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O Alcorão dos historiadores desafia o Alcorão dos teólogos e dos fiéis. Artigo de Marco Ventura

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20 Abril 2024

"Por uma tradição de quinze séculos, o Alcorão é (...) incriado: afastado de toda contingência humana, imutável e inalterado, atributo de Deus na forma e no conteúdo. O desafio é, portanto, enorme para quem pretende compreender o Alcorão no contexto em que foi produzido e recebido", escreve Marco Ventura, professor de direito canônico e eclesiástico da Universidade de Siena, em artigo publicado por La Lettura, 14-04-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O anjo Gabriel dita o Alcorão. O Profeta ouve o texto, às vezes até o vê. Depois, por sua vez, o dita aos seguidores. No prefácio do Alcorão traduzido por ele em 1955, Alessandro Bausani explica: “Não só a misteriosa ‘inspiração’ inicial mais ou menos vaga do Verbo pertence a Deus, mas até mesmo a forma exata das palavras, a sua ordem, a sua declaração e explicação em formas inteligíveis para os homens”. Para o Profeta Muhammad (Maomé), foi uma experiência “teopática”, do grego pateo escrito com a letra tau, “frequentar”, “percorrer”, portanto de visitação divina. O ditado angélico causava-lhe “fenômenos de febre, de frio e tremores”.

Segue Bausani: “Quando era atingido pela Revelação divina”, o Profeta “caia febril no chão e gritava zammiluni, zammiluni, ‘enrole-me num cobertor!’”

Por uma tradição de quinze séculos, o Alcorão é, portanto, incriado: afastado de toda contingência humana, imutável e inalterado, atributo de Deus na forma e no conteúdo. O desafio é, portanto, enorme para quem pretende compreender o Alcorão no contexto em que foi produzido e recebido.

Desde o mês passado o público italiano tem à disposição um exemplo único de tudo isso em Storia del Corano [História da Alcorão], organizado por Mohammad Ali Amir-Moezzi e Guillaume Dye (Mimesis, série Mnesis, o editor e tradutor da versão italiana é Silvano Facioni). Nas 1.054 páginas do volume, 21 autores aplicam a abordagem histórico-filológica ao texto sagrado dos muçulmanos; reconstroem contexto, origem, redação, como indicado no subtítulo. O livro nasce de uma obra mais ampla intitulada Le Coran des historiens [“Alcorão dos historiadores”], publicada em 3 volumes pela Les éditions du Cerf em 2019. Da obra, o livro recém-lançado reproduz o primeiro volume revisado e aumentado por dois novos capítulos, e também publicado pela Cerf em 2022 (Histoire du Coran: contexte, origene, rédaction).

Nos antípodas do Alcorão sem contexto da tradição, o Alcorão dos historiadores é história, especifica a introdução, de “um documento histórico, literário, linguístico e religioso do século VII”, cujo texto só atingiu a forma hoje reconhecida pelos muçulmanos por volta do século X. Os autores da obra, entre os quais os editores, sentem-se herdeiros de dois séculos de elaboração histórico-crítica ocidental sobre o Alcorão, em particular dos estudos que floresceram no mundo anglo-saxão na década de 1970 e também em outros lugares nas últimas décadas. Um consenso se consolidou entre os pesquisadores sobre alguns pontos-chave como a consciência da “natureza altamente problemática da credibilidade histórica das fontes muçulmanas", a necessidade de "integrar criticamente" no estudo do Alcorão fontes não muçulmanas, especialmente aquelas contemporâneas do Profeta, de conhecer filologicamente as “línguas bíblicas" (incluindo hebraico, aramaico/siríaco, grego, latim, etíope) e as línguas da Arábia pré-islâmica, bem como os textos religiosos da antiguidade tardia na vasta região que hoje chamamos de Oriente Próximo e Oriente Médio. Também é essencial conhecer “a distinção entre o movimento religioso de Maomé e o estabelecimento do Islã como religião institucional", e o papel de 'Abd al-Malik, o quinto califa omíada, “no nascimento do Islã como religião do império” e na própria elaboração do Alcorão.

Se o próprio princípio do trabalho dos estudiosos – a historicidade do Alcorão – é um desafio imenso, os resultados da investigação não ficam atrás. De fato, é desenhado um Alcorão quase independentemente da figura histórica de Maomé, cercado por uma variedade de versões muito maior do que a aceita normalmente, constituído mais do que por “um livro”, por “um corpus” extremamente heterogêneo, resultado de uma profunda contaminação com fontes de outras religiões e fruto de uma estratégia política específica.

Consultado pela la Lettura, o curador Guillaume Dye conta que partiu da diferença entre a obra de teólogos e dos historiadores para apontar o quão difícil é acertar as contas com as fontes para os muçulmanos, cujo sistema de fé se baseia numa “teologia do ditado”. Os historiadores, Dye especifica, estudam os autores do Alcorão e até questionam a sua ligação com o Profeta; para o Islã tradicional, por outro lado, o próprio conceito de autor do Alcorão é problemático e, de qualquer forma, só pode ser reconduzido a Alá.

Com 50 anos, francês e islamólogo da Universidade Livre de Bruxelas, Dye parece cético em relação ao diálogo com aqueles que hoje ocupam cargos de responsabilidade teológica no mundo árabe-muçulmano.

Destaca a pouca liberdade acadêmica e a pressão política sobre os pesquisadores. Ressalta, no entanto, que "as ideias passam" e que, em qualquer caso, depois de tanta pesquisa ocidental, "agora é a vez dos muçulmanos". O outro curador, Mohammad Ali Amir-Moezzi, também entrevistado pela la Lettura, diz estar convencido de que se podem construir pontes entre crentes e historiadores. 68 anos, de origem xiita iraniana, professor da École Pratique des Hautes Études de Paris, Amir-Moezzi não esconde as resistências inerentes à abordagem islâmica, especialmente do lado sunita. Nesse sentido menciona a crítica à História do Alcorão de al-Azhar, a prestigiada universidade do Cairo, mas insiste nas trocas frutíferas que ele teve sobre o livro com muitos intelectuais, inclusive crentes, do mundo muçulmano. Afinal, glosa: “o Islã é plural e sempre foi plural”.

Na abertura, os dois curadores insistem no caráter “cívico e político” de sua iniciativa, que visa o “maior público possível”. Contra islamofóbicos e islamistas, “para acalmar os ânimos, reduzir a tensões, neutralizar os fanatismos e as incompreensões", apostam na abordagem científica, "com toda a sua frieza e distanciamento”. É verdade que o método histórico é percebido pelos muçulmanos como “ameaça à fé”, confessa Amir-Moezzi ao la Lettura; e ainda assim pode “questionar crenças”, certamente não “a própria fé”.

Quando foi lançada a versão original da obra em 2019, a polícia pediu à editora parisiense que reforçasse as medidas segurança. Menos chamativo que as caricaturas da “Charlie Hebdo”, menos espetacular, o Alcorão dos historiadores é na realidade muito mais incisivo. Deve ser confinado, refutado, boicotado, para salvar a experiência “teopática” do Profeta? Ou serão justamente as suas próximas edições que tornarão o Islã ainda maior?

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