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A incansável busca pela felicidade. Artigo de Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves

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01 Novembro 2024

 "Portanto, a verdadeira riqueza não reside na acumulação de bens, mas na capacidade de cultivar virtudes duradouras", escreve Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves, teólogo, filósofo e professor. Robson é formado em História, Filosofia e Teologia, áreas nas quais trabalha como professor em Juiz de Fora (MG).

Eis o artigo.

A busca incessante pelos bens materiais é uma das grandes armadilhas que a sociedade contemporânea nos oferece. Vivemos em um mundo que valoriza o ter em detrimento do ser, em que o brilho do ouro e da prata parece ser o símbolo do sucesso e da felicidade. No entanto, como o dito popular "nem tudo que reluz é ouro ou prata" nos ensina, a aparência de riqueza e prosperidade frequentemente oculta vazios existenciais profundos. A falsa promessa de que a acumulação de bens pode preencher a necessidade humana de realização é uma ilusão que nos aprisiona.

A busca desenfreada por aquilo que "reluz" pode até oferecer prazer momentâneo, mas não é capaz de trazer a verdadeira felicidade. A posse de bens materiais, embora possa proporcionar conforto, não é capaz de suprir nossas necessidades mais profundas, como o amor, a amizade, a justiça e o sentido de vida. Esses são valores que resistem ao tempo e à volatilidade do mundo material. É por isso que Paulo nos convida a "provar tudo, mas reter o bem", ou seja, exercitar o discernimento para distinguir entre o que é passageiro e o que é essencial.

Em sua carta aos Coríntios, Paulo faz uma advertência poderosa: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” Essa frase revela uma chave para a liberdade: a capacidade de escolher com consciência, sem ser escravizado pelo desejo de possuir ou experimentar tudo o que nos é oferecido. O mundo nos dá permissão para buscar e conquistar muitas coisas, mas Paulo nos convida a refletir sobre o que realmente convém — o que, de fato, nos torna melhores e mais livres.

Destarte, Paulo, em suas cartas, oferece uma advertência crucial para nossa vida. A reflexão da carta aos Coríntios aponta para a importância de discernirmos o que realmente nos convém e o que é apenas um reflexo passageiro de uma prosperidade superficial. A cultura do consumismo incentiva o acúmulo desenfreado de bens, colocando o desejo por status e posses acima de valores mais duradouros como a sabedoria, a bondade e a compaixão.

A sociedade contemporânea vive um paradoxo entre a abundância de opções e a falta de propósito profundo. Movidos pela busca incessante por bens materiais e prazeres efêmeros, muitas vezes nos vemos seduzidos pelo que reluz, acreditando que o acúmulo de riqueza e status pode trazer a realização pessoal. No entanto, a verdade contida no adágio "nem tudo que reluz é ouro ou prata" nos alerta para a necessidade de discernimento. Nem tudo o que desejamos ou adquirimos agrega valor real à nossa existência.

Diante deste cenário a análise de Byung-Chul Han é um filósofo e ensaísta sul-coreano, corrobora para o desenvolvimento deste pensamento. O autor também concorda com a realidade de uma sociedade contemporânea e o consumismo desenfreado. Han argumenta que vivemos em uma sociedade de desempenho e consumo em que a busca incessante pelo "ter" nos afasta do "ser", levando ao que ele descreve como a "sociedade do cansaço" — um contexto em que a pressão por autoaperfeiçoamento e o culto ao consumo exaurem as pessoas. A frase de Paulo, “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm,” exemplifica o conflito moderno: apesar de termos liberdade para buscar o que desejamos, essa liberdade se torna, paradoxalmente, uma prisão quando nos deixamos dominar pela necessidade de acumular e consumir.

Para Han, o consumismo não é apenas um hábito, mas uma forma de controle psicológico. Ele aponta que a sociedade do consumo nos promete felicidade através da aquisição, mas essa promessa nunca se cumpre totalmente, levando a um ciclo contínuo de insatisfação e consumo que nos prende e enfraquece. Em consonância com o texto, Han diria que somos levados a "reluzir" por fora, mas continuamos vazios por dentro. Ao buscar incessantemente o que brilha e seduz, somos transformados em produtos de nossa própria performance, onde nossa identidade é reduzida a marcas, status e imagens, esvaziando o sentido real da liberdade.

Essa “liberdade ilusória” de consumo é o que Han enxerga como um tipo de violência contra o próprio ser, pois a busca incessante pelo que nos é permitido — mas não nos convém — nos rouba a verdadeira liberdade e autonomia. Como o texto sugere ao final, o desafio contemporâneo está em distinguir o que é essencial do que é superficial, entendendo que o domínio de nós mesmos é a verdadeira riqueza. Byung-Chul Han provavelmente diria que essa capacidade de discernimento é uma forma de resistência ao cansaço e à exaustão promovidos pelo consumismo, e que resgatar a liberdade autêntica implica desafiar a superficialidade que nos cerca.

O consumismo, em sua essência, impõe a crença de que podemos obter felicidade e completude ao possuir sempre mais. No entanto, a busca incessante por "tudo o que reluz" nos torna dependentes de satisfações externas e passageiras. A cada conquista material, surge um novo desejo, um novo anseio, e assim nos afastamos de valores essenciais como o respeito, a bondade, e a compaixão. No fundo, o que verdadeiramente importa não é o que temos, mas quem somos.

O trecho paulino, então, nos sugere um caminho de sabedoria e liberdade. Ele nos convida a sermos seletivos, a "reter o bem" em nossas escolhas e a não nos deixarmos dominar por aquilo que é efêmero. Em vez de sermos prisioneiros dos desejos e posses, somos chamados a governá-los, sem abrir mão do nosso propósito ou do sentido da nossa existência.

Em última análise, a nossa existência não pode ser medida pela quantidade de bens que possuímos, mas pela qualidade das nossas escolhas, das nossas relações e do nosso caráter. Buscar os bens materiais sem considerar o que é ético, justo e bom nos conduz a uma vida sem propósito real. Para encontrarmos a verdadeira riqueza, precisamos olhar além do que reluz e focar no que nos enriquece espiritualmente e moralmente. Afinal, a verdadeira sabedoria está em reconhecer que nem tudo o que brilha é ouro e que os maiores tesouros são aqueles que não podem ser comprados.

Portanto, a verdadeira riqueza não reside na acumulação de bens, mas na capacidade de cultivar virtudes duradouras. Desta forma devemos buscar viver com sabedoria, reconhecendo que tudo nos é permitido, mas que nem tudo nos convém — e que nossa vida é mais plena e verdadeira quando não nos deixamos dominar pelo brilho passageiro do ouro e da prata.

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