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Política movida a conflitos

O deputado Jair Bolsonaro discute com a deputada Maria do Rosário. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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17 Abril 2019

"Desconhece o clã Bolsonaro a máxima de que 'a política é a melhor forma de exercer a caridade'. Em vez disso, o presidente e seus seguidores cultivam à larga o atrito em lugar da cooperação, o confronto em lugar do diálogo, o ataque em lugar do respeito à opinião do outro. Quem pensa de forma distinta, tona-se inexoravelmente um inimigo. Por que ouvir um pensamento dissonante do “meu” ou do “nosso”, se a via mais curta é o desprezo, a desqualificação ou o linchamento nas redes sociais? Joga-se na lata do lixo tudo o que não enquadra com o 'pensamento único'", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais.

Eis o artigo.

Melhor que o mestre Donald Trump ou que o ideólogo Olavo de Carvalho, o discípulo Jair Bolsonaro ilustra de forma magistral a razão (ou a falta dela) da extrema direita, nacional-populista, que recentemente se apossou do poder em países com larga, média ou curta tradição democrática. A figura do presidente do Brasil encarna e personaliza o autoritarismo endêmico e contagioso que, por vezes, toma conta do ato de governar. Algumas características são comuns a todos os defensores do nacionalismo populista, mas aparecem de maneira descarada e escancarada nas terras de Santa Cruz.

Destaca-se, em primeiro lugar, a criminalização da prática política enquanto tal. Não apenas a chamada “politicagem”, como se costuma denominar a falta de ética nessa área, mas a Política com “P” maiúsculo. Trata-se de um combate aberto a todas as instituições e instâncias que exercem o papel de mediadoras entre a sociedade civil e o governo. Política, para os adeptos do nacionalismo populista de direita, torna-se em geral sinônimo de corrupção, má-fé, toma lá dá cá, balcão de negócios, jogo de influência, intercâmbio de privilégios e benesses, e coisas do gênero. É como se todo e qualquer vereador, deputado ou senador já estivesse estigmatizado por essa marca negativa. A expressão “fazer política”, em lugar de uma tarefa árdua em debater, conciliar interesses e buscar o bem comum, cheira a coisa execrável!

Desconhece o clã Bolsonaro a máxima de que “a política é a melhor forma de exercer a caridade”. Em vez disso, o presidente e seus seguidores cultivam à larga o atrito em lugar da cooperação, o confronto em lugar do diálogo, o ataque em lugar do respeito à opinião do outro. Quem pensa de forma distinta, tona-se inexoravelmente um inimigo. Por que ouvir um pensamento dissonante do “meu” ou do “nosso”, se a via mais curta é o desprezo, a desqualificação ou o linchamento nas redes sociais? Joga-se na lata do lixo tudo o que não enquadra com o “pensamento único”. Assim, com ou sem razão, o opositor vira um adversário a ser sumariamente abatido, suprimido, liquidado. O bem senso e a temperança dão lugar uma fúria contínua e desvairada, onde impera uma ideologia não confessada e muito menos confessável e, por isso mesmo, aparentemente invisível e indestrutível. Não é a política que incomoda o presidente, e sim a forma democrática de exercê-la. Seria exagero falar de política pitbull?!...

Para viabilizar essa política, em segundo lugar, utiliza-se a comunicação através do Twitter, direcionada às redes sociais da Internet. A mensagem é breve, enxuta, simples, peremptória e direta. Não admite resposta que a possa dissecar, passo a passo, num processo dialógico. Ao contrário, desprovida de uma análise fundamentada, agrada de imediato aqueles que limitam o próprio conhecimento à superfície da história. Faz parte da inércia (ou até mesmo da aversão) ao processo reflexivo e relacional. A simplificação verbal de questões complexas atrai as pessoas autoritárias e “de pavio curto”. Nesse campo, da mesma forma que a prática política, criminaliza-se também o trabalho de informação enquanto exercício árduo em busca da verdade – incluindo aqui a ciência e a pesquisa, a imprensa e o debate aberto, a televisão e a mídia em geral. Os internautas de uma determinada rede, muitas vezes sem conferir fontes ou veracidade, aceitam sem discutir as intervenções às vezes despropositadas do capitão e família. Intervenções que primam por chavões chulos, vulgares, ofensivos e apimentados. Não é o que acontece normalmente com o jornalista, o estudioso, o historiador ou o cidadão minimamente informado sobre o curso dos acontecimentos.

O terceiro elemento característico desse combustível do conflito está no fato de que, por onde passa, levanta uma densa nuvem de poeira. Intrigas, rusgas, farpas, veneno, imprecisões, comportamento violento, ataques gratuitos – compõem essa nuvem. Tiros no pé, diriam alguns! O fato é que a nuvem de poeira, por sua vez, desencadeia duas consequências inevitáveis: deixa cego o presidente e seu entorno e, ao mesmo tempo, os desvia, bem como a toda a população, dos problemas urgentes que o país vem atravessando. Ficam em segundo plano, por exemplo, a reforma da previdência, as denúncias de corrupção, a taxa de desemprego e as políticas públicas tão necessárias e esperadas. O caso mais emblemático é o atolamento por que vem passando o Ministério da Educação, onde, entre admissões e demissões sucessivas, concretamente, pouco ou nada se decide em favor de escolas, professores e alunos – ou seja, do futuro do país.

Evidencia-se, em quarto lugar, uma visão moralista e moralizante por parte dos atuais ocupantes do Palácio do Planalto. Segundo eles, o Estado (leia-se o governo) deve exercer o difícil papel de intermediário entre “Deus acima de todos” e o "Brasil acima de tudo” – como rezava o lema da campanha eleitoral do então candidato Bolsonaro. Munido de tal responsabilidade, entre Deus e o povo, o governo se vê no direito e no dever de interferir nos costumes, na vida privada e na cultura dos cidadãos como mostraram, de um lado, a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos humanos, Damares Alves; e de outro, o Ministro da Educação, Ricardo Vélez. Ainda de acordo com esse pensamento, a família desregrada e o processo educativo contaminado pela ideologia marxista merecem uma “caça às bruxas”. Daí o olhar torto, míope e enviesado para o colorido de uma das manifestações mais populares no território nacional, o Carnaval. Determinadas cenas debochadas e exageradas de certos foliões exaltados bastam para criminalizar, uma vez mais, a alegria, a participação livre e a festa.

Por fim, mas não em último lugar, todo governo autoritário, de forma consciente ou não, tenta reescrever o passado, tentando adaptá-lo à sua visão de mundo ou a seus interesses. Não hesita, por isso mesmo, em neutralizar e distorcer a memória dos fatos históricos amplamente consolidados pela historiografia. Costuma desenterrar fantasmas para tentar exorcizar a sombra macabra de sua passagem pela face da terra. E assim, lá vai o nosso Dom Quixote em visita ao Paraguai e ao Chile, desenterrando primeiro Alfredo Stroessner, depois Augusto Pinochet, com visível constrangimento dos anfitriões. Depois, de volta a casa, desenterra o golpe militar de 1964, cujos atos ainda sangram nas veias de familiares, parentes e amigos de tantos perseguidos, presos, torturados e mortos. Corre em seguida a Israel, para desenterrar o Holocausto como tendo sido perpetrado pela esquerda, e coisas do gênero. Como disse alguém, “não só o futuro, mas também o passado se torna incerto e inseguro”.

Em meio a todas essas aventuras, porém, era preciso agendar um encontro indispensável com o mestre Trump e o mago Carvalho. E lá vai o capitão para Washington, em visita à Casa Branca. Neste caso, porém, prevaleceu a bajulação retórica e exagerada, deslizando para a subserviência pura e simples. Esta última, aliás, costuma ser irmã siamesa do autoritarismo. Quem costuma apontar o dedo em riste, gritar e esbravejar com os súditos ou subalternos, não raro se derrete diante dos superiores. Servilismo diante do forte e grande, ao lado de comando brutal diante do pequeno e indefeso não passam de duas faces da mesma moeda.

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