28 Fevereiro 2020
A Igreja polonesa proibiu Jan Lenga, arcebispo emérito de Karanganda, Cazaquistão, de celebrar missas por descrever o papa Francisco como “o anti-Cristo” e negar-se a incluí-lo nas orações.
A reportagem é publicada por Vida Nueva, 26-02-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
“O direito canônico faculta ao bispo diocesano local tomar medidas disciplinares que poderiam deter a propagação do escândalo entre os fiéis”, disse o padre Artur Niemira, bispo de Wloclawek, em um comunicado enviado à Agência de Informação Católica da Polônia (KAI) e ao qual The Tablet teve acesso.
“O arcebispo Lenga deve se abster de dar sermões e conduzir publicamente a liturgia. Essa mesma proibição também se aplica aos contatos com os meios”, explica o comunicado. Lenga, de 69 anos, vive na cidade polonesa de Liguen, desde que deixou de exercer seu ministério no Cazaquistão em 2011.
“Lenga emitiu reivindicações controversas contra a autoridade do atual Papa e se negou a nomeá-lo durante as missas”, aponta a KAI. De fato, em maio de 2019, assinou um documento de 40 pontos, junto com o cardeal estadunidense Raymond Burke, no qual se opunha aos ensinamentos de Francisco. Ainda, em uma entrevista, chamou o Papa de “usurpador e herege” do pontificado de Bento XVI, a quem reconhece como Santo Padre.