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Papa Francisco beija a tatuagem no braço de Lidia. (Foto: Vatican Media)

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28 Mai 2021

 

"O Holocausto continua um buraco negro na história, porque é inconcebível, incompreensível de forma absoluta. Não podemos entender, muito menos tentar nos colocar no lugar. O que nos resta fazer, tantos anos depois e ainda bem longes de ter introjetado aquele capítulo da história em nossa consciência de italianos, europeus e membros da raça humana, é usar justamente aquela gentileza do Papa ali. Indispensável para ouvir, talvez no silêncio de um mudo abraço, a voz dos sobreviventes ainda entre nós", escreve Elena Loewenthal, escritora italiana, estudiosa do judaísmo, em artigo publicado por La Stampa, 27-05-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Um homem se inclina, segura com gentileza a mão de uma mulher e pousa um leve beijo no dorso, com a ponta dos lábios. Um gesto de cavalheirismo do passado, que hoje nos deixa confusas, mesmo que lisonjeadas, nos raros casos em que acontece.

 


Papa Francisco beija a tatuagem de Lidia. (Foto: Vatican Media)

 

Mas se o homem é o Papa Francisco e a mulher é Lidia Maksymowicz, uma senhora polonesa de origem bielorrussa que sobreviveu ao campo de concentração, o gesto é outra coisa. E, além disso, o beijo não pousa na mão, não, mas no número infame que Lídia tem tatuado no braço. E logo após aquele beijo, Lídia joga os braços em volta do pescoço do Papa e quase o abraça. Tudo se passa em poucos segundos intensos, mas é como se a brevidade do momento deixasse um imenso espaço em branco a ser dedicado à busca do significado, aos pensamentos e às perguntas que o gesto suscita em todos nós.

 

Papa Francisco e Lidia Maksymowicz. (Foto: Reprodução do Twitter)

 

A primeira coisa que fica impressa na gente, daquela cena, é a doçura. Não há nada de abrupto ou drástico. É como se nos dissesse: veja bem, esse gesto não pretende nada. Não quer impor uma virada à história ou contar algo que ninguém nunca tinha ouvido antes. Enfim, não é um gesto que nasce para se tornar simbólico, público. Muito menos exige algo de Lidia, e menos ainda nos parece um pedido de perdão. Porque, além disso, há algo de profundamente íntimo naquela troca feita de pouquíssimas e inaudíveis palavras. Por quê? Porque aquele gesto do Papa é, em primeiro lugar, um ato de gentileza. Entendida não como cortesia formal ou respeito pelas convenções - nada a ver com o galante beija-mão hoje praticamente extinto, é claro. É preciso tempo, é preciso um empenho de escuta "visual" para captar a essência daquele gesto: isto é, o ato de gentileza gratuita que o chefe da Igreja Católica, representante do divino na terra, reserva para uma mulher idosa que muitos anos atrás esteve naquele inenarrável inferno de dor e injustiça.

Mas, que fique bem claro, é precisamente em sua natureza de gentileza que reside todo o significado histórico daquele momento. O que não é um símbolo, mas uma lição de humanidade - em sentido moral e intelectual. Porque aquela gentileza, aquela disposição de espírito que toma corpo ao curvar-se, segurar a mão e imprimir um leve beijo no dorso daquele braço, onde os números do horror ainda estão impressos mesmo que desfocados pelo tempo, é o pressuposto necessário para se aproximar daquela experiência. Nenhum de nós, ninguém que não tenha estado naquele abismo, jamais será capaz de entender ou mesmo tentar entender o que aquelas mulheres e homens passaram, o que sentiram, viveram, temeram, esperaram.

O Holocausto continua um buraco negro na história, porque é inconcebível, incompreensível de forma absoluta. Não podemos entender, muito menos tentar nos colocar no lugar. O que nos resta fazer, tantos anos depois e ainda bem longes de ter introjetado aquele capítulo da história em nossa consciência de italianos, europeus e membros da raça humana, é usar justamente aquela gentileza do Papa ali. Indispensável para ouvir, talvez no silêncio de um mudo abraço, a voz dos sobreviventes ainda entre nós. Não menos indispensável para apropriar-se daquela história, para reconhecê-la como parte de um passado incômodo, intolerável, mas comum.

Aqui está, o gesto do Papa conta tudo isso. Não pretende ser um pilar na história das relações entre judeus e cristãos, muito menos constituir um ponto firme na revisão histórica daquele passado recente. É, simples e grandiosamente, um ato daquela gentileza indispensável para ser e permanecer humanos diante da dor inenarrável, de uma experiência como aquela do Holocausto que não há como compartilhar ou compreender, mas que diz respeito a todos nós.

 

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