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Tenho 14 anos, sou palestina e gritarei até vocês ouvirem. Comentário de Marwa Al Sha'Ban

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12 Julho 2025

"Não é justo que o meu privilégio seja a exceção. Para cada Marwa que está em segurança, existem mil meninas como eu de quem tudo foi roubado. Os poderosos do mundo brincam com as nossas vidas como se fôssemos marionetes, mas não somos marionetes. Temos que os acordar, fazer com que sintam vergonha, obrigá-los a olhar".

O comentário é de Marwa Al Sha'Ban, uma palestina de 14 anos habitante de Gaza, publicado por Il Manifesto, 09-07-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o comentário.

Sou apenas uma garota com medo de se olhar no espelho. Em novembro, soprarei quatorze velinhas. Minha mãe chora ao me ver crescer, mas nem sempre de alegria. Porque ela sabe que agora mesmo, em Gaza, há uma mãe acariciando os cabelos da filha pela última vez. Que sussurra "não tenha medo" e mente. Que promete o paraíso justamente quando o teto desaba sobre elas. Num lugar onde não se ouvem mais vozes, apenas explosões. E a respiração ofegante de uma garota que tenta desesperadamente se lembrar das palavras da oração de quem está prestes a morrer.

Juro a vocês por Deus, por Alá, por tudo em que vocês acreditam... essas crianças não são números. Elas nem têm mais covinhas quando sorriem, porque agora seus sorrisos são apenas máscaras de desespero. Eles nunca tiveram a chance de roubar geleia do pote. Sonhar em se tornar astronautas para olhar para a Terra de cima e provar que não existem fronteiras... mas do céu só veem bombas caindo, não as estrelas que todos nós sonhamos quando crianças. Eu imploro a vocês... quando retornarem para suas casas confortáveis, para suas vidas seguras, acariciem o rosto de seus filhos. Cheirem seus cabelos. E lembrem-se de que esse é um privilégio que em Gaza perderam para sempre.

Carrego com orgulho um sobrenome palestino, mas nasci na Europa, em uma cidade onde as ruas são limpas, as escolas seguras e a noite nunca é rasgada pelo estrondo das bombas. Meus pais, de origem palestina, que fugiram do Iraque durante a ocupação estadunidense, me propiciaram uma infância normal: temas de casa, brincadeiras com as amigas, primeiros sentimentos, noites assistindo séries de TV no sofá. Mas à mesa, entre um prato de kebab e um bolo de aniversário, meus pais me contam sobre outra vida. Aquela que eu poderia ter vivido, depois de todas as peregrinações dos meus avós da Palestina e depois dos meus pais — uma fuga constante sem rumo. Num lugar onde você só vê escombros, onde só ouve o som das explosões, onde aprenderam a dormir com medo de nunca mais acordar. Sinto-me sortuda, mas também culpada. Porque posso escolher entre estudar ou me tornar artista, enquanto os meus pares, sitiados, simplesmente sonham em sobreviver até de manhã. É por isso que escrevo aos nossos políticos, compartilho histórias nas redes sociais e participo dos protestos nas ruas. Não é raiva, é dignidade.

Não é justo que o meu privilégio seja a exceção. Para cada Marwa que está em segurança, existem mil meninas como eu de quem tudo foi roubado. Os poderosos do mundo brincam com as nossas vidas como se fôssemos marionetes, mas não somos marionetes. Temos que os acordar, fazer com que sintam vergonha, obrigá-los a olhar.

A minha verdadeira sorte não é ter nascido longe da guerra, mas sim poder gritar por aqueles que a vivem todos os dias. E não vou parar até o mundo ouvir.

Chega. Por piedade, chega.

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