que um dia, em 28 de julho, um deles, Yinon Levi, começou a atirar e matou Awdah Hathaleen, atingindo-o no pulmão enquanto ele filmava de longe para documentar os abusos dos colonos. Awdah Hathaleen caiu no chão enquanto filmava sua própria morte. Ele tinha 31 anos, era professor de inglês, ativista de movimentos não violentos e pai de três filhos, o mais velho de cinco anos e o mais novo de sete meses. O filho do meio, Mohammed, tem quatro anos e estava presente enquanto Awdah agonizava no chão após ser atingido pela bala de Yinon Levi. Desde então, ele pergunta à mãe, Hanady, por que aquele homem matou seu pai. Mas ela permanece em silêncio. Hanady, viúva aos 25 anos, nasceu e foi criada em Umm al-Khair, assim como Awdah. Quando ela nasceu o assentamento ilegal de Carmel já existia; à medida que crescia, o assentamento engolia as terras de seus avós e pais. Agora que ela é mãe, o assentamento cercou a ela e aos seus filhos.

Em Umm al-Khair não há um único canto de livre da presença dos colonos.

Então, quando deve descrever a sua vida hoje, Hanady diz: "Eles tiraram nossa terra, ou seja, tiraram nosso ar. Agora estamos sufocando."

A Nakba infinita

Umm al-Khair é um vilarejo nas colinas ao sul de Hebron, onde vivem cerca de duzentos beduínos originários do Negev. Uma comunidade de pastores expulsos do Deserto do Negev durante a Nakba — a catástrofe para a memória coletiva palestina — quando em 1948 as forças armadas israelenses realizaram a limpeza étnica de centenas de aldeias palestinas. Após o deslocamento forçado, os beduínos do Negev se mudaram para a área ao sul de Hebron e para Massafer Yatta, comprando as terras onde vivem até hoje. Desde 1967, as autoridades israelenses nunca reconheceram a residência dos palestinos de Umm al-Khair como legítima, nunca concederam licenças de construção e consideram todas as construções da comunidade ilegais.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), somente nos últimos 15 anos Israel demoliu 56 estruturas na aldeia, 14 desde 7 de outubro de 2023. No início da década de 1980, Israel decidiu que 4.000 hectares da área se tronariam "terras do Estado", atribuindo sua gestão à Divisão para os Assentamentos, que criou Carmel e Maon, duas colônias no território palestino, ilegais segundo as normas do direito internacional.

Em 2005, o Conselho Superior de Planejamento de Israel aprovou um novo plano para Carmel, expandindo as terras ao redor em mais 2.000 hectares, parte dos quais está no terreno do vilarejo de Umm al-Khair, que a administração israelense pretende usar como terras agrícolas para as novas fazendas de colonos.

Em fevereiro deste ano, o Conselho Regional de Carmel organizou um grande evento público; os colonos plantaram árvores, montaram um contêiner e mesas de piquenique para os moradores do assentamento. Tudo isso a apenas vinte metros dos prédios dos palestinos de Umm al-Khair. Eles estavam preparando o caminho para o trabalho de limpeza de outros terrenos, para a chegada de contêineres e trailers, para a chegada de novos colonos, para a tentativa de forçar os beduínos de Umm al-Khair à fuga. Porque é assim que funciona o que os ministros de extrema direita chamam, também em Gaza, de migração voluntária.

Tornar um lugar inabitável até que seus habitantes, exaustos pela falta de água e eletricidade, cansados de ver suas casas e encanamentos demolidos, de ver envenenados os poços usados para dar água aos seus animais e de não poder mandar seus filhos à escola por medo de serem atacados pelos colonos, finalmente decidam ir embora. Em suma, um deslocamento forçado disfarçado de migração voluntária.

Um regime de impunidade

Um dos tios de Awdah Hathaleen, Haj Suleiman, também era ativista contra a ocupação. Em 2022, ele foi fatalmente atropelado por um caminhão de reboque da polícia israelense que havia entrado em Umm Al-Khair para confiscar os veículos dos beduínos. Haj Suleiman foi um ícone da resistência não violenta por décadas, e sua morte foi celebrada não apenas por toda a aldeia, mas por milhares de pessoas que vieram de toda a Cisjordânia para seu funeral.

Nem mesmo isso foi concedido à memória de Awdah Hathaleen.

Enquanto os moradores do vilarejo tentavam parar a escavadeira de seu assassino, alguns atirando pedras, Yinon Levi saiu do veículo e atirou duas vezes contra a multidão de moradores, na qual estavam mulheres e crianças, atingindo Awdah. Levi foi solto pela polícia no mesmo dia e colocado em prisão domiciliar. Após três dias, um juiz israelense o libertou, confirmando as alegações de Levi de que agiu em legítima defesa, apesar dos testemunhos de todos os moradores de Umm al-Khair, dos ativistas da presença protetora e de todos os seus vídeos confirmando o contrário.

No dia seguinte à morte de Awdah, seus familiares montaram uma tenda para celebrar o luto, mas os soldados invadiram, demoliram a tenda, expulsaram os participantes, os ativistas e os jornalistas e prenderam arbitrariamente alguns membros da comunidade e dois voluntários de organizações internacionais. Pelos onze dias seguintes, as forças armadas israelenses retiveram o corpo de Awdah, privando sua família do direito a uma despedida digna e a um sepultamento digno.

Hanady, a viúva, lembra que seu irmão continuava a lhe repetir que Awdah não voltaria de qualquer maneira, que ela só teria o corpo dele para lamentar e que seus filhos nunca teriam o pai de volta. Assim, ele tentava ajudá-la a superar o tormento pela injustiça sem fim. Não apenas o marido morto diante dos olhos do filho, mas toda a comunidade, privada da oportunidade de honrar sua memória.

O exército impôs uma proibição de construção em Umm al-Khair, que se estendeu também às lápides, e comunicou à família que não liberaria o corpo até que os familiares não concordassem em enterrá-lo a um quilômetro do vilarejo. Eles usaram granadas de efeito moral para afastar amigos e ativistas que tinham ido a Umm al-Khair para prestar condolências à viúva e à mãe e, no dia do funeral, quando os soldados israelenses finalmente devolveram o corpo à família, fecharam as estradas de acesso ao vilarejo.

Para que o menor número possível de pessoas pudesse acessar a área, para não mostrar que o legado deixado por Haj Suleiman, morto e arrastado por uma escavadeira israelense e celebrado como um herói da resistência não violenta, permanecesse toda e íntegra na vida e no exemplo de sua família, de seu sobrinho Awdah, a quem não foi permitido ser lembrado e lamentado publicamente como merecia, enquanto Yinon Levi, o colono que o matou, está livre e não parou de se aproximar da comunidade de Umm al-Khair.

O último vídeo que o mostra ali é de três dias atrás.

Yinon Levi é um colono sancionado por ataques violentos contra as comunidades palestinas pela União Europeia, Reino Unido, França e Canadá; o governo Biden também o sancionou no ano passado, mas o presidente dos EUA, Donald Trump, revogou todas as sanções aos colonos israelenses imediatamente após retornar ao cargo. Levi dirige uma empresa de terraplenagem que por anos tem ajudado outros colonos a criar novos postos avançados. Foram suas escavadeiras que aplainaram o terreno para a ocupação das terras ao redor de Umm al-Khair. Quando foi preso no dia do ataque, alegou ter atirado em legítima defesa. As crianças estavam atirando pedras nele, disse ele. O juiz Chavi Toker, do tribunal de Jerusalém, acreditou nele e decidiu que Levi havia "impedido um evento que envolvia dezenas de pessoas que atiravam pedras", enquanto a polícia afirmou que a bala que perfurou o pulmão de Hathaleen nunca foi recuperada.

Isso foi suficiente para o tribunal ordenar a libertação imediata de Levi. Ele foi acusado apenas de homicídio culposo e uso indevido de arma de fogo, apesar de Awdah ter filmado sua morte, com Levi apontando uma arma para ele. Seu corpo caindo no chão, em agonia.

Desde que matou Awdah Hathaleen, Levi retornou à aldeia pelo menos seis vezes, sempre escavando e aplainando o terreno no aguardo da chegada dos novos colonos, dos novos ocupantes.

Em meados de setembro, ele conectou os trailers às redes de água e eletricidade dos assentamentos vizinhos. E, enquanto fazia isso, destruiu as redes de água e eletricidade de Umm al-Khair.

O irmão de Awdah, Tariq, tem certeza de que ele morreu porque estava documentando, porque sempre carregava a câmera consigo, porque respondia à violência dos colonos com a necessidade do testemunho.

Porque queria que o mundo visse.

Em um de seus últimos artigos, para a +972 magazine ele dizia: "Em meio a toda essa injustiça, muitas vezes nos sentimos esquecidos, perdidos ou sem esperança". "Às vezes nos perguntamos: por que os israelenses nos veem como terroristas e inimigos? Por que o mundo não age para obter justiça para os palestinos? Mas, na maioria das vezes, nos sentimos cansados. Os ataques, as incursões, as demolições: pensamos constantemente nisso. Sempre digo que gostaria que o destino não nos tivesse trazido a esse ponto. Mas agora estamos presos aqui; não há como sair."

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