Francisco vai ver a exposição do seu quadro preferido, 'A Crucificação Branca', de Chagall

Detalhe da Crucificação Branca, obra de Marc Chagall (Foto: Institute of Arts of Chicago | Reprodução)

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09 Dezembro 2024

  • A 'surpresa' veio, como a Digital Religion havia relatado esta manhã , e o Papa Francisco foi neste domingo ao centro de Roma para ver a exposição do que ele por vezes afirmou ser sua pintura favorita, 'A Crucificação Branca', de Marc Chagall, exposta no Palácio Cipolla, num dos eventos culturais de preparação para o Jubileu.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 08-12-2024.

A 'surpresa' veio, como a Religión Digital havia relatado esta manhã, e o Papa Francisco foi neste domingo ao centro de Roma para ver a exposição do que ele por vezes afirmou ser sua pintura favorita, 'A Crucificação Branca', de Marc Chagall, exposta no Palácio Cipolla, num dos eventos culturais de preparação para o Jubileu. Francisco parou na Via del Corso no caminho de volta após prestar homenagem à Virgem Imaculada na Escadaria Espanhola, informou o Vaticano.

Crucificação Branca, obra de Marc Chagall (Foto: Institute of Arts of Chicago | Reprodução)

É uma pintura “que grita contra os horrores do mundo e ao mesmo tempo mostra o caminho da mansidão e do amor como chave da salvação”, segundo os organizadores do evento ‘O Jubileu é cultura’, que preparou várias exposições antes que o Ano Santo comece oficialmente no próximo dia 24 de dezembro.

A exposição da pintura, com entrada gratuita, durará até 27 de janeiro e oferecerá a oportunidade de contemplar a famosa obra do artista bielorrusso, nunca exposta em Itália, graças ao empréstimo do Art Institute of Chicago.

Uma pintura nascida do terror nazista

Marc Chagall, pintor russo naturalizado francês, de origem judaica hassídica, nascido em Lëzna, cidade bielorrussa, em 1887 e falecido em Saint-Paul-de-Vence em 1985, pintou 'A Crucificação Branca' imediatamente após a noite entre o dia 9 e em 10 de novembro de 1938 chamada de 'Kristallnacht', um episódio proeminente e programático da escalada do terror e violência anti-semita nazista.

Esta não é a única crucificação que o artista pintou e não é uma contradição que ele, um judeu, tenha escolhido um emblema da religião cristã: em Cristo o artista viu o homem justo em quem se refletem todas as perseguições sofridas pelo povo judeu.

A pintura está repleta de citações históricas e simbólicas. E é um grito de denúncia firme contra a violência do mundo, no centro da qual está a cruz iluminada por uma luz branca, símbolo de pureza, onde o sentido da vida e da morte se encontram e se tornam eternidade, explicam os organizadores.

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