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Caminho do fracasso: Brasil tem uma das menores taxas de investimento do mundo. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Foto: Stephen Leonardi | Unsplash

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20 Junho 2022

 

"Maiores taxas de investimento são fundamentais para a criação de emprego e, especialmente, para se atingir a bandeira do 'Pleno emprego e trabalho decente'", escreve José Eustáquio Diniz Alves, demógrafo e pesquisador em meio ambiente, em artigo publicado por EcoDebate, 15-06-2022.

 

Eis o artigo. 


O aumento das taxas de investimento é a variável mais importante para explicar o desenvolvimento econômico e social dos países. Nas sociedades tradicionais e pobres, a estrutura produtiva tinha uma base agrária e rural, com baixo nível de produtividade. Havia baixa formação de capital fixo, atraso tecnológico e baixo nível de escolaridade.

 

O desenvolvimento econômico e a criação de uma sociedade urbano-industrial, com níveis crescentes de produtividade, renda e bem-estar só ocorre quando as taxas de poupança e investimento do país começam a subir e atingem, no mínimo, uma percentagem em torno de 25% do PIB. Quanto maiores forem as taxas de investimento (e também a qualidade das inversões produtivas) maiores serão as taxas de crescimento econômico e mais rápido uma nação pode conseguir atingir alta competitividade internacional e alto padrão de bem-estar.

 

Historicamente, as maiores taxas de investimento no Brasil (em torno de 25% do PIB) ocorreram na década de 1970 e, não por coincidência, foi o decênio onde ocorreram as maiores taxas de crescimento econômico. A partir dos anos de 1980 as taxas de investimento do Brasil, em vez de aumentar, diminuíram e ficaram abaixo da média mundial, conforme mostra o gráfico abaixo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

Nos 40 anos, entre 1988 e 2027, o mundo apresentou taxas de investimento em uma média anual de 25,2% do PIB, enquanto o Brasil apresentou média d 18,6% ao ano. As taxas de investimento do Brasil são uma das mais baixas do mundo. Já a China é o país com maiores taxas de investimento do mundo (uma média de 40,9% ao ano entre 1988 e 2027) e, sem surpresa, o gigante asiático é o país que apresentou as maiores taxas de crescimento econômico e de redução da pobreza de todos os tempos. A Coreia do Sul era bem mais pobre do que o Brasil e hoje em dia faz parte do clube das nações ricas, pois apresentou taxas anuais de investimento de 33,3% do PIB nestes 40 anos em questão.

 

(Gráfico: FMI/WEO)

 

A Índia e o Vietnã apresentam altas taxas de crescimento econômico devido às altas taxas de investimento. O Vietnã deixou para trás as baixas taxas dos anos 80 e tem apresentado taxas de investimento acima de 30% do PIB. Mesmo na América Latina, o Chile e a República Dominicana que tinham renda per capita menor do que a brasileira, ultrapassaram o Brasil porque mantiveram taxas de investimento mais elevadas.

 

O gráfico abaixo mostra a correlação entre a média anual das taxas de investimento e das taxas de crescimento do PIB no período 2011 a 2022. Fica claro que os países com maiores taxas de investimento (como a China) apresentam as maiores taxas de crescimento econômico, enquanto as menores taxas de investimento (como o Brasil) resultam em menores taxas de crescimento econômico e menor nível de crescimento da renda per capita.

 

(Gráfico: FMI/WEO)

 

Maiores taxas de investimento são fundamentais para a criação de emprego e, especialmente, para se atingir a bandeira do “Pleno emprego e trabalho decente”. Como a riqueza das nações depende da ampliação do emprego e da divisão do trabalho, como mostraram Adam Smith e Karl Marx, os países ficam ricos quando há altos níveis de investimento, que geram aumento do emprego, que geram aumento da riqueza.

 

Além de aumentar a produtividade do trabalho e dos fatores de produção, as altas taxas de poupança e investimento também aumentam a competitividade internacional da economia (favorecendo a valorização da taxa de câmbio no longo prazo) e possibilitam o equilíbrio das contas públicas e o controle da inflação.

 

O Brasil, na maior parte do século XX era uma nação emergente com crescimento superior ao da média mundial, pois tinha uma população em alto crescimento, uma alta migração rural-urbana e maiores taxas de investimento no setor industrial e de serviços. Mas a partir de 1981, estes vetores do crescimento diminuíram e o Brasil passou a ficar preso na “armadilha do baixo crescimento” se tornando uma nação submergente, como mostrei no livro, “Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI” (ALVES, 2022).

 

A tabela abaixo, com dados do FMI de abril de 2022, mostra as taxas de investimento, como percentagem do PIB, para o ano de 2022. A posição do Brasil no ranking é alarmante, pois entre os 168 países com dados disponíveis, o Brasil aparece em 145º lugar. Ou seja, o Brasil tem taxas de investimento menores do que todos os países mais ricos e menores inclusive de países muito mais pobres como Cabo Verde, Butão, Senegal, Bangladesh, etc.

 

(Tabela: Reprodução | EcoDebate)

 

Se o Brasil não conseguir aumentar as taxas de poupança e investimento não conseguirá incrementar o processo de geração de emprego e renda e não conseguirá aumentar a produtividade dos fatores de produção e a competitividade internacional. Segundo o FMI, a renda per capita, em poder de paridade de compra, de 2022 e menor do que a renda de 2010 e o Brasil só voltará a atingir a renda per capita de 2013 em 2028. Portanto, o Brasil já vive uma terceira década perdida e enfrenta uma estagnação e uma regressão das condições de vida. A pobreza e a fome voltaram a apresentar tendência de elevação e o Brasil está preso na “armadilha da renda média”.

 

Mais investimento significa mais trabalho, que significa mais geração de renda, mais proteção dos ecossistemas e menores níveis de pobreza humana e ambiental. Devido à baixa taxa de formação bruta de capital fixo, o Brasil está passando por um processo de “especialização regressiva” e de desindustrialização. Em consequência, está ampliando os mais diversos problemas da sociedade e os desafios da anomia social. Este quadro tende a se agravar com o rápido processo de envelhecimento populacional. A população em idade produtiva já cresce menos do que a população total e o bem-estar só será atingido com o aumento do excedente por trabalhador.

 

Tanto o setor privado, quanto o setor público precisam atuar para reverter o fracasso das últimas 4 décadas. Os erros da política macroeconômica agravaram a situação. A crise fiscal é um grande empecilho para a retomada das inversões estatais. Aumentar as taxas de poupança e investimento é a tarefa prioritária do novo governo e os candidatos aos cargos eletivos de 2022 deveriam apresentar um plano para o Brasil sair desta situação de subdesenvolvimento e de falta de dinamismo da capacidade produtiva brasileira.

 

Referência


ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI (com a colaboração de GALIZA, F), ENS, maio de 2022. Disponível aqui. 

 

Leia  mais

 

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