O Papa denuncia que “na Síria, hoje, está havendo um laboratório de crueldade”

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18 Novembro 2016

O Papa Francisco não se esquece dos cristãos do Oriente Médio. Em uma audiência com o Patriarca Catholicos da Igreja Assíria do Oriente, Mar Gewargis III, o pontífice não apenas denunciou a “violência terrível” que estes “irmãos” vivem, senão que colocou o exemplo deles – “seguindo com mansidão os passos de Jesus” – como modelo a seguir para a Igreja inteira.

A reportagem é de Cameron Doody e publicada por Religión Digital, 17-11-2016. A tradução é de André Langer.

Este encontro de oração de Francisco e Mar Gewargis III na manhã da quinta-feira “invoca o dom da paz pelo que está acontecendo no Oriente Médio”, explicou o Papa. Os dois líderes de suas respectivas Igrejas tiveram uma reunião privada antes de fazerem um momento de oração juntos na Capela Redemptoris Mater.

Francisco externou consternação pelo que continua acontecendo no Oriente Médio, especialmente na Síria e no Iraque, onde, disse, os que sofrem a “terrível violência de conflitos sanguinários” que “nenhum motivo pode justificar” são milhares de crianças, mulheres e homens inocentes.

Ali, disse o Papa, “nossos irmãos e irmãs cristãos, além de diversas minorias religiosas e étnicas, estão lamentavelmente acostumados a sofrer grandes provações”.

O Papa implorou pelo fim de “tanta dor” e evidenciou como estes cristãos percorrem o caminho da cruz, “seguindo com mansidão os passos de Jesus”.

“Estes irmãos são modelos que nos exortam em toda circunstância a permanecer com o Senhor”, explicou o Santo Padre, e indicam que “no centro da nossa fé sempre está a presença de Jesus que nos convida, mesmo nas adversidades, a não nos cansarmos de viver sua mensagem de amor, de reconciliação e de perdão”. Francisco expressou gratidão a estes irmãos porque “nos impulsionam a seguir o caminho de Jesus para derrotar a inimizade”.

O Pontífice referiu-se, além disso, aos “sólidos vínculos fraternos” que subsistem entre as duas Igrejas.

Francisco recordou a Declaração Cristológica Comum assinada pelo Papa João Paulo II e o Patriarca Catholicos Mar Dinkha IV e constatou como esta “meta histórica” abriu o caminho da peregrinação comum rumo à “plena comunhão”: “caminho que tenho a intenção de seguir”, disse Francisco. O Papa confirmou desta forma o compromisso da Igreja católica “para que o diálogo avance”.

A este respeito, o Santo Padre manifestou seu desejo de que “a Comissão Conjunta para o Diálogo Teológico entre a Igreja católica e a Igreja Assíria do Oriente possa nos ajudar a nivelar o caminho”.

O Bispo de Roma também manifestou sua esperança em que esta proximidade entre as duas Igrejas seja “fermento de unidade”, porque “somos chamado a trabalhar juntos na caridade onde for possível, para que o amor indique o caminho da comunhão”.

“Também nos fará bem renovar a memória comum da nossa atividade evangelizadora”, disse Francisco, e neste sentido recordou que os grandes evangelizadores, santos e mártires de cada tempo, “nos exortam e nos acompanham agora para abrir juntos caminhos fecundos de comunhão e de testemunho”.

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