• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Soberania alimentar, permite que os povos sejam livres: o desafio é aplicá-la corretamente. Artigo de Carlo Petrini

Foto: Freepik

Mais Lidos

  • O desastre de uma megaoperação no Alemão e na Penha de um governo que terceiriza o seu comando. Artigo de Jacqueline Muniz

    LER MAIS
  • Bolsonarismo pode eleger 44 senadores em 2026 e se tornar majoritário, diz Real Time Big Data

    LER MAIS
  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

25 Outubro 2022

"Apoiar a soberania alimentar significa colocar-se contra as práticas iníquas e danosas da praticadas pela agroindústria (monocultura, uso intensivo de produtos químicos sintéticos, alimentos ultraprocessados), bem como por boa parte da distribuição em larga escala; colocando no centro, em vez disso, o direito ao alimento saudável e nutritivo para todos, juntamente com os direitos humanos fundamentais e a saúde do planeta", escreve Carlo Petrini, fundador do Slow Food, ativista e gastrônomo, sociólogo e autor do livro Terrafutura (Giunti e Slow Food Editore), no qual relata suas conversas com o Papa Francisco sobre a "ecologia integral” e o destino do planeta, em artigo publicado por La Stampa, 24-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Nas últimas horas fala-se muito em soberania alimentar, já que os dois termos foram colocados lado a lado no novo ministério com a palavra "agricultura". Isso só pode me agradar porque a soberania alimentar é a base do trabalho do Slow Food há trinta anos. Por isso que gostaria de esclarecer sua gênese e significado profundo; trata-se de um conceito importante, essencial para o futuro da humanidade e que não deve ser confundido nem com soberanismo nem com autarquia.

Em primeiro lugar, é uma expressão que surge e evolui da experiência e análise crítica de grupos de agricultores à luz dos efeitos causados pelas mudanças nas políticas agrícolas durante os últimos vinte anos do século passado. Corria o ano de 1986 e a elite da política internacional reunida em Genebra decidiu, numa sessão plenária da Organização Mundial do Comércio, incluir a produção primária no Acordo Geral de Tarifas Aduaneiras e do Comércio.

A partir desse momento, também as escolhas relativas à produção e comercialização de alimentos, meio ambiente, acesso à terra e à cultura ligada à vida nos campos, estariam sujeitas às regras neoliberais do mercado internacional. Como contrarresposta, em nível global começaram a se formar movimentos de base do mundo camponês com o objetivo de defender o verdadeiro valor dos alimentos não como uma mercadoria a ser comercializada, mas como um direito humano a ser garantido e protegido.

Nascido na sociedade civil, esse conceito passou a fazer parte do vocabulário institucional internacional em 1996, quando algumas organizações internacionais reunidas na FAO em Roma lhe conferiram uma definição exaustiva. O princípio fundamental é a autodeterminação dos povos na escolha de suas políticas agrícolas para que estejam em sintonia com o tecido ecológico, econômico e social e garantam o acesso a alimentos saudáveis, nutritivos e culturalmente apropriados.

Ao longo dos anos, o conceito de soberania alimentar foi testemunhado por milhões de agricultores em todos os continentes. A organização Via Campesina fez dele a bandeira de sua luta. Nossa própria rede Terra Madre, que se reuniu em Turim há apenas um mês, é uma expressão viva disso: em defesa da biodiversidade e da dignidade dos povos. O Estado do Equador a consagra na constituição (Art. 281) como uma obrigação do Estado, e as Nações Unidas a identificam como uma pré-condição necessária para alcançar o objetivo estratégico "Fome Zero" da Agenda 2030.

Apoiar a soberania alimentar significa colocar-se contra as práticas iníquas e danosas da praticadas pela agroindústria (monocultura, uso intensivo de produtos químicos sintéticos, alimentos ultraprocessados), bem como por boa parte da distribuição em larga escala; colocando no centro, em vez disso, o direito ao alimento saudável e nutritivo para todos, juntamente com os direitos humanos fundamentais e a saúde do planeta. Significa reconhecer o papel fundamental dos pequenos produtores de todos os tipos, pequenos agricultores e agricultores familiares, com mulheres (principais guardiãs da soberania alimentar das famílias no mundo) e jovens (dos quais dependerá a alimentação do futuro), em primeiro plano.

Também é reivindicar a importância das práticas agroecológicas, com maior facilidade de acesso a terra, água e sementes; contra a monocultura e as práticas extrativistas. Além de afirmar a importância de fortalecer os sistemas alimentares enraizados no território em relação às cadeias de abastecimento globais que se mostraram em toda a sua vulnerabilidade, primeiro com o Covid-19 e depois com o conflito na Ucrânia.

Se aplicada corretamente, a soberania alimentar cria uma tensão positiva entre dimensão local e global e permite que os povos sejam verdadeiramente livres na escolha do que produzir e consumir, colocando no centro o bem-estar das pessoas e do planeta. Acrescento: é tão importante e transversal que não deveria ser privilégio do ministério das políticas agrícolas. Deveria fazer parte, por exemplo, do ministério do meio ambiente que administra os recursos naturais defendendo a biodiversidade e os ecossistemas.

Do ministério para as políticas sociais porque hoje a fome não é sinônimo de indisponibilidade de alimentos, mas de falta de recursos para ter acesso a eles. Assim como aquele da saúde, porque a má nutrição é a causa crescente de doenças graves como diabetes, problemas cardiovasculares, obesidade e tumores. A soberania alimentar, portanto, não quer ser nem um conceito nostálgico e antiquado (o café de chicória não voltará a ser o único disponível), nem um fechamento em relação ao mundo exterior (continuaremos a comer bananas e abacaxis). Nesta fase é essencial compreender os verdadeiros significados das palavras, caso contrário será muito difícil pegar em falta aqueles que propositalmente poderiam fazer um uso diferente delas.

Leia mais

  • Carlo Petrini desafia a Amazon: “Pessoal, boicotem-na”
  • Fome de justiça. Uma conversa de Carlo Petrini, fundador do Slow Food, com Olivier De Schutter, presidente do IPES-Food
  • A crise alimentar. Por um novo modelo de produção. Revista IHU On-line Edição 258
  • A felicidade tem o coração verde. Entrevista com Gaël Giraud e Carlo Petrini
  • Slow Food, a virada de Petrini: “Um agricultor de Uganda”
  • Slow Food, Petrini passa o bastão ao ugandês Mukiibi
  • A utopia alimenta-se de pão. Artigo de Carlo Petrini e Carolyn Steel
  • “A política que rege a produção agrícola é insalubre e perigosa.” O objetivo deve ser a soberania alimentar. Entrevista com Carlo Petrini
  • Aquisição de Terras por Investidores Estrangeiros – Riscos à Soberania e Segurança Alimentar
  • A Soberania Alimentar abre caminho no mundo
  • Desperdício e perda de alimentos. Revista IHU On-line Edição 452
  • Agricultura inteligente em termos climáticos pode alimentar 10 bilhões
  • Apoiar os mercados territoriais e ampliar as compras públicas de alimentos da agricultura familiar são os caminhos para combater a fome
  • Papa à FAO: alimentos não são mercadorias, mas um dom de Deus
  • Alimento e nutrição no contexto dos Objetivos do Milênio. Revista IHU On-line Edição 442
  • “Os alimentos são importantes demais para serem deixados nas mãos de milionários”. Entrevista com Vandana Shiva
  • Agricultura familiar desempenha papel central na conquista de objetivos globais
  • O supermercado “global” alimenta as desigualdades
  • FAO: “Na América Latina e no Caribe há fome não por falta de alimentos, mas por desigualdade”
  • Slow Food, economia local e comunitária: antídotos ao soberanismo. Entrevista com Carlo Petrini

Notícias relacionadas

  • Por uma defesa internacional de direitos das/os camponesas/es

    "Vítimas de opressão socioeconômica e cultural, criminalização, prisões arbitrárias, violentos desapossamentos de terra, to[...]

    LER MAIS
  • Reflorestamentos que produzem alimentos

    Projeto tem finalidade de apoiar a diversificação dos cultivos graças à árvore de moju (Brosimumalicastrum), espécie nativa [...]

    LER MAIS
  • Na paz do Mosteiro de Bose. Artigo de Carlo Petrini

    Os tempos da vida monástica cadenciam as horas de trabalho, de oração e de repouso. E os hóspedes da comunidade encontram ness[...]

    LER MAIS
  • O agricultor que pode salvar as nossas terras. Artigo de Carlo Petrini

    O Manifesto pela Terra e pelo Homem de Pierre Rabhi (foto) é um verdadeiro programa político.A opinião é de Carlo Petrini, che[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados