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20 Setembro 2025

"O bombardeio israelense sobre Doha, que teve como alvo a cúpula do Hamas em meio ao processo de negociações, atingiu um país aliado dos Estados Unidos. A ofensiva abala a confiança de Washington e acende o alerta nas monarquias do Golfo, enquanto Israel mantém sua supremacia militar graças ao apoio ocidental.

O artigo é de Marcus Schneider, publicado por IPG Journal e reproduzido por Nueva Sociedad, setembro de 2025. A tradução é de Carlos Díaz Rocca.

Marcus Schneider é diretor do Projeto Regional para Paz e Segurança no Oriente Médio da Fundação Friedrich Ebert (FES), com sede em Beirute.

Eis o artigo.

Com o ataque aéreo contra os negociadores do Hamas em Doha, Israel voltou a cruzar uma linha vermelha. No Oriente Médio, o direito internacional e as normas de interação entre Estados estão cedendo cada vez mais diante de uma lógica de “vale tudo”. Mas uma estratégia baseada unicamente na força leva diretamente à anarquia. Por muito tempo, nas capitais árabes, o Irã foi visto como o imprevisível “Estado pária”, mas agora é Israel quem assume esse papel. A normalização das relações com o mundo árabe — especialmente com a Arábia Saudita, sua potência dominante — torna-se cada vez mais distante.

Israel e Catar estão separados por cerca de 1.700 quilômetros. Desde a Guerra dos Doze Dias com o Irã e o bombardeio massivo de Teerã, em junho passado, ficou claro que essa distância já não representa um obstáculo para a Força Aérea israelense. Geograficamente, o emirado do Golfo está há muito tempo na mira de Tel Aviv. Mais significativo ainda é o fato de que o Catar seja o primeiro "aliado importante extra-OTAN" dos Estados Unidos a se tornar alvo de ataques. O emirado não é apenas um aliado próximo de Washington, mas também abriga a maior base militar americana de toda a região, com mais de 10 mil soldados destacados. Assim, o Catar torna-se um novo e inusitado integrante da crescente lista não oficial de países "bombardeáveis", que até então incluía apenas Estados falidos ou hostis. O Catar representa uma linha vermelha: a mensagem para Riad, Ancara e Cairo é que, se for necessário, nem mesmo eles são intocáveis. A soberania e a inviolabilidade das fronteiras valem cada vez menos no Oriente Médio. Dessa forma, Israel parece ter aprendido com seu arqui-inimigo Irã.

A ousadia do ataque contrasta fortemente com sua falta de sucesso. Segundo declarações do Catar, a ofensiva não atingiu a liderança do Hamas no exílio, apenas alguns subordinados. Mas mesmo um ataque mal-sucedido representa um golpe ao próprio processo de negociação — e é mais um sinal de que o governo de Benjamin Netanyahu é indiferente ao destino dos reféns israelenses.

Está claro que não há qualquer intenção de declarar um cessar-fogo. O ataque a Doha coincide, além disso, com a ofensiva — condenada internacionalmente — contra a cidade de Gaza, onde mais de um milhão de feridos de guerra e refugiados precisam ser novamente deslocados. A escalada internacional provavelmente serve para desviar a atenção dos crimes de guerra que estão sendo cometidos ali. Ao contrário do que sugere a propaganda israelense, o Catar não é aliado do Hamas, mas abriga seus líderes no exílio por pedido expresso dos Estados Unidos. E isso é feito justamente para manter abertos os canais de comunicação — agora destruídos por uma chuva de mísseis.

Por que continuar negociando, se o verdadeiro objetivo em Gaza há tempos deixou de ser a busca por uma ordem pós-guerra? Do ponto de vista militar, a nova escalada dos combates não faz sentido: o Hamas já não existe como uma força militar coesa e não representa uma ameaça existencial a Israel. Entre as ruínas pós-apocalípticas de Gaza, o grupo é apenas uma guerrilha fragmentada. O fato de o governo israelense não querer pôr fim político à guerra se deve ao fato de que seus objetivos vão muito além da destruição do Hamas. Não haverá um “dia seguinte” em Gaza, apesar de diversos atores palestinos e regionais estarem há muito aguardando por ele. Em vez disso, segue-se o plano de Donald Trump: a expulsão em massa da população palestina. Só isso explica a destruição sistemática de todos os recursos humanos e naturais — muito além de qualquer necessidade militar. Na novilíngua orwelliana de Israel, isso se chama “saída voluntária” para a Somalilândia, Líbia ou Sudão do Sul.

O ataque aéreo contra o Catar serviu como um alerta aos Estados árabes moderados de que eles também estão na mira do poderio militar israelense. Nenhum escudo protetor dos Estados Unidos pode ajudá-los, pois há uma hierarquia clara entre os aliados de Washington. O emirado chegou a investir até um bilhão de dólares para presentear o presidente Trump com um avião luxuosamente reformado. Trata-se, claramente, de um investimento desastroso. A ordem que se cristalizou na região desde 7 de outubro de 2023 é a da supremacia israelense, praticamente sem restrições militares. Mas, embora o Estado judeu seja sem dúvida dominante, ele não é uma potência hegemônica. Uma potência hegemônica ofereceria à região uma visão — ao menos parcialmente positiva — que os Estados satélites seguiriam também por interesse próprio. Ao contrário, Israel não tem nada a oferecer a seus vizinhos além de bombas, colapso estatal e submissão.

A supremacia de Israel repousa sobre um terreno instável. Uma guerra prolongada em múltiplas frentes corre o risco de sobrecarregar um Estado com apenas 10 milhões de habitantes e um exército de reserva, tanto no plano militar quanto no econômico. Isso só pode ser sustentado com apoio maciço do Ocidente — em particular, dos Estados Unidos. Netanyahu agarrou-se a Washington como nenhum outro primeiro-ministro antes dele. Cada um de seus ataques temerários parte do cálculo implícito de que Washington apoiará seu principal aliado, aconteça o que acontecer. Assim como já ocorria sob o governo de Joe Biden, o mesmo se repete agora: a política dos EUA para o Oriente Médio é definida em Tel Aviv. Em outras palavras, o rabo balança o cachorro. Como no caso do Irã, mais uma vez um ataque militar israelense frustra um processo de negociação liderado pelos próprios Estados Unidos.

Enquanto isso, cresce a resistência interna dentro dos EUA. Ninguém na região acredita na versão oficial de que Washington foi informado do ataque apenas quando os bombardeiros israelenses já estavam no ar. No Golfo, o ataque ao Catar representa uma perda de confiança nos Estados Unidos. Assim como em 2019, com os ataques iranianos às instalações petrolíferas da Arábia Saudita, a potência hegemônica mundial volta a demonstrar que não consegue proteger seus aliados. Mas, desta vez, não se trata de dissuadir um inimigo — e sim da perda de controle sobre um próprio parceiro.

Mesmo que não no próprio centro do poder em Washington, ao menos em seu entorno imediato, muitos começam a se perguntar se Israel ainda é uma carta geoestratégica vencedora. Ou será que, na verdade, já há muito tempo se transformou em um fardo — que mantém os Estados Unidos atolados no Oriente Médio quando prefeririam projetar sua influência na Ásia —, ao mesmo tempo em que afasta aliados e gera rejeição da opinião pública mundial? Essas dúvidas se estendem muito além da ala esquerda do Partido Democrata. No próprio coração do movimento MAGA (Make America Great Again), o chefe ideológico Steve Bannon atacou Netanyahu e o acusou de transformar Israel em um “Paquistão judeu”. Assim como no caso do Irã, um Trump que transmite sinais de fraqueza começa a ser pressionado por sua própria base. O consenso — antes bipartidário — em torno do apoio incondicional a Israel começa a se desfazer.

Para os Estados do Golfo, que buscam segurança e estabilidade, o ataque a um bairro residencial no centro de Doha é um presságio sombrio. Ele deixa duas coisas muito claras: primeiro, a guerra de Israel já não pode se limitar a Gaza e ao Levante. Inevitavelmente, ela se expandirá para os Estados do Golfo, comprometendo sua soberania e abalando os alicerces de sua estatalidade, baseada na ordem e na tranquilidade. Eles estão expostos e indefesos. Segundo, Israel finalmente rejeitou a mão estendida que por tanto tempo lhe foi oferecida em busca de um compromisso de paz. O próprio local das negociações foi bombardeado. Dificilmente seria possível enterrar a diplomacia de forma mais simbólica.

Apesar da enorme rejeição popular provocada pelas imagens terríveis vindas de Gaza, os árabes estiveram dispostos a buscar uma paz regional abrangente até o fim. Riad e seus aliados renovaram várias vezes a Iniciativa de Paz Árabe de 2002, que promete a normalização total das relações com Israel em troca de uma solução de dois Estados. Mas, em vez de paz, Tel Aviv aposta na hegemonia total e na liberdade irrestrita de ação militar entre o Mediterrâneo e o Golfo Pérsico. Em vez de uma mão estendida, o Estado de Israel — em sua visão míope — só enxerga novos inimigos por todos os lados.

Isso coloca os governantes moderados do mundo árabe em uma posição incômoda. Até agora, limitaram-se a expressar sua indignação sem realmente se opor aos crimes de guerra cometidos por Israel, nem às suas violações do direito internacional. Os palestinos sofrem não apenas sob o manto da dupla moral ocidental, mas também à sombra da inércia árabe. No entanto, agora que esses próprios governantes estão na mira, a passividade torna-se uma opção cada vez mais insustentável. Se desejam paz e uma ordem regional moldada por eles mesmos, já não podem continuar como meros espectadores. Em breve veremos se os Estados árabes assumirão um papel mais ativo — ou se permitirão que sua humilhação continue.

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  • Ataque em Doha, confronto entre Catar e Israel: "Netanyahu deve ser preso"
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