"Cada criança marginalizada, abandonada por sua família, sem escolaridade, sem cuidados médicos, é um grito! Um grito que se eleva a Deus e acusa o sistema que nós, adultos, construímos", diz o Papa na mensagem de vídeo.

A reportagem é de Adriana Masotti, publicada por Vatican News, 31-10-2022.

Papa Francisco: rezemos pelas crianças que vivem na pobreza e no abandono por causa de nós adultos

Na mensagem em vídeo de novembro com a intenção de oração, o Papa reivindica os direitos fundamentais dos pequenos e pede que rezem para que possam ter acesso à educação básica e aos serviços e experimentar o amor de uma família: "Seu clamor eleva-se a Deus e não podemos mais permitir que se sintam sozinhos e abandonados”, expostos à violência e à exploração

"Ainda há milhões de meninos e meninas que sofrem e vivem em condições muito semelhantes à escravidão." Esta é a dolorosa observação com a qual o Papa Francisco inicia sua mensagem em vídeo que, através da Rede Mundial de Oração do Papa, indica a toda a Igreja Católica a intenção particular sobre a qual concentrar a oração no mês de novembro.

Cartaz com a intenção de oração de novembro

Foto: divulgação

Os pequeninos não são números, são seres humanos

“Não são números: são seres humanos com nome, com rosto próprio, com uma identidade que Deus lhes deu - continua Francisco -. Muitas vezes esquecemos nossa responsabilidade e fechamos os olhos para a exploração dessas crianças, que não têm o direito de brincar, estudar, sonhar. Não têm nem o aconchego de uma família”.

Um grito que sobe a Deus

O Papa Francisco destaca que há responsabilidades precisas por trás da dramática situação dessas crianças esquecidas, que vivem diariamente a rejeição, pobreza, pobreza e conflitos de todos os tipos, sem ter a possibilidade de crescimento e desenvolvimento e sem acesso aos direitos mais básicos:

"Cada criança marginalizada, abandonada pela família, sem educação, sem assistência médica, é um grito! Um grito que se eleva a Deus e denuncia o sistema que nós, adultos, construímos. Uma criança abandonada é nossa culpa"

O direito de estudar, sonhar e sentir o carinho de uma família

Francisco faz um forte apelo para que haja uma consciência real das condições extremas em que esses meninos e meninas vivem no mundo. “Não podemos mais permitir que se sintam sozinhos e abandonados: devem receber educação e sentir o amor de uma família, para saber que Deus não os esquece”. Eis então o convite à oração:

Rezemos para que os meninos e meninas sofredores - os que vivem nas ruas, as vítimas das guerras, os órfãos - tenham acesso à educação e redescubram o afeto de uma família.

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