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Dante, profeta da esperança. Entrevista com Gianfranco Ravasi

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24 Março 2021

 

“Dante é realmente um profeta da esperança, como o Papa Francisco o considera. Em tempos de pandemia, vivemos um período de dor, medo e desconforto. Dante também viveu um período assim, e mostrou-nos como a grande poesia e a fé podem florescer mesmo numa terra devastada”. O cardeal Gianfranco Ravasi sorri, “a Divina Comédia é uma viagem, um grande caminho que começa no dia 25 de março”, e justamente na quinta-feira será publicada a Carta Apostólica Candor Lucis æternæ do Papa Francisco, dedicada a Dante Alighieri: a referência é à “candura da eterna luz” que Dante, no terceiro tratado do Convivio, cita do Livro da Sabedoria. Na tradição da Igreja, 25 de março é o dia da Anunciação e também da morte de Jesus, a data próxima ao equinócio da primavera indicada por Dante (mas há quem opte pela Sexta-feira Santa de 1300, ou seja, o 8 de abril) como o dia de início da Comédia. O texto do Papa, como as iniciativas programadas pelo Pontifício Conselho para a Cultura liderado pelo cardeal Ravasi, mostram toda a atenção da Santa Sé por Dante, no 700º aniversário de sua morte.

A entrevista é de Gian Guido Vecchi, publicada por Corriere della Sera, 23-03-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis a entrevista.

 

Eminência, o que nos conta, hoje, esta viagem?

O que rege o caminho de Dante, o nosso caminho, é a esperança. A viagem começa no Inferno, no realismo do subsolo, no lodo da história, a terra como “O canto estreito, em que homem se gloria” vista do alto do Paraíso, no canto XXII. Mas não acaba com a dor irremediável dos círculos e fossas. No Purgatório está a representação simbólica da passagem do pecado à catarse à libertação, do entrelaçamento entre graça divina e liberdade humana. Por exemplo, quando no canto terceiro coloca em cena a figura de Manfredi, que foi trespassado por dois golpes de espada...

 

“... que quando verde a esperança lhe floresce”.

Exatamente assim. Manfredi, filho ilegítimo de Frederico II, foi excomungado. E enquanto está morrendo ele se volta para "aqueles que perdoa", para Deus. São versos fundamentais: "Fui de horrendos pecados criminoso/Mas a bondade Infinda acolhe abraça/Quem perdão lhe suplica pesaroso". Esta é a parábola do filho pródigo: até o fim, o Pai estende seus braços. Dante, além de grande poeta, é um grande cristão. E ele está em casa no Vaticano...

 

Em que sentido?

Na Stanza della Segnatura, Rafael o representa duas vezes. Na chamada Disputa do Santíssimo Sacramento, síntese da doutrina trinitária, ele aparece entre Agostinho e Tomás de Aquino, como um teólogo que anuncia a verdade divina. A segunda imagem, com seu perfil severo, retrata-o no Parnaso como poeta, com Homero e Virgílio: a via pulchritudinis, a beleza que fala até aos que não acreditam. A dupla interpretação é interessante: Deus deu a ele o dom da poesia e o encarregou de dizer a verdade. O belo e o verdadeiro unidos.

 

Francisco é o terceiro Papa a escrever um texto oficial tão importante sobre Dante.

Sim, o primeiro foi Bento XV: em 1921 compôs uma encíclica, In Praeclara Summorum. Mas o Papa que definitivamente cantou mais Dante é Paulo VI, que em 1965 lhe dedicou a Carta Apostólica Altissimi cantus, um texto belíssimo. Por um lado, escrevia “Dante é nosso”, não como um troféu, mas para afirmar a sua universalidade e para dizer que aí se descobrem os tesouros do pensamento e do sentimento cristão. Por outro lado, admitia: “Tampouco lamente-se recordar que a voz de Dante se ergueu dura e severa contra mais de um Pontífice Romano e teve amargas reprimendas por instituições eclesiásticas e por pessoas que foram ministros e representantes da Igreja”.

 

De fato, na "Comédia" os papas abundam no inferno: no terceiro fosso dos simoníacos, fincados de cabeça para baixo em um poço ocupado por vários antecessores, Nicolau III ilude-se que Bonifácio VIII tenha chegado antecipadamente e anuncia Clemente V...

Sim, também coloca ali Papas ainda vivos! Além disso, durante os anos do Concílio eu estava em Roma e recordo que Paulo VI queria dar a todos os padres reunidos nas Assembleias uma edição da Divina Comédia ...

 

Sobre a corrupção da Cúria e da Igreja é muito severo: "A prostituta e o novo monstro infando", escreve no canto XXXII do Purgatório. Talvez não seja por acaso que os Papas escreveram a respeito apenas após o fim do poder temporal: era constrangedor para a Igreja?

Provavelmente sim. Claro que era celebrado: foi Júlio II quem chamou Rafael, que talvez Dante também tivesse posto no inferno! Mas ele se mantinha um tanto à distância. Era difícil elaborar a crítica geral sobre a corrupção da Igreja: por isso o dom de Paulo VI aos padres conciliares foi muito significativo.

 

Dante é belíssimo de ler, mas não é fácil...

Michelangelo dizia dele: “Homem como ele maior nunca nasceu”. Desdobra uma infinidade de temas teológicos, filosóficos, astronômicos, históricos ... Haveria uma infinidade de coisas a dizer. Vamos pensar na centralidade das figuras femininas, Maria, Beatriz, Lúcia ... Ou na visão da Trindade, no final do Paraíso, que no centro "apareceu-me pintada a nossa efígie": a nossa imagem, a imagem de Cristo, o sentido de ser no rosto humano ... Quem não tem pelo menos um conhecimento essencial de teologia não pode percorrer plenamente esta viagem. Eu convidaria a cultura contemporânea a não considerar a teologia uma coisa marginal, velha, gasta...

 

Isso acontece?

Infelizmente sim. Mas aqui vemos o poder de um pensamento que se torna poesia. Dante mostra a importância do pensamento cristão na cultura secular. E é dramático que haja uma tendência de ensiná-lo de maneira superficial nas escolas. Talvez você possa escrever notas explicativas, mas você tem que fazer as pessoas entenderem a paixão que animava Dante: um homem de fé fervoroso e indefectível. Não permite que você decole da realidade: existe o inferno, representou todos os vícios e as tragédias da história. E, além disso, há o poder da transfiguração, o "transumanar" da redenção cristã. Ele viveu disso.

 

O que Dante diz à Igreja, ainda hoje?

A autenticidade da mensagem, sem compromissos mundanos. E a coragem da sinceridade, mesmo na autocrítica. É a parrésia que Francisco nos indica, um sinal de liberdade interior e de conversão.

 

Um poeta é celebrado quando o lemos. O que diria para convidar à sua leitura?

As palavras confessadas por Jorge Luis Borges, o grande poeta argentino que Francisco conheceu, sobre a Divina Comédia: “Ninguém tem o direito de se privar desta felicidade”.

 

Leia mais

  • Papa “beatificará” Dante com carta apostólica sobre sua riqueza teológica. Entrevista com Gianfranco Ravasi
  • Dante, poeta do Absoluto e das metáforas divinas. Entrevista especial com Didier Ottaviani. Revista IHU On-Line, Nº. 419
  • Divina Comédia. A relação entre poesia e Deus. Entrevista especial com Massimo Pampaloni. Revista IHU On-Line, Nº. 301
  • Dante: um poeta extremamente autobiográfico. Entrevista especial com Eduardo Sterzi. Revista IHU On-Line, Nº. 264
  • A Cocanha como utopia e Dante como poeta do Absoluto. Entrevista especial com Hilário Franco. Revista IHU On-Line, Nº. 198
  • Os 750 anos de Dante e a catolicidade da Divina Comédia. Artigo de Gianfranco Ravasi
  • Quando um papa reabilitou Dante: ''É o sumo poeta católico''
  • O São Francisco de Dante e Giotto
  • 700 anos da morte de Dante Alighieri. Cardeal José Tolentino Calaça de Mendonça: “Ler a Comédia com os olhos de hoje é frequentar uma escola de humanidade e esperança”

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