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Com cobertura muito abaixo da meta, quase 90% dos mortos e internados por gripe no RS não se vacinaram

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24 Junho 2025

Especialistas festejam retomada da vacinação após catástrofe bolsonarista, mas defendem batalha contra a desinformação e campanhas estratégicas para aumentar a cobertura

A reportagem é de Tiago Medina, publicada por Matinal, 23-06-2025.

A recente onda de desinformação e notícias falsas sobre vacinas teve um efeito nefasto sobre a cobertura vacinal. No Rio Grande do Sul, a queda nos índices de vacinação contra covid-19 e gripe é responsável pela crise de superlotação de hospitais e por uma explosão das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associadas a vírus que circulariam menos se a imunização estivesse em patamares elevados.

“Foi um estrago e tanto”, afirma Pedro Hallal, ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e atualmente pesquisador da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, sobre iniciativas de destruição da cultura de vacinação. “O Brasil continua sendo um dos melhores países do mundo em vacinação, mas tivemos um problema agudo de desinformação, de tentativa de desacreditar as vacinas. Foi um período até curto, mas o dano foi grande”, diz o especialista, em referência a falas e ações negacionistas do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19 e a movimentos organizados contra vacinas de grupos de extrema direita em redes sociais.

Mais de 75 dias após o início da vacinação contra a gripe no Rio Grande do Sul, a cobertura está longe da meta de 90% para grupos prioritários. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, foram vacinados até o momento 49,7% dos idosos, 32,7% das crianças e 25,8% das gestantes. As consequências da baixa adesão à campanha podem ser medidas. Em 20 de junho, dos 1.918 internados por gripe em hospitais gaúchos, 1.680 não tinham tomado a vacina contra o vírus influenza – 87,5% do total. Das 226 pessoas que morreram por gripe em 2025 no estado, 197 não estavam vacinadas – 87,1%.

Desde 2020, quando a população buscou ativamente a vacina contra a gripe como forma de proteção contra a covid-19 (na época, ainda não havia vacina contra o coronavírus), a meta de vacinação não é alcançada no Rio Grande do Sul. A cobertura foi de 79,3% em 2021, caindo para 65,2% em 2022, para 56,4% em 2023 e para 52,3% no ano passado. As falhas na cobertura fizeram as mortes por SRAG associadas à influenza saltarem de 16, em 2021, para 288, em 2024.

A vacinação contra a covid também vai mal, especialmente entre crianças e adolescentes. Até o começo do mês, das 190.400 doses distribuídas no RS, somente 61 mil tinham sido aplicadas. O cenário é bastante diferente do auge da pandemia, mas a doença continua fazendo vítimas: 59 pessoas morreram por covid no Rio Grande do Sul em 2025. Na capital, foram seis mortes, todas elas de pessoas que não estavam com a vacinação atualizada, conforme registro da Secretaria Municipal da Saúde.

Consertando o estrago

Com o fim do governo Bolsonaro, as políticas de vacinação foram retomadas no país. Ainda assim, segundo especialistas ouvidos pela Matinal, é preciso construir novas estratégias de engajamento para reverter o estrago do discurso antivacina, que fez a população desconfiar dos imunizantes e ignorar as campanhas, agravando um comportamento mais hesitante em relação ao tema observado desde 2015.

“Pessoas que não têm nada a ver com a politicagem que guiava as mensagens do governo da época ficaram confusas, com medo. Havia um líder político dizendo para não se vacinar e, mais ainda, para não vacinar os filhos”, recordou Hallal. “Por mais que se tenha retomado a vacinação como prioridade no governo, os resquícios ficaram nas pessoas. O período de reconstrução será mais demorado que a destruição”, projetou o pesquisador, que coordenou dois estudos sobre a disseminação da covid-19.

Além do trabalho de comunicação, a recuperação exige ações criativas focadas nos grupos prioritários. Para o médico André Luiz da Silva, conselheiro do Conselho de Medicina do RS (Cremers), que atua há mais de duas décadas com comunidades, o atual momento requer campanhas de vacinação mais estratégicas, planejadas para imunizar grupos específicos e alcançar a cobertura desejada. “Existem experiências exitosas que usamos em crianças e que são adaptáveis para adultos”, afirmou.

Silva ressalta a importância de mapeamentos como ponto de partida para identificar grupos não vacinados e realizar ações direcionadas, “São campanhas extramuros, quando saímos do posto de saúde para pontos da comunidade, como escolas, igrejas, feiras, associações de moradores e até porta a porta”, explicou, defendendo ainda a ampliação dos horários de vacinação e da oferta de vacinas.

No ano passado, o governo estadual criou o programa Imuniza Escola, uma iniciativa nesta linha, que cruza dados de vacinados e de alunos matriculados na rede estadual de ensino para identificar não vacinados e traçar estratégias. O programa pode ser ampliado para as redes municipais, desde que as prefeituras assinem um convênio. Até agora, 210 dos 497 municípios do estado participam da estratégia.

A volta do Zé Gotinha

Questionado sobre a crise na vacinação, o secretário municipal da Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, disse recentemente à Matinal que sentia falta de ver mais campanhas em rede nacional como forma de mobilização, destacando a figura de Zé Gotinha como promotor de vacinas no país. “A gente tinha o Zé Gotinha muito mais ativo nas campanhas do dia D. Tinha uma ou duas semanas de campanha em rede nacional, com rádio e TV. Precisa voltar a investir em comunicação, para mostrar a importância da vacinação e esclarecer dúvidas”, defendeu. “Essas vacinas são seguras, resolutivas e, principalmente, salvam vidas”.

Criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa para fortalecer a campanha de vacinação contra a poliomielite, Zé Gotinha se tornou símbolo do Programa Nacional de Imunizações brasileiro. Durante o governo Bolsonaro, o personagem pouco apareceu para incentivar a vacinação contra a covid-19 e outras doenças. Em um episódio deprimente, o mascote da vacinação ganhou versão repaginada nas redes do filho do ex-presidente, carregando um fuzil nas mãos. Recuperar Zé Gotinha como o carismático apoiador da vacinação no Brasil tem sido um dos esforços do atual governo.

“A gente teve uma melhora, com o fortalecimento do programa de imunizações desde 2023. Tivemos um resgate da imagem do Zé Gotinha, que estava esquecido”, avaliou Isabela Castro, chefe substituta da seção de indenizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Para ela, a hesitação vacinal é um ponto a ser trabalhado para recuperar a cobertura, pois o campo das vacinas segue permeado por desinformação, um problema que afeta até mesmo a comunidade médica.

“Há profissionais de saúde que contraindicam a vacina. A gente tem ouvido nos municípios, muitas vezes em municípios pequenos, com uma única unidade de saúde, que o médico do lugar contraindica vacinas”, relatou a servidora.

Batalha nas redes sociais

A biomédica Mellanie Fontes-Dutra acredita que é hora do Brasil “restabelecer a cultura da vacinação”, um esforço que vai muito além de oferecer imunizantes à população. Criadora de uma série de conteúdos nas redes sociais defendendo a vacina contra a covid-19 durante a pandemia, ela viu a ação do movimento antivacina, uma força que precisa ser combatida no meio digital. “É preciso que as campanhas conversem com os públicos-alvo nas redes”, afirmou. “Sem isso, só ter vacina não resolve”.

Segundo Fontes-Dutra, as redes sociais têm sido um campo onde discursos anticiência se proliferaram e são usados de maneira maliciosa para desinformar sobre assuntos de saúde, até mesmo de forma patrocinada, conforme estudo da USP.

Para Hallal, o movimento antivacina não decolou no Brasil como nos Estados Unidos, mas mesmo assim trouxe impactos. “É baixo, mas infelizmente existe”, constatou o pesquisador. “A gente está lidando com casos de sarampo. Há quantos anos a gente não estava sem ouvir sobre casos de sarampo? É uma prova muito forte do quanto essas campanhas de desinformação são graves e podem prejudicar a vida de muita gente.”

O médico André Luiz da Silva argumenta que a pandemia deu tração ao movimento antivacina, mas as posições contra imunizantes foram impulsionadas também por interesse político e retóricas religiosas sobre questões de saúde pública. “São pessoas que ouviram muita coisa de um governo que não era exemplo de vacinação”.

Leia mais

  • Vencemos a covid, mas movimento antivacina é um problema hoje. Entrevista com Margareth Dalcolmo
  • Vacinação em massa sempre foi imune a ideologias no Brasil. Até surgir o vírus do negacionismo
  • O nacionalismo das vacinas
  • A perigosa corrida às vacinas dos nacionalismos
  • “Devemos nos prevenir do nacionalismo”, alerta a OMS sobre a vacina contra o coronavírus
  • A nova sabotagem de Bolsonaro às vacinas
  • Ser contra a vacinação é ser contra a vida
  • Brasileiro desacredita a ciência e se joga no esgoto. Artigo de Edelberto Behs
  • Esperar imunidade de rebanho ‘é absurdo e antiético’, diz líder de estudo que investiga quantos tiveram covid-19 no Brasil
  • Brasil não terá vacinação em massa em 2021, afirmam especialistas
  • Haverá vontade política para garantir vacinas a todos?
  • A dúvida sobre a vacina CoronaVac-Butantã
  • Vacinas: a lógica da vida ou a dos lucros?
  • “O acesso à vacina é tão crítico quanto a existência dela”. Entrevista com Manoel Barral
  • Interesses da indústria e disputas políticas decidirão acesso à vacina, afirma ex-ministro
  • Quem são, o que pensam e como atuam os movimentos antivacinas. Entrevista com Florián Cafiero
  • Queda da cobertura vacinal pode trazer de volta doenças já controladas ou eliminadas do Brasil
  • Movimento antivacinas ameaça a saúde global
  • No sentimento antivacina, sintoma da crise civilizatória
  • Grupos antivacina mudam foco para covid-19
  • Vacinação obrigatória contra covid-19 está prevista em lei assinada por Bolsonaro
  • A dúvida sobre a vacina CoronaVac-Butantã
  • A busca pela vacina livre deve ser coletiva

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