O Papa Francisco não menciona Putin, mas descreve sua situação e modo de agir: uma verdadeira advertência aos “tristes homens poderosos presos a anacrônicas pretensões nacionalistas”

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04 Abril 2022

 

Palavras não comuns as que o Papa dirige a Putin, com um acréscimo significativo: em estudo uma minha viagem a Kiev.

 

A reportagem é publicada por Il Sismografo, 02-04-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

O Papa Francisco, há pouco em seu discurso às autoridades de Malta e ao Corpo diplomático, na capital Valleta, dirigiu aos presentes um discurso muito articulado e bem elaborado durante o qual recordou os "refugiados maltratados da Ucrânia" e, em seguida, pronunciou a palavra guerra 10 vezes, inspirando-se em Homero. Aqui estão as palavras do Papa sobre as lideranças tristes, presas e obcecadas pelos nacionalismos. Essas expressões de Francisco parecem ser dirigidas de forma precisa e pontual a Vladimir Putin na eventualidade – certa – de serem lidas e interpretadas precisamente desta forma.

"Finalmente, há o vento que vem do leste, que muitas vezes sopra ao amanhecer. Homero o chamava de ‘Euro’ (Odisseia V, 379.423). Mas justamente do leste da Europa, do Oriente onde nasce primeiro a luz, vieram as trevas da guerra. Pensávamos que invasões de outros países, lutas brutais nas ruas e ameaças atômicas fossem lembranças sombrias de um passado distante. Mas o vento gélido da guerra, que traz apenas morte, destruição e ódio, abateu-se com prepotência sobre as vidas de tantas pessoas e sobre o dia a dia de todos. E enquanto mais uma vez algum poderoso, tristemente preso às anacrônicas pretensões de interesses nacionalistas, provoca e fomenta conflitos, as pessoas comuns sentem a necessidade de construir um futuro que, ou será juntos, ou não será. Agora, na noite da guerra que caiu sobre a humanidade, não façamos desaparecer o sonho da paz”.

Impressiona bastante ler em um discurso do Papa uma frase como esta: "E enquanto mais uma vez algum poderoso, tristemente preso às anacrônicas pretensões de interesses nacionalistas, provoca e fomenta conflitos" - que não apenas expressa claramente conceitos unívocos e precisos, mas também usa uma linguagem que visa descrever comportamentos e projetos de uma pessoa específica, ainda que evitando o nome e o sobrenome.

A essas passagens do discurso do Papa devemos acrescentar, para uma leitura completa e circular, as palavras do Papa Francisco no avião, respondendo a uma pergunta: está sendo estudada uma viagem a Kiev.

 

 

 

 

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