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Brasil é laboratório de um capitalismo destrutivo e incapaz de controlar o mercado, afirma Jessé Souza

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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07 Outubro 2020

“Bolsonaro teve todo o tempo para se preparar e aprender com o exemplo alheio, mas preferiu não fazer nada”, diz sociólogo.

A reportagem é de Leonardo Miazzo, publicada por CartaCapital, 06-10-2020.

Os movimentos negacionistas que despertam a atenção em meio à pandemia do novo coronavírus representam um novo fenômeno e têm participação direta da extrema-direita dos Estados Unidos. A opinião é do sociólogo Jessé Souza, autor de livros como “A Elite do Atraso”, “A Classe Média no Espelho” e, mais recentemente, “A Guerra Contra o Brasil”.

“O objetivo é a formação de um novo consenso social e político abertamente reacionário, por meio precisamente da propagação da mentira como arma de guerra”, afirma o sociólogo em entrevista exclusiva a CartaCapital.

No âmbito nacional, Jessé avalia que o presidente Jair Bolsonaro é o principal responsável por um processo de “naturalização” dos números de mortes causadas por Covid-19.

“Em situações extremas, a função apaziguadora e o comportamento racional do líder máximo são decisivos. Nada nem ninguém o substitui. Os governadores têm muito menos poder de ação”, afirmou.

O boletim mais recente sobre a Covid-19 no Brasil, divulgado na noite desta segunda-feira 5 pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), aponta que o País registra 146.675 mil mortes causadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, além de 4.927.235 casos confirmados.

Eis a entrevista.

Negacionistas atuam em diversas frentes, em um momento de calamidade pública: negando a gravidade da Covid-19, retomando um movimento antivacina e duvidando até da devastação ambiental. Não é particularidade do Brasil, mas aqui esses movimentos vêm ganhando força. Como o senhor avalia esse fenômeno?

Sem dúvida é um fenômeno surpreendente e novo. Para mim se trata de um ataque da extrema-direita comandada pelos Estados Unidos com impactos globais, especialmente no Brasil. A extrema-direita americana, como mostrei no meu livro “A guerra contra o Brasil”, se inicia nos anos 70 do século passado e tem sua singularidade, antes de tudo, no fato de não mais ter o comunismo e a “esquerda” como os inimigos principais, mas sim o próprio consenso democrático construído à custa de muita luta e sofrimento nos últimos duzentos anos.

O que deve ser destruído é a própria noção de democracia e de seus corolários como direitos individuais, proteção da natureza, direitos de minorias e, antes de tudo, os direitos dos trabalhadores. O objetivo é a formação de um novo consenso social e político abertamente reacionário, por meio precisamente da propagação da mentira como arma de guerra e a subversão da noção de esfera pública argumentativa, baseada em argumentos racionais falseáveis por meio do debate público. A manipulação das redes sociais só pode ser compreendida dentro deste registro.

A criação de uma esfera pública argumentativa é mecanismo básico do processo de aprendizado coletivo de todas as sociedades modernas nos últimos 200 anos. E é precisamente isso que a extrema-direita americana, hoje em dia com Trump e Bannon como figuras públicas mais reconhecíveis, quer destruir. Como em países como EUA e Brasil a população é saqueada, sem se dar conta disso, pelo rentismo sem peias e por dívidas públicas secretas e galopantes, há muito ódio e frustração sem direção sendo canalizados por discursos de ódio. É isso o que está destruindo a democracia em muitos lugares.

O objetivo é a construção de um capitalismo altamente destrutivo e desregulado, com um Estado enfraquecido e sem condições de controlar o mercado, possibilitando, por exemplo, o saque da natureza por indústrias sujas e poluentes que deixam de temer multas bilionárias por sua ação destrutiva. O Brasil é, obviamente, o laboratório de teste mais visível deste tipo de novo capitalismo.

O Brasil ultrapassou as 146 mil mortes por Covid-19 e os dados diários continuam elevados. Ao mesmo tempo, porém, a impressão é de que muitas pessoas entraram em processo de ‘naturalização’, como se tivessem se habituado aos números. O que explica essa postura?

Bem, eu acho que Bolsonaro pessoalmente tem a maior parcela de culpa desta situação. Ao contrário dos países que tomaram enorme cuidado com suas populações, o Brasil foi sabotado pelo próprio presidente da República, ou seja, pela figura política central que, precisamente em épocas de catástrofes, deve assumir a responsabilidade pelo cuidado, e envidar todos os esforços para evitar mortes inúteis.

Em situações extremas, a função apaziguadora e o comportamento racional do líder máximo são decisivos. Nada nem ninguém o substitui. Os governadores têm muito menos poder de ação. Infelizmente, Bolsonaro não é apenas o representante mais obtuso e irresponsável da extrema-direita reacionária mundial que descrevi acima. Ele é também um tipo psicológico patológico por sua virtual ausência de qualquer sensibilidade e empatia humana.

Destas 140 mil pessoas, 100 mil morreram pela inépcia e pela irresponsabilidade de Bolsonaro. Basta comparar o desempenho do governo brasileiro com o dos países que foram, inclusive, afetados pela pandemia muito antes do Brasil. Bolsonaro teve todo o tempo do mundo para se preparar e aprender com o exemplo alheio, mas preferiu não fazer nada.

O presidente Jair Bolsonaro negou desde o início da gravidade da Covid-19, se contrapôs a medidas de isolamento social e defendeu o uso de um medicamento cuja eficácia não foi comprovada. Nesse contexto, o presidente vê a aprovação a seu governo crescer, entre outros fatores, pela popularidade do auxílio emergencial. Como o senhor avalia esse quadro?

Ora, a maior parte da população brasileira é pobre por razões que ela desconhece. Esse desconhecimento abre enorme espaço à manipulação. A grande mídia fragmenta notícias e cria um mundo falso e enviesado. A religião evangélica, quando se organiza como partido político, pretende se aproveitar dessa ignorância construída e volitiva para fabricar um consenso reacionário e fundamentalista no País. Isso abre enorme espaço para um uso instrumental da pobreza da qual Bolsonaro é a expressão máxima.

A única defesa do pobre é seu pragmatismo: como a política é vista pelo pobre como corrupta e coisa de rico, o que importa é o que sobra para ele no final das contas. Enquanto este dinheirinho estiver entrando, haverá apoio a Bolsonaro, que foi falsamente identificado como o pai da ajuda emergencial. Daí vem a atual popularidade de Bolsonaro apesar de todos os erros e bobagens que cometeu.

Os Estados Unidos passarão por eleições presidenciais em menos novembro. Até que ponto uma eventual derrota de Donald Trump para Joe Biden pode abalar a expansão da direita a nível internacional verificada nos últimos anos e impactar, inclusive, o Brasil e Jair Bolsonaro?

Esta é uma questão de difícil resposta. O Partido Democrata é tão ou mais envolvido com práticas criminosas do “deep state” americano que o Partido Republicano. A submissão e o enfraquecimento do Brasil, como potência regional em potencial, é um programa político de ambos os partidos americanos. Nesse sentido, não vejo grande possibilidade de mudança. Talvez em relação ao apoio a Bolsonaro pessoalmente, que é uma figura caricata e ligada ao que há de pior no mundo, tenhamos um afastamento relativo de Biden por oposição ao “caso de amor” unilateral de Bolsonaro com Trump.

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