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Os paradoxos do triunfo da direita no Equador. Artigo de Pablo Ospina Peralta

Luisa González e Daniel Noboa, os candidatos que chegaram ao segundo turno das eleições presidenciais no Equador. (Arte: celag.org)

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24 Outubro 2023

"A direita mais uma vez prevaleceu no Equador, desta vez com um rosto jovem. O novo governo, que durará menos de dois anos, enfrenta uma crise múltipla, que inclui a ação descontrolada do crime organizado. Daniel Noboa deve evocar o fantasma do desgoverno de Guillermo Lasso, que teve de convocar eleições antecipadas para evitar a sua destituição".

A opinião é de Pablo Ospina Peralta, historiador equatoriano, pesquisador do Instituto de Estudos Equatorianos e docente na Universidad Andina Simón Bolívar, no Equador, em artigo publicado por Nueva Sociedad, outubro de 2023.

Eis o artigo.

A história se repete duas vezes. Em ambas as ocasiões, salpicada de sua parcela de tragédia e farsa. A distribuição territorial dos votos no segundo turno equatoriano em 15-10-2023 é virtualmente idêntica à do segundo turno de abril de 2021. As regiões da Costa, que tradicionalmente votaram em forças conservadoras, depositaram sua confiança na candidata da Revolução Cidadã, Luisa González, escolhida pelo ex-presidente Rafael Correa direto de Bruxelas, onde ele está exilado. Enquanto isso, as regiões da Sierra e da Amazônia, que tradicionalmente votaram majoritariamente na centro-esquerda, incluindo as áreas indígenas, deram seu voto em massa ao candidato conservador, Daniel Noboa (35 anos), filho do magnata do setor de bananas e candidato presidencial em cinco ocasiões, Álvaro Noboa.

O correísmo competiu com González, que era praticamente desconhecida em seu início e foi escolhida por ser considerada "leal" a Correa. Anteriormente, ela havia sido candidata suplente à Assembleia Constituinte de 2007 pelo conservador Partido Social Cristão. Durante a campanha, ela afirmou que o ex-presidente, em caso de vitória, seria um de seus principais conselheiros e se apresentou como "uma mãe equatoriana", como uma mãe solteira que conseguiu superar as dificuldades. Ao mesmo tempo, ela reiterou que, em sua opinião, ser feminista não significa ser a favor da descriminalização do aborto (de fato, ela votou contra mesmo em casos de estupro). Por outro lado, o filho do magnata do setor de bananas tentou se distanciar de uma associação com a direita, embora tenha uma candidata de extrema-direita como vice, Verónica Abad. Ele prometeu investimentos na área de energia para reduzir os subsídios ao diesel e à distribuição elétrica, e afirmou que não aceitaria contratos de trabalho por hora, considerando-os regressivos, ao mesmo tempo em que manteve sua companheira de chapa ultraconservadora fora dos holofotes.

A principal aposta eleitoral do correísmo foi que o descrédito dos governos ineficazes, indolentes e insensíveis que sucederam a Correa, tanto o de Lenín Moreno quanto o de Guillermo Lasso, seria suficiente para persuadir os eleitores de que o melhor futuro estava no passado. A aposta central de Noboa foi apelar para a imagem de um candidato "novo", jovem e afastado da polarização dos últimos quinze anos (menos enfocado na retórica anti-Correa), mas que ao mesmo tempo poderia se apresentar como moderado, profundamente preocupado com a assistência social e a assistência à saúde promovidas por sua mãe, e com um perfil técnico alheio às confusões políticas.

A maior desvantagem do correísmo continuou sendo a presença constante de seu líder máximo, com um discurso ameaçador e sem qualquer autocrítica. Por outro lado, a maior desvantagem do jovem empresário era seu pai e a associação imediata de seu futuro governo de empresários com o governo fracassado de empresários de Lasso, que encerrou seu mandato prematuramente. Lasso convocou novas eleições para evitar sua destituição pelo Parlamento através do mecanismo da "muerte cruzada". A eleição mostrou que o voto anticorreísta continua sendo mais persistente do que as partes afetadas costumam admitir.

Não é crível a tese de que o eleitorado tenha se tornado repentinamente favorável à desregulamentação, ao livre mercado e às privatizações. Há, houve e haverá uma parcela do eleitorado com tais convicções. No entanto, lembre-se de que a Sierra e a Amazônia se caracterizaram nos últimos 60 anos por um empresariado fundamentalmente voltado para o mercado interno, que só encontrou produtos de exportação bem-sucedidos no início do século XXI, com flores e brócolis. A Sierra foi a região onde o Estado teve uma presença mais marcante, com emprego público e infraestrutura rodoviária e de comunicações mais desenvolvida. Na Costa, a agroexportação e suas redes de comerciantes intermediários tiveram um forte domínio sobre as estruturas de poder locais, subordinando as redes comunitárias de ajuda mútua, com uma presença estatal mais difusa e intermitente e um maior déficit de infraestrutura. Também foi a região mais duramente atingida pela crise de segurança, violência criminal e rápida infiltração do crime organizado. As tendências políticas divergentes nessas duas regiões têm suas raízes nas estruturas socioeconômicas distintas.

Esse elemento estrutural não mudou substancialmente com a ascensão de Correa ao poder. No entanto, o correísmo abalou as bases das preferências eleitorais regionais. Quando ele ganhou pela primeira vez em novembro de 2006, sua votação seguiu a mesma demarcação tradicional. No segundo turno daquele ano, Correa derrotou o magnata das bananas Álvaro Noboa, pai de Daniel, ganhando nas mesmas províncias e regiões onde o correísmo acabou de perder. O que mudou, então? O eleitorado da Revolução Cidadã se tornou cada vez mais costeiro, e a razão para essa mudança está no fato de que, aproveitando o boom das commodities, os governos de Correa conseguiram levar infraestrutura rodoviária e social para aquelas regiões mais carentes, especialmente na Costa. No norte da Amazônia, uma presença estatal muito aguardada e repetidamente traída foi estabelecida. No sul da Amazônia, onde a população é mais concentrada e a infraestrutura é um pouco menos deficiente, o correísmo se tornou impopular ao tentar estender a exploração de petróleo e mineração em grande escala, competindo e privando as áreas de subsistência da agricultura familiar e da mineração artesanal. Na Costa, uma variedade de caciques políticos locais transitou livremente entre os partidos conservadores tradicionais e a Revolução Cidadã, enquanto os caciques locais da Sierra e da Amazônia se mantiveram afastados.

Na Sierra equatoriana, o eleitorado não apenas está mais ligado a redes familiares e comunitárias mais ativas e autogeridas, mas também a intervenção pública do correísmo pareceu menos atraente. O foco na construção de infraestrutura em uma região que já a possuía atraiu principalmente as classes médias emergentes mais vulneráveis, que passaram a ter acesso a serviços públicos anteriormente ausentes. No entanto, isso teve muito menos apelo para as classes médias consolidadas e para os grupos mais pobres, para os quais a situação mudou muito pouco. Os índices de pobreza estrutural permaneceram inalterados, especialmente nas áreas indígenas e rurais profundamente marginalizadas da Sierra e da Amazônia. O eleitorado correísta na Sierra segue, em média, as divisões sociais dessa região: o correísmo recebe votos das classes médias emergentes vulneráveis, mas tem muito menos impacto entre as classes médias altas e entre os mais pobres. Esses dois últimos grupos sociais têm uma tradição maior de participação, organização e autogestão de seus próprios problemas, e rejeitam mais ativamente o autoritarismo personalista. É difícil encontrar, nos dias de hoje, uma figura política mais patriarcalmente autoritária do que a de Rafael Correa. Em resumo, na Sierra e na Amazônia, os benefícios materiais obtidos com a expansão dos serviços estatais durante os anos de bonança do correísmo não conseguem compensar a combinação de autoritarismo e corrupção associada a seus governos. O voto feminino, tradicionalmente mais resistente a lideranças autoritárias, também tem sido constantemente esquivo desde 2021.

Portanto, o eleitorado da Sierra e da Amazônia, em regiões e províncias tradicionalmente conquistadas pela centro-esquerda e pelo movimento indígena, é o que deu a vitória a Daniel Noboa. Para alcançar seu objetivo, ele teve que adotar um discurso de intervenção estatal e, segundo ele, de "centro-esquerda". Durante a campanha, González teve mais dificuldade em se distanciar de Correa do que Noboa de seu pai. Em ambos os casos, tratou-se de políticos inexperientes que evitaram debates com jornalistas hostis ou discussões em que precisassem aprofundar suas propostas. Eles privilegiaram as visitas a territórios, as redes sociais e os truques publicitários. Foi uma campanha particularmente sem brilho, com atores coadjuvantes.

Noboa governará por um pouco mais de um ano e meio, para concluir o mandato interrompido de Lasso. Esse período será insuficiente para implementar um projeto político ou econômico profundo. Se o governo eleito seguir as mesmas políticas de austeridade de seus antecessores ou mostrar a mesma incapacidade de gestão, o eleitorado que evitou o correísmo enfrentará uma nova série de desilusões. O correísmo poderá então se beneficiar do passar do tempo à sombra de uma sucessão de governos fracassados. Ele também poderá se aproveitar de sua crescente presença no parlamento e do controle de vários governos locais, incluindo Quito e Guayaquil. A mesma batalha eleitoral, talvez com os mesmos nomes, poderá se repetir daqui a um ano e meio.

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