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Na Guiana Francesa, memorial presta homenagem aos indígenas exibidos em “zoológicos humanos”

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15 Agosto 2024

Nas décadas de 1880 e 1890, 47 autóctones foram exibidos em condições humilhantes em Paris e na Europa. Um memorial inaugurado na Guiana Francesa presta-lhes homenagem pela primeira vez.

A reportagem é de Enzo Dubesset, publicada por Reporterre, 13-08-2024. A tradução é do Cepat.

Um sinal de que o acontecimento é histórico é que os últimos xamãs Kali'na em atividade deixaram a sua aldeia para se reunirem em Iracoubo, uma comuna situada a oeste da Guiana Francesa. No dia 11 de agosto, um tão esperado memorial dos Kali'na e dos Arawaks-Lokonos – dois povos “autóctones”, pois o termo “ameríndio” é visto como colonial –, que vivem na Guiana Francesa e no Suriname, foi inaugurado no contexto do Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado todo dia 9 de agosto.

Terminados os numerosos discursos oficiais, aqueles que aqui são chamados de “piiyai” (xamãs) e cujas feições refletem a idade avançada, avançam em direção ao monumento ainda encoberto por folhas de palmeira tecidas, para fazer uma cerimônia espiritual. É difícil para o leigo compreender o significado profundo das libações de caxiri – cerveja de mandioca – e do ritmo da malaka, instrumento do qual os xamãs quase nunca se separam. Quanto às canções na língua Kali’na, cantadas em coro pelos yopotos, os chefes tradicionais, mal conseguimos captar outra coisa senão a intensa emoção. “É uma cerimônia de luto, em forma de bênção, para o bom acolhimento das almas”, traduz um espectador Kali’na.

Então vem o descerramento. Duas mulheres de bronze vestindo o tradicional kalimbé como única roupa são reveladas ao público. A mais velha chama-se Ahiemaro. A mais nova, Molko. A primeira viveu às margens do rio Sinnamary, onde hoje é a Guiana Francesa, e foi enviada com parte da família para Paris em 1882. A viagem era voluntária, mas embalada de ilusões pelas mentiras dos colonos franceses sobre seus reais objetivos. A segunda cresceu em um vilarejo do atual Suriname até os 15 anos, em 1892, quando também foi embarcada, com a família, para a capital francesa.

Nestas duas mulheres, estão representadas as 45 Kali’nas e os 2 Arawaks que estiveram expostas nos relvados do Jardim da Aclimatação de Paris, depois em outras cidades europeias, durante estas viagens. Nestes verdadeiros zoológicos humanos, aqueles ainda chamados de “Galibis” ou “Caraíbas” eram uma atração muito popular. Vestidos com um simples kalimbé apesar do frio invernal, rodeados de plantas exóticas e enfeitados com objetos tradicionais, os indígenas eram diariamente expostos em representações tão grotescas e humilhantes quanto cansativas. Nove delas morreram de doença antes de poderem retornar à sua terra natal.

Se esta parte pouco conhecida da história colonial permaneceu viva através da memória oral dos povos envolvidos, e se foi parcialmente revelada ao resto do mundo após trabalhos antropológicos realizados na década de 1990, nunca antes tinha sido revelada ao resto do mundo.

“Já faz cinco anos, pessoalmente, e dois anos no âmbito da minha associação, que tenho trabalhado para devolver-lhes a existência e o orgulho perdidos durante a sua exposição como ‘selvagens’ em Paris”, diz, emocionada, Corinne Toka-Devilliers, presidente da Associação Moliko Alet+Po (“Os descendentes de Moliko”, a outra grafia de Molko), na origem do processo e ela própria descendente direta das duas mulheres representadas nas estátuas.

“O dia de hoje marca um ato de reconhecimento e paz simbólica que ficará gravado em nossas memórias. É um momento fraterno de recolhimento para toda a Guiana Francesa e sua população”, afirma Éric Louis, yopoto e presidente do Grande Conselho de Costumes da Guiana Francesa, organização que representa as culturas indígenas da região.

Vitalidade cultural, lutas políticas

A inauguração, que reuniu 400 pessoas e os principais políticos da Guiana Francesa, também permitiu destacar as identidades e culturas dos povos autóctones. Além da presença notável dos piiyais, foi uma oportunidade para dançar ao som das sanpulas, tambores tradicionais, e para ouvir vários grupos tradicionais. Em outros lugares da Guiana Francesa, depois de dançar e cantar, aconteceram competições de tiro com arco, ralar mandioca e de “melhor bebedor de cachiri”.

Estas jornadas são também muito políticas, num contexto em que estes últimos fazem campanha pelo reconhecimento dos seus direitos e por uma melhor representação, inclusive nas instâncias locais. Exigem, por exemplo, que Paris ratifique a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), até este momento o único instrumento vinculativo que protege os direitos fundamentais dos povos indígenas no mundo, mas também a sua capacidade de autodeterminação ou proteção do seu ambiente. Ao contrário do Brasil, da Espanha ou do México, a França sempre a recusou em nome da “indivisibilidade” constitucional da República.

Se a inauguração do memorial de Iracoubo representa um inegável avanço, é “apenas o primeiro passo” para “o restabelecimento da ordem de um passado colonial”, afirma Corinne Toka-Devilliers. Seu próximo objetivo é repatriar os ossos pertencentes aos indígenas falecidos durante a viagem de 1892, atualmente guardados no Musée de l'Homme, em Paris.

Em dezembro de 2023, foi aprovada uma lei de iniciada do Senado para promover a devolução dos restos mortais guardados em coleções públicas de países estrangeiros. No entanto, a situação nos territórios ultramarinos – inicialmente esquecidos apesar de daí provirem 5% dos ossos contidos nestas coleções – foi adiada para mais tarde, tendo o governo até dezembro de 2024 para implementar um procedimento específico.

Em setembro, uma delegação liderada por Corinne Toka-Devilliers será recebida pelo Ministério da Cultura para tratar deste tema. “É uma violência insuportável imaginar que os nossos antepassados ainda estão em caixas fechadas depositadas em um museu, 132 anos após a sua morte, confidencia. Mesmo que haja bloqueios, relutância, não vou desistir”.

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