• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Orçamento da Funai: “O problema não é técnico nem financeiro, ele é eminentemente político”

Acampamento Terra Livre (ATL) 2018. Foto: Guilherme Cavalli | Cimi

Mais Lidos

  • O desastre de uma megaoperação no Alemão e na Penha de um governo que terceiriza o seu comando. Artigo de Jacqueline Muniz

    LER MAIS
  • Bolsonarismo pode eleger 44 senadores em 2026 e se tornar majoritário, diz Real Time Big Data

    LER MAIS
  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

27 Junho 2020

Em entrevista, a assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) Alessandra Cardoso analisa a crítica situação orçamentária da Funai.

A entrevista é de Renato Santana e Tiago Miotto, publicada por Cimi, 25-06-2020.

Nos cinco primeiros meses de 2020, a Fundação Nacional do Índio (Funai) executou o menor volume de recursos dos últimos dez anos, em valores corrigidos pela inflação. O mesmo ocorreu com o orçamento destinado à demarcação de terras indígenas, que além de receber mais baixo valor desde 2011, teve também a menor execução no período: apenas R$ 84 mil gastos entre janeiro e maio, ou 1,18% do valor disponível para ações deste tipo.

A insuficiência orçamentária do órgão indigenista oficial, entretanto, não é um problema recente: ele é histórico, embora tenha sido aprofundado pelo caráter anti-indígena do atual governo e se tornado ainda mais evidente em função da pandemia de covid-19, que já atinge aldeias em todo o país e encontra os povos indígenas praticamente desassistidos.

Para a assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Alessandra Cardoso, as questões que afetam a Funai não são técnicas ou financeiras, mas políticas – a ponto de não haver, por parte do governo federal, uma estimativa real de qual deveria ser o orçamento necessário para que a Funai seja capaz de cumprir com suas atribuições constitucionais.

“Caso houvesse decisão política, essa medida do quanto é necessário poderia ser feita”, avalia. “Precisamos lembrar que demarcar as terras indígenas e garantir aos povos indígenas as condições para que possam sobreviver nas suas terras, preservando suas culturas e modos de vida, implica em barrar interesses privados poderosos que buscam a exploração de recursos que hoje estão fora do mercado”.

Eis a entrevista.

A Funai sempre foi um órgão com insuficiente capacidade orçamentária. O problema não é orçamentário ou de grandeza, é de ordem política

A capacidade orçamentária da Funai vem caindo nos últimos anos, sobretudo com o Teto dos Gastos, a ponto de não conseguir recuperar sua capacidade. O que a baixa execução deste orçamento já insuficiente pode gerar na estrutura da Funai?

A Funai sempre foi um órgão com insuficiente capacidade orçamentária. É difícil afirmar o que seria um orçamento suficiente para dotar o órgão de capacidade de atuação, frente ao que é o papel definido no seu estatuto e para cumprir a lei, como obriga a Constituição de 1988. Caso houvesse decisão política, essa medida do quanto é necessário poderia ser feita.

Quanto seria hoje necessário, do ponto de vista orçamentário, para concluir os processos de demarcação das terras indígenas? Quanto seria necessário para estruturar a Funai de modo que ela tivesse uma presença mais firme nos territórios, nas suas Coordenações Regionais e Frentes de Proteção Etnoambiental, ou seja, para conduzir a política indigenista junto dos povos e comunidades indígenas? Quanto seria necessário para apoiar projetos de etnodesenvolvimento que já estão em curso e poderiam ser criados para fortalecer uma economia indígena que possui um alto valor agregado, em termos culturais e ambientais?

Estas perguntas me parecem importantes para que possamos não só denunciar o orçamento criminoso da Funai, mas para mostrar que o problema não é técnico e também não é financeiro, ele é eminentemente político.

Hoje o orçamento da Funai representa 0,02% do orçamento da União. Em termos comparativos, o que o governo federal concede de subsídios à Petrobrás e petroleiras estrangeiras para extração do petróleo brasileiro é da ordem de R$ 20 bilhões anuais, ou seja, um valor 33 vezes maior do que o orçamento anual da Funai. A conta pode parecer meio absurda, mas ela dá uma dimensão de que o problema não é orçamentário ou de grandeza, é de ordem política.

Precisamos lembrar que demarcar as terras indígenas e garantir aos povos indígenas as condições para que possam sobreviver nas suas terras, preservando suas culturas e modos de vida, implica em barrar interesses privados poderosos que buscam a exploração de recursos que hoje estão fora do mercado.

Recentemente o presidente da Funai disse em uma reunião com a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Povos Indígenas que o órgão indigenista tinha um déficit de 3 mil servidores. Essa problemática orçamentária pode apontar para mais anos de dificuldades?

Esta pergunta é interessante porque é o próprio presidente do órgão, que está alinhado à ideia de uma Funai que opera no seu mínimo possível, dizendo que o déficit de pessoal é gigante.

Hoje a Funai possui, conforme cadastro de pessoal do governo federal, 2.623 pessoas lotadas no órgão. Ou seja, pelo que diz próprio presidente, a Funai teria que mais que dobrar seus recursos humanos e quase dobrar seu orçamento somente para cobrir o déficit de pessoal.

Se ao longo dos anos o modelo de saúde indígena diferenciado tivesse sido fortalecido, a situação poderia ser menos dramática

Vivemos uma pandemia que no Brasil se viu intensificada. Quando falamos em orçamento e execução baixos, como isso impacta na estrutura do órgão para se fazer as ações necessárias de combate ao vírus nas comunidades indígenas?

É uma tragédia mais que anunciada, pois não pensávamos na possibilidade de uma pandemia nestas proporções. Embora a saúde indígena tenha hoje um modelo interessante de atendimento diferenciado, ela já mostrava sua fragilidade antes da pandemia e agora o que vemos é que a esta fragilidade se soma um Sistema Único de Saúde que, embora muito importante e melhor do que muitos outros países, é insuficiente para garantir o atendimento no geral e ainda mais da população indígena. Se ao longo dos anos o modelo de saúde indígena diferenciado tivesse sido fortalecido, a situação que estamos vendo hoje poderia ser menos dramática.

Como um orçamento, no caso o da Funai, que é o nosso caso exemplar, é definido?

O Teto dos Gastos, em curso desde 2017, impôs o congelamento dos gastos primários para todos os poderes. Isto significa que o congelamento não é por órgão, mas por poder. Ou seja, a Funai poderia ter seu orçamento dobrado, por exemplo, sem que isto implicasse mudança no Teto. Ocorre que a orientação política/legal para congelar o orçamento acaba sendo repassada a todos os órgãos e, ano após ano, a Funai, no caso, segue com seu orçamento engessado. Normalmente, o número indicado para o orçamento a cada ano tem como base o que se tinha de dotação e o que se gastou no ano anterior.

Desta forma, em linhas gerais, e dada sua estrutura precária de pessoal, o orçamento segue sendo estrangulado ano após ano. Outro elemento que destacaria é que uma parte importante da dotação orçamentária da Funai para as ações finalísticas (quer dizer, para além do que se gasta com pessoa e estrutura) é feita com base em decisões judiciais que exigem que o governo pague, por exemplo, indenizações relativas a processos de demarcação.

Mas, no geral, o orçamento é mantido nos mesmos patamares ano após ano, e nestes casos, como o que ocorreu em 2019, isto acaba tornando ainda mais reduzido os recursos para as demais ações e atividades do órgão, a exemplo da fiscalização.

Leia mais

  • Coronavírus: Indígenas estão sendo infectados dentro das Casas de Apoio à Saúde Indígena (CASAI) no Amazonas e Roraima
  • Operando com 10% do orçamento, Funai abandona postos e coordenações em áreas indígenas
  • Demarcação de terras indígenas x latifúndios: a grande tramoia brasileira. Entrevista especial com Vincent Carelli
  • Bolsonaro pode acabar com 129 processos de demarcação de terra indígena
  • Fim da demarcação de terras indígenas é catástrofe, diz ambientalista
  • Salivando ódio contra indígenas: um balanço dos seis meses da (anti)política indigenista do governo Bolsonaro
  • Mais uma ataque contra os indígenas: Temer corta mais de 50% do orçamento da FUNAI
  • O genocídio dos povos indígenas. A luta contra a invisibilidade, a indiferença e o aniquilamento. Revista IHU On-Line, Nº 478
  • Em busca da terra sem males: os territórios indígenas. Revista IHU On-Line, Nº 257
  • "O atual governo está decidido a destruir a Funai"
  • Serraglio extingue 347 cargos da Funai
  • Novo presidente da Funai nunca lidou com a questão indígena
  • Ruralistas derrubam dois presidentes da Funai em menos de um ano
  • Com orçamento em queda, FUNAI gasta apenas R$ 12 por índio em 2017
  • Funai executa apenas 22% do orçamento destinado à demarcação e proteção de povos indígenas isolados
  • Apib divulga nota contra militarização da Funai e golpes nos direitos indígenas
  • A asfixia da Funai e o genocídio anunciado
  • Governo quebra Funai e abandona índios

Notícias relacionadas

  • A ambígua e ineficiente política indigenista brasileira. Entrevista especial com Egydio Schwade

    LER MAIS
  • Quinto vazamento de petróleo do ano pinta de preto a Amazônia peruana

    Horas depois do Dia Internacional dos Povos Indígenas, as imagens de fontes de água da Amazônia tingidas de petróleo volta[...]

    LER MAIS
  • A batalha do maracá contra o cassetete e a gravata

    "Foi gratificante acompanhar não apenas uma semana de mobilização pelos direitos dos povos e comunidades indígenas e tradicion[...]

    LER MAIS
  • “PEC 215 não é prioridade na minha agenda”, diz presidente da Câmara

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que, por decisão própria, não pretende pautar propostas polêmicas co[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados