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O sentido da vida para os adolescentes. Artigo de Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves

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02 Julho 2025

"É necessário resgatar a importância do diálogo cotidiano, da construção de confiança e da imposição de limites saudáveis. Os adolescentes precisam saber que não estão sozinhos em suas dúvidas, frustrações e expectativas. Precisam ser acolhidos, mas também corrigidos, orientados e desafiados a amadurecer. O sentido da vida é algo que se cultiva ao longo do tempo, na convivência com o outro, na descoberta da responsabilidade pessoal e na construção de valores duradouros."

O artigo é do professor Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves, historiador, filósofo e teólogo.

Eis o artigo.

Em um tempo marcado pela aceleração das relações, pela hiperconectividade e pelo enfraquecimento dos vínculos afetivos e sociais, torna-se urgente refletir sobre o sentido da vida para os adolescentes. O caso recente ocorrido em Itaperuna (RJ), noticiado pela CNN Brasil em 26 de junho de 2025, escancara uma realidade que, embora extrema, não pode ser ignorada: um adolescente de 14 anos matou seus pais e seu irmão de três anos com frieza e premeditação, motivado, entre outros fatores, pela proibição de uma viagem para encontrar uma namorada virtual e pela possibilidade de acesso ao FGTS do pai. O fato não deve ser apenas interpretado sob a ótica penal, mas também como um sintoma de uma crise existencial profunda entre os jovens.

A adolescência é uma fase naturalmente marcada por conflitos, questionamentos e busca por pertencimento. No entanto, a casa é o ambiente propício para que seja feito esse processo. Entretanto, quando essa busca ocorre em um ambiente desprovido de referências sólidas, como: o diálogo familiar, os limites educativos e o cultivo de valores éticos; o vazio existencial pode se transformar em comportamento destrutivo. O caso de Itaperuna revela um jovem incapaz de lidar com frustrações básicas e dominado por uma lógica instrumental, em que a vida dos próprios pais e do irmão menor foi descartada como obstáculo a seus desejos.

O acontecimento também nos obriga a levantar questões centrais: como os adolescentes estão construindo o sentido de suas vidas? De onde tiram suas referências de certo e errado, de valor e desvalor? Estão eles sendo ouvidos em sua angústia e solidão, ou estão sendo absorvidos por uma cultura que os ensina a confundir prazer imediato com felicidade, e desejo com direito absoluto? O sentido da vida, para muitos jovens, tem se reduzido ao alcance de metas superficiais: visibilidade, consumo, aprovação digital. Quando essas metas são negadas ou frustradas, o vazio emocional emerge — muitas vezes, com consequências devastadoras.

Além disso, o caso nos faz refletir sobre a fragilidade dos laços familiares contemporâneos. Muitos pais, ainda que bem-intencionados, se veem ausentes — seja fisicamente, seja emocionalmente — da vida de seus filhos. A negligência não precisa ser marcada por abandono direto, mas pela ausência de escuta, de supervisão, de tempo de qualidade e de participação ativa na formação moral dos jovens. Para evitar tragédias como essa, os pais precisam estar atentos a mudanças bruscas de comportamento, isolamento excessivo, uso descontrolado da tecnologia e sinais de desequilíbrio emocional. Mais do que vigiar, é necessário acompanhar — e isso exige presença, paciência, afeto e autoridade equilibrada.

É necessário resgatar a importância do diálogo cotidiano, da construção de confiança e da imposição de limites saudáveis. Os adolescentes precisam saber que não estão sozinhos em suas dúvidas, frustrações e expectativas. Precisam ser acolhidos, mas também corrigidos, orientados e desafiados a amadurecer. O sentido da vida é algo que se cultiva ao longo do tempo, na convivência com o outro, na descoberta da responsabilidade pessoal e na construção de valores duradouros.

O neuropsiquiatra austríaco Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto e autor de Em busca de sentido, já alertava que a perda do sentido da vida é o maior vazio que o ser humano pode experimentar. Para ele, “quando não somos mais capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos”. Essa afirmação reforça o papel da educação e do amadurecimento interior frente às adversidades, mostrando que a vida não é apenas sobre aquilo que recebemos, mas sobre o modo como respondemos ao que nos acontece.

Além disso, Frankl destacou que “o homem não é destruído pelo sofrimento, ele é destruído pela falta de sentido no sofrimento”. Quando um adolescente enxerga a morte como solução para o que deveria ser um conflito cotidiano — como a negação de uma viagem —, é sinal de que sua visão de mundo está desconectada da realidade, da empatia e do valor da vida humana. O adolescente de Itaperuna, ao declarar que “faria tudo de novo”, revela não apenas frieza, mas uma ausência quase total de consciência ética e de propósito existencial.

Por isso, é fundamental que famílias, escolas e instituições sociais se unam na missão de formar não apenas estudantes ou consumidores, mas seres humanos com valores, empatia e sentido de vida. Mais do que oferecer respostas prontas, é necessário proporcionar espaços onde os adolescentes possam refletir sobre suas angústias, limites, desejos e responsabilidades. O sentido da vida não se impõe — ele se constrói no encontro com o outro, na partilha de experiências e na abertura ao mundo real, com suas imperfeições e desafios.

O caso de Itaperuna é uma tragédia que não pode ser relativizada, mas que também não pode ser tratada apenas como algo isolado. Ele nos convoca a olhar com mais atenção e responsabilidade para os sinais silenciosos da desesperança juvenil, para a importância do vínculo familiar e para o papel insubstituível dos pais na formação ética e emocional de seus filhos. Em tempos tão frágeis, redescobrir o sentido da vida é, talvez, o maior desafio, e a mais nobre missão da educação e da convivência humana.

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