Financiamento para a United 4 Rescue, a pressão dos evangélicos sobre o governo alemão

Foto: Guillaume Duez | Divulgação

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16 Novembro 2022

“Não vai se deixar ninguém afogar. Ponto". Para os líderes dos partidos, a Igreja Luterana havia resumido trivialmente assim a questão do resgate dos náufragos no Mediterrâneo, justamente como o slogan da “United 4 Rescue”. Deixando claro que a questão não é apenas uma questão de negociação política entre os líderes europeus, mas também que os navios até agora pagos apenas pelas ONGs também devem ser colocados na conta do Estado, como aliás está escrito no acordo de coalizão entre SPD, Verdes e FDP sobre o aumento do apoio público às operações humanitárias.

A reportagem é de Sebastiano Canetta, publicada por Il Manifesto, 15-11-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Por trás da decisão histórica da Alemanha de financiar as missões da “United 4 Rescue” com 2 milhões de euros por ano até 2026, está o maxi-guarda-chuva de 850 ONGs lideradas pela “Evangelische Kirche in Deutschland” (Ekd) que colocou sua enorme "cobertura" sobre aqueles que salvam vidas no mar.

Obrigando a Comissão de Orçamento do Bundestag e o governo Scholz a estudar o procedimento mais rápido para depositar diretamente no “Bank für Kirche und Diakonie” os fundos para as atividades dos dois navios atualmente cofinanciados pela Edk: “Sea Watch” e “Humanity” a que em 2023 se somará "Sea Watch 5", operacional na primavera de 2023. Afinal, "Gemeinsam Retten" ("Salvar Juntos") é a expressão em alemão que aparece oficialmente ao lado da "United 4 Rescue" fundada pela EKD com centenas de parceiros, incluindo “ProAsyl”, “Campact” e “Médicos sem Fronteiras”.

United 4 Rescue é um sermão transformado em navio”, resume Jürgen Mette, um teólogo evangélico de renome para quem “não há alternativa para os cristãos ajudarem a salvar aqueles que estão se afogando”. E a Edk é a comunidade que representa 19 milhões 725 mil alemães: 23,7% da população.

Praticamente o primeiro partido do país

Liderado por duas mulheres. No topo está a pastora Annette Kurschus, nascida em 1964, teóloga formada em Vestfália que também possui estudos médicos que recentemente se tornaram úteis para explicar aos fiéis como lidar com a emergência do Covid. Mulher mais do que influente: presidente do Conselho da Associação de Imprensa Protestante e do Conselho Supervisor da Sociedade Bíblica, e que faz parte do Conselho da “Westfälische Wilhelms Universität” de Münster.

Por sua vez, quem preside o Sínodo da EDC é Anna-Nicole Heinrich, 26, filha de um motorista de caminhão da RDA, que mora na Baviera com o marido, dividindo um apartamento com outras quatro pessoas.

Formada em Filosofia em Regensburg, há anos trata de ética social: a ciência moral que, junto com a pastora Kurschus, colocou diante dos cientistas da política.

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