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Caridade intelectual e sinais dos tempos. Artigo de Matias Soares

Foto: Canva Pro | Pixabay

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16 Mai 2024

"A ‘caridade intelectual’ a ser exercida para a compreensão dos fatos, fenômenos e desafios do contemporâneo e sua iluminação com a força reveladora e reconfortante do Evangelho é uma interpelação a todos os que estão envolvidos na sistemática eclesial e eclesiástica. Os nossos esquemas pré-modernos, com uma teologia com sua metafísica medieval, mesmo que tenha seu valor para os aspectos dogmáticos, nos engessa para as recepções dos ensinamentos conciliares, com seus horizontes históricos, e o desejo de avanço na conversão missionária provocada pelo Papa Francisco de todas as mentes e estruturas eclesiais", escreve Pe. Matias Soares, mestre em Teologia Moral (Gregoriana), pós-graduado em Teologia Pastoral (PUC-Minas), membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral (SBTM), coordenador Arquidiocesano da Pastoral Universitária e pároco da paróquia de Santo Afonso M. de Ligório, Natal-RN.

Eis o artigo.

A vida intelectual, assim como as demais formas de viver a existência cristã, considerando uma antropologia integral, também é uma via pela qual pode ser testemunhada a caridade. O estudo é para nós o instrumento de promoção da nossa dignidade, a dos nossos semelhantes e também a da nossa casa comum. A Igreja tem uma tradição sustentada na racionalidade da fé, como uma das bases do seu modus operandi. Razão e fé não são contrapostas, mas complementares, como bem nos ensina São João Paulo II: “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer a Ele, para que, conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio” (cf. Ex 33, 18; Sal 2726, 8-9; 6362, 2-3; Jo 14, 8; 1 Jo 3, 2). Essa construção é transversal ao espírito do cristianismo e fonte perene da identidade cristã, ainda mais na cultura ocidental.

O foco da reflexão não é histórico. A questão proposta é a de que num mundo marcado por ‘algumas’ posturas fundamentalistas e irracionais, inclusive dentro do próprio catolicismo, vale chamar em causa a necessidade da formação – cultivo do estudo – e o aprimoramento constante da fé de todos os que fazem parte da vida da Igreja. Numa sociedade de tantas informações, ser um cristão amante do estudo passa a ser ‘um ato de subversividade’. Temos que estar muito atentos a não sermos objeto de manipulações dos doutrinadores e falsos profetas de plantão. A religião, muito menos a fé autenticamente cristã, não pode ser canal de idiotização das pessoas. Na sociedade do espetáculo, das aparências e das neuroses coletivas, a fé pode ser um “lugar teológico” de libertação e promoção da dignidade das pessoas, fazendo com que cada uma reconheça-se como ‘alguém criado à imagem e semelhança de Deus, que é o Amor (cf. Gn 1, 27; 1Jo 4, 8). Conhecer é uma forma eficaz de reconhecer o amor, pois por meio dele podemos acolher a Verdade.

O conhecimento na lógica cristã nos capacita para fazer o bem ao outro. Sem dúvida, a tentação de cedermos à soberba, à autossuficiência e à prepotência pode acontecer. Pior ainda, podemos querer ser como ‘deus’, ao substituí-Lo com a nossa vontade de potência. Os fenômenos da tecnocracia, biogenética, inteligência artificial e engenharias afins estão aí. São realidades que denotam uma cultura pós-teístas e pós-humanista. Os debates éticos estão sendo postos diuturnamente. O nosso presente pressagia questões incertas e preocupantes. A humanidade com suas demandas climáticas, relacionais e de sobrevivência, pode ter na tecnociência uma parceira, ou, mais uma vez, uma anfitriã para poucos privilegiados. O próprio debate exige aprofundamento constante de todos os atores sociais para que uma metaética seja promovida e, nós cristãos, não podemos estar ‘alienados’ destas questões contemporâneas e escatológicas. Essas não são mais só do futuro, mas estão postas no aqui e agora. É presença e simultaneidade.

A Igreja, já no Concílio Vaticano II, detectava essas reviravoltas históricas e científicas e, deste modo, expressava-se: “a atual perturbação dos espíritos e a mudança das condições de vida, estão ligadas a uma transformação mais ampla, a qual tende a dar o predomínio, na formação do espírito, às ciências matemáticas e naturais, e, no plano da ação, às técnicas, fruto dessas ciências. Esta mentalidade científica modela a cultura e os modos de pensar duma maneira diferente do que no passado. A técnica progrediu tanto que transforma a face da terra e tenta já dominar o espaço. Também sobre o tempo estende a inteligência humana o seu domínio: quanto ao passado, graças ao conhecimento histórico; relativamente ao futuro, com a prospectiva e a planificação. Os progressos das ciências biológicas, psicológicas e sociais não só ajudam o homem a conhecer-se melhor, mas ainda lhe permitem exercer, por meios técnicos, uma influência direta na vida das sociedades.

Ao mesmo tempo, a humanidade preocupa-se cada vez mais com prever e ordenar o seu aumento demográfico. O próprio movimento da história torna-se tão rápido, que os indivíduos dificilmente o podem seguir. O destino da comunidade humana torna-se um só, e não já dividido entre histórias independentes. A humanidade passa, assim, duma concepção predominantemente estática da ordem das coisas para um outra, preferentemente dinâmica e evolutiva; daqui nasce uma nova e imensa problemática, a qual está a exigir novas análises e novas sínteses” (cf. Gaudium et Spes, 5). Neste momento de tantas transições sistêmicas, o estudo é uma exigência imprescindível da vida cristã. Negligenciá-lo é faltar para com a missão de portar a ‘Alegria do Evangelho’ a todos os seres humanos, em cada tempo e em cada época, conscientes de que somos sempre ‘servidores da Verdade’.  

A descrição do Concílio continua pungente. Os fatos estão sendo aprimorados e a cultura pós-secular tende a nos desafiar cada vez mais. Os elementos históricos são fatores de reconhecimento do ‘espírito absolutista’ da humanidade. O trem civilizatório não para e nós não podemos estar a querer pará-lo. Temos que estar nele para proclamar a todos a força transcendente do Reino de Deus, que precisa estar entre nós. É a nossa missão anuncia-Lo (cf. Mc 16,15).  Para isso, também precisamos ser capazes de dar razões da nossa esperança (cf. 1Pd 3,15). O mundo nos interpela, enquanto homens e mulheres de fé, a oferecermos pela via da racionalidade que é o que nos potenciará ao discernimento e à justa medida da hermenêutica dos sinais dos tempos. O estudo, concomitantemente com o aprofundamento da vida interior, é o que nos concederá a sabedoria para a integração conosco, com o outro e com toda a realidade criada.

Ainda nos situando historicamente, o Concílio já elucidara que “para levar a cabo esta missão, é dever da Igreja investigar a todo o momento os sinais dos tempos, e interpretá-los à luz do Evangelho; para que assim possa responder, de modo adaptado em cada geração, às eternas perguntas dos homens acerca do sentido da vida presente e da futura, e da relação entre ambas. É, por isso, necessário conhecer e compreender o mundo em que vivemos, as suas esperanças e aspirações, e o seu caráter tantas vezes dramático” (cf. Gaudium et Spes, 4). O estudo e a oração são, desta forma, atitudes importantes para que o testemunho, em nossos dias, possa acontecer de modo mais eficiente, amplo e credível. Sem dúvida, na história do cristianismo, temos muitas formas de santidade que dispensaram o dado do ‘conhecimento sistemático e metódico’ para a consecução da caridade; mas, o que colocamos à disposição nessa reflexão é a consideração da dimensão intelectiva da pessoa humana e como esta pode favorecer a ação cristã em todos os ambientes nos quais o ‘discípulo missionário’ de Jesus Cristo estiver inserido. No nosso contexto, levando em consideração a histórica relação profícua entre a fé e a razão no cristianismo, cabe essa ponderação para que sejamos coerentes em ter na cultura um meio imprescindível à canalização do Evangelho.

Enfim, essa projeção nos indica que temos que avançar muito mais na articulação de todos os ‘sujeitos eclesiais’. O protagonismo dos fiéis leigos é indispensável nesse processo de vivência das percepções do Vaticano II como a imagem usada pelo Papa Francisco para indicar a eclesiologia de uma ‘pirâmide invertida’; ou seja, uma descrição de que todos os membros da Igreja – batizados – precisam entender a sua missão na Igreja e na sociedade, para que possam ser “sal da terra e luz do mundo” (cf. Mt 5, 13-14). Essa ‘caridade intelectual’ a ser exercida para a compreensão dos fatos, fenômenos e desafios do contemporâneo e sua iluminação com a força reveladora e reconfortante do Evangelho é uma interpelação a todos os que estão envolvidos na sistemática eclesial e eclesiástica. Os nossos esquemas pré-modernos, com uma teologia com sua metafísica medieval, mesmo que tenha seu valor para os aspectos dogmáticos, nos engessa para as recepções dos ensinamentos conciliares, com seus horizontes históricos, e o desejo de avanço na conversão missionária provocada pelo Papa Francisco de todas as mentes e estruturas eclesiais (cf. Evangelium Gaudium, cap. I). O Espírito Santo nos impulsione e fortaleça nessa busca pela sabedoria, que motivada pelo anseio de serviço, é uma fonte de caridade e inserção na trajetória humana que é o foco das ações da Igreja como sacramento universal de salvação. Assim o seja!

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