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06 Mai 2023

"O fato, porém, é que muitas vezes a experiência do isolamento causa arrepios à existência e aquele trauma do nascimento e do próprio desmame (com a separação do seio materno, fonte de alimento e de prazer para a criança) carrega-se de valores metafóricos. Assim, por exemplo, a Jerusalém repudiada por Deus e privada de filhos será chamada de 'Abandonada' (Is 62, 4) justamente porque ela mesma abandonou o seu Senhor. E, além disso, como ignorar aquele grito dilacerante de Cristo no cume do Gólgota: 'Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?'”, escreve Gianfranco Ravasi, ex-prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 30-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

O abandono. Giovanni Pagazzi ilumina essa "experiência original e complexa" e recorda o abraço com que Deus acolhe os homens. O título era emblemático, O trauma do nascimento (1924), o autor era o psicanalista Otto Rank, discípulo de Freud, porém dotado de uma originalidade própria que se revelaria justamente no objeto daquele ensaio. Tratava da angústia que inconscientemente envolve o recém-nascido após ter vivido a separação traumática do ventre materno no nascimento e ter entrado naquele oceano que é o espaço e tempo. Ao folhar algum dicionário de psicologia como aquele de Umberto Galimberti, e olhar os índices, logo se descobre que Rank aparece nos verbetes “angústia, ansiedade, parto, separação, trauma” e assim por diante, precisamente porque esse evento arquetípico está na raiz de várias experiências de separação, e talvez explique a ousada definição de Heidegger da pessoa humana como “um ser lançado”.

Bem, no horizonte simbólico radical do abandono, que também tem relevâncias espirituais, se embrenha um teólogo cuja pesquisa segue percursos ramificados que não hesitam em transbordar também em outros caminhos. É Giovanni Cesare Pagazzi (1965) de quem já tratamos no passado nesta nossa página por suas leituras originais de fenômenos e dados antropológicos capitais (a última foi dedicada ao "sono e à fé”). É curioso notar que o verbo bíblico de abandono é o hebraico azab que une em si uma semântica iridescente que, claro, remete à distância, à fratura de vínculos, ao recém-nascido exposto, mas se alarga até definir o divórcio e até mesmo o aborto.

E é justamente a partir das Sagradas Escrituras que o autor inicia seu percurso por uma sequência de passos que pretende lançar luz sobre esta "experiência original e complexa". É solene e caloroso o apelo que Moisés dirige ao Israel do deserto, tentado pelo desespero: “Sede fortes e corajosos; não temais, nem vos atemorizeis diante deles; porque o Senhor vosso Deus é quem vai convosco. Não vos deixará, nem vos desamparará" (Deuteronômio 31,6). Costuma-se dizer que a soma das várias fórmulas bíblicas "Não temer, não ter medo" e afins totaliza 365 recorrências, um número com certeza aleatório, mas que permite ao leitor de hoje imaginar que poderia ser o "Bom dia" que toda manhã Deus dirige a ele, de modo a exorcizar todo pesadelo ou temor.

O fato, porém, é que muitas vezes a experiência do isolamento causa arrepios à existência e aquele trauma do nascimento e do próprio desmame (com a separação do seio materno, fonte de alimento e de prazer para a criança) carrega-se de valores metafóricos. Assim, por exemplo, a Jerusalém repudiada por Deus e privada de filhos será chamada de "Abandonada" (Is 62, 4) justamente porque ela mesma abandonou o seu Senhor. E, além disso, como ignorar aquele grito dilacerante de Cristo no cume do Gólgota: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”. Mas nesse ponto Pagazzi, seguindo uma fórmula que lhe é própria, salta do caminho mais fácil e mais adequado para ele da teologia para embarcar numa aventura no mar nem sempre em calmaria da literatura.

Desfilam assim, Beckett com seu Esperando Godot, onde se espera alguém que nunca virá; Camus com A peste, uma encruzilhada obrigatória para a fé; Green com O poder e a glória onde nos perguntamos: “quem abandonou quem? O padre abandonou Deus ou Deus o padre?”; Shakespeare com Ricardo III, o usurpador que confessa: “não há criatura que me ame”; Kerouac e o ladrão em série, personagem do romance On the road; Mann e a estranheza que reina na Montanha encantada; Heidegger e muitos outros.

Mas um espaço maior, surpreendentemente, é reservado para um árduo e famoso texto, A leste do Éden, de Steinbeck, dominado pela bela, perversa, sedutora e trágica Cathy Ames. A razão para essa escolha é clara: “Uma impiedosa perfídia, em todo o caso não nascida do nada ou de um capricho, mas iniciada e alimentada pela remota sensação de falta, vivida como exclusão e abandono que inspira medo".

Muitos outros são os corolários que irradiam da fonte obscura do trauma primordial vivido por cada um de nós. O autor os segue com grande delicadeza e envolvimento: basta pensar no acúmulo de abandono no órfão, na criança maltratada pela própria família, no idoso, no luto, que é uma “reabertura da antiga ferida”, mas que também está sujeita a remoções e ocultações em uma forma extrema de autodefesa. Pode-se até mesmo concluir que “cavando fundo, mesmo por trás de um delinquente (um pecador) tem um órfão, ou alguém que se sente como um, desde Adão e Eva em diante”.

Muito mais está guardado no volume de Pagazzi que teria merecido na capa – se não tivesse sido abusado até o estereótipo – um dos quadros mais conhecidos de Munch, O Grito, “entre as imagens mais emblemáticas da sensação de abandono”.

O Grito (1893), obra de Edvard Munch (Imagem: Wikicommons)

Deixamos ao leitor a pars construens do ensaio, ou seja, o consolo com que Deus que se apresenta "como uma mãe que consola o filho", ou o convite paulino aos cristãos de Tessalônica: "Consolem-se uns aos outros" entre irmãos e humanos. Nesta subida do abismo tenebroso ao pico luminoso da confiança do abandono inscreve-se também o título da obra: Chi ci separerà? (Quem nos separará?, em tradução livre). É uma pergunta retórica que Paulo dirige aos cristãos de Roma para que superem "a tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo ou espada". De fato, nada “nunca poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (8,35-39).

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