25 Abril 2023
- Entrevista com a freira da Congregação Xavières, Nathalie Becquart, ex-diretora do Serviço Nacional de Evangelização da Juventude;
- Becquart proferiu no Ateneu Universitari Sant Pacià, no dia 22 de março, a conferência 'Construindo uma Igreja de homens e mulheres, missionária e fraterna';
- “Temos que encontrar um caminho, homens e mulheres, todos os batizados, para caminhar juntos: todos somos chamados a ser protagonistas e missionários”;
- “No Sínodo da Juventude nós os escutamos e o que eles querem é ser protagonistas, querem trabalhar para criar um mundo melhor”, afirma.
A entrevista é de Òscar Bardají i Martín, publicada por Religión Digital, 24-04-2023.
A freira da congregação Xavières, Nathalie Becquart, que foi de 2008 a 2018 diretora do Serviço Nacional de Evangelização Juvenil e Vocacional da Conferência Episcopal Francesa, é subsecretária do Sínodo dos Bispos e da primeira mulher a ter direito ao voto.
Nathalie Becquart proferiu no Ateneu Universitari Sant Pacià, no dia 22 de março, a conferência "Construir uma Igreja de homens e mulheres, missionária e fraterna".
Eis a entrevista.
Por que este Sínodo é importante?
Porque temos que encontrar o caminho, homens e mulheres, todos os batizados, para caminhar juntos: todos somos chamados a ser protagonistas e missionários. E todos significam: homens e mulheres, jovens, idosos, sacerdotes, leigos, religiosos e religiosas... Esta é a missão da Igreja sinodal. É um novo estilo, o estilo da escuta, que devemos aprender para podermos discernir juntos.
Qual é a sua responsabilidade?
Trabalhar com o Secretário Geral, Cardeal Grech, acompanhar todas as Igrejas locais para poder seguir este caminho sinodal. Devemos promover a sinodalidade como um estilo para a Igreja em todos os níveis. O chamado de Deus para a Igreja hoje é sinodal, com aquele estilo de escuta, diálogo e discernimento. Portanto, no secretariado geral devemos estar a serviço da obra do Espírito Santo para este Sínodo, que é um processo espiritual, como a oração, a escuta da Palavra de Deus no centro da vida.
Você, que conhece bem as necessidades dos jovens, o que exige da Igreja?
No Sínodo da Juventude nós os escutamos e o que eles querem é ser protagonistas, querem trabalhar para criar um mundo melhor. O que eles querem, portanto, é ter uma Igreja sinodal, não apenas uma Igreja como instituição. Entendemos que é a única forma de fazer a evangelização tendo os jovens como protagonistas. O Papa traçou o seu caminho na exortação apostólica Christus vivit: a pastoral juvenil deve ter uma dimensão sinodal missionária e popular. Por isso este Sínodo é fruto do Sínodo dos Jovens: colocamos a escuta no centro e todos aprendemos a caminhar juntos.
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