05 Outubro 2021
Ao anunciar sua despedida dos ringues, depois de 26 anos de carreira, o boxeador evangélico Manny Pacquiao, 42 anos, quer disputar a presidência das Filipinas nas eleições de 2022 pelo partido PDP-Laban, o mesmo do atual presidente, Rodrigo Duterte. Pacquiao defende a pena de morte para crimes violentos e tem uma posição conservadora sobre homossexualidade. Se eleito, ele se compromete a enviar políticos corruptos para uma megaprisão, que construirá para eles.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
“Hoje, aceito com ousadia o desafio de concorrer como presidente da República das Filipinas, com uma mensagem para aqueles que estão se aproveitando do povo filipino: seu tempo acabou!” – escreveu no Instagram. “Precisamos vencer contra a pobreza. Precisamos que [o] governo sirva nosso povo com integridade, compaixão e transparência. A hora é agora”, prometeu.
Pacquiao foi eleito deputado em 2010 e senador em 2016. Como Duterte não poderá disputar a reeleição, Pacquiao deverá concorrer à indicação partidária, provavelmente, com a filha do presidente, Sara Duterte. Pacquiao disse que dará continuidade à política do atual mandatário, de baixa tolerância ao tráfico de drogas, mas o fará de “forma limpa, (sem violar) os direitos dos indivíduos”. Nos primeiros 100 dias do seu mandato, a polícia do governo de Rodrigo Duterte matou 3,5 mil alegados traficantes.
Como boxeador, Pacquiao somou 72 lutas, 62 vitórias, oito derrotas e dois empates. Ele tem 12 títulos mundiais, é o lutador mais velho a conquistar um título mundial e o único da história a ganhar títulos em oito categorias de peso. “Cheguei a este ponto em minha carreira pela graça de Deus. Foi Ele quem me deu forças para lutar”, testemunhou.
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Filipinas. Atual senador, atleta evangélico, se apresenta como candidato à presidência - Instituto Humanitas Unisinos - IHU