O semanário ‘Paris Match’ lança a campanha pré-conclave do cardeal Robert Sarah

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13 Julho 2022

 

“As notícias recentes sobre o enfraquecimento da saúde do Papa Francisco reabriram o tema da sucessão, que estará onipresente durante o consistório deste verão”. Essa é a única explicação que sustenta Arnaud Lagardère e Constance Benqué, respectivamente, diretor e presidente da Lagardère News, editora da revista semanal Paris Match, a darem a capa da última publicação para o cardeal Robert Sarah.

 

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 08-07-2022. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

De acordo com uma nota editorial, recolhida pelos principais meios de comunicação franceses, os jornalistas estão preocupados que “as posições mais controversas de Robert Sarah tenham sido ignoradas”. Um sentimento que a administração da Lagardère não compartilha.

 

“Uma Escolha Perigosa”

 

De fato, a capa da revista, onde o homem que tentou se aliar ao Papa emérito Bento XVI contra o Papa Francisco, o apresenta em sua manchete como “um homem de influência e paz”.

 

A associação de jornalistas lamenta que a capa seja dedicada a ele, uma “escolha perigosa” em relação a um prelado “pouco conhecido do grande público”, mas que “defende posições muito controversas”.

 

“Embora não discutamos o interesse do assunto dentro da revista (...), nos preocupa que as posições mais polêmicas do cardeal Sarah tenham sido discretamente esquecidas”, denuncia a comissão de jornalistas, que temem que as mudanças na participação acionária da emblemática empresa de comunicação teve a ver com a decisão de dar tanto destaque ao cardeal ultraconservador.

 

“No contexto da oferta de aquisição da Lagardère pela Vivendi, todos esperamos que não envolva uma mudança editorial que coloque em risco nossa independência”, disse o editor-chefe, temendo que “não sejam compartilhados” pela empresa Lagardère.

 

Os novos donos e a extrema-direita

 

De qualquer forma, meios de comunicação tão conceituados quanto o Le Monde apontam que “o Grupo Vivendi, do bilionário conservador Vincent Bolloré, tornou-se no ano passado o maior acionista do grupo Lagardère, que também é dono do Le Journal du dimanche e do Europe 1. A emissora havia sofrido com muitas demissões voluntárias e forçadas após o anúncio da fusão com o canal CNews, o que contribuiu para a ascensão do debatedor de extrema-direita Eric Zemmour, que se tornou candidato à presidência.

 

Não esqueçamos que também no Vox, da Espanha, o cardeal Sarah é um dos cardeais de referência em sua visão do catolicismo, muito longe do que eles percebem ser a visão do “cidadão Bergoglio”, como já apontou o líder do partido Santiago Abascal.

 

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