14 Mai 2018
“O fantasma do centrão ocupa novamente o noticiário. Órfãos de Eduardo Cunha, os partidos que integram o grupo se reorganizam para assombrar a sucessão presidencial de 2018. A pretexto de assegurar a “governabilidade”, equipam-se para impor ao próximo presidente uma espécie de projeto centrão de poder. Baseia-se na ocupação predatória do Estado” – Josué de Souza, jornalista – portal Uol, 14-05-2018.
“No intervalo de 20 anos, o vocábulo ''governabilidade'' ganhou um sentido gangsterístico. Virou um outro nome para safadeza, gandaia, corrupção… Serve de álibi para que políticos invadam os cofres públicos. A anomalia marcou todos os governos desde a redemocratização. Ganha escala industrial sob Lula e Dilma” – Josué de Souza, jornalista – portal Uol, 14-05-2018.
“Hoje, o deputado Carlos Marun, que exibe na vitrine do Planalto sua estampa de trator, suas óbvias vinculações políticas com o centrão e sua truculenta atuação na milícia que tentou salvar o mandato de Eduardo Cunha, tornou-se uma espécie de símbolo do ocaso do governo Temer, a quem serve como ministro-chefe da coordenação política” – Josué de Souza, jornalista – portal Uol, 14-05-2018.
“É contra esse pano de fundo que os partidos do centrão, movendo-se sempre com a grandeza da vista curta e a sutiliza de um elefante, se reagrupa para tentar assegurar, antes mesmo da abertura das urnas, que o melado continuará escorrendo em 2019” – Josué de Souza, jornalista – portal Uol, 14-05-2018.
“A união de PP, DEM, PRB e Solidariedade não mira só as eleições de 2018. O grupo, que ainda trabalha para atrair PTB e PR, quer se estabelecer como bloco partidário indispensável à governabilidade de qualquer que seja o presidente eleito. Somadas, as seis siglas chegam hoje a 181 deputados. A adesão daria a eles peso para desequilibrar a corrida deste ano — e também para se proteger: se escolherem o candidato errado, terão um tamanho que assegura assento na mesa de negociação do vencedor” – Painel – Folha de S. Paulo, 14-05-2018.
“O lulismo não é um fenômeno mobilizador. É um movimento de transformação, sem ruptura com a ordem, o que é importante para o eleitorado mais pobre. Não houve mobilização das classes populares para defender Dilma contra o impeachment, nem para impedir a prisão de Lula. Mas o lulismo terá força eleitoral” - André Singer, cientista político – Folha de S. Paulo, 14-05-2018.
“Parte da esquerda entende que foi naquele momento que o lulismo começou a se despedaçar. Outros acham que ele representou a emergência de novas forças sociais, de caráter progressista. Acho que as duas coisas aconteceram, ao mesmo tempo. Esse movimento também criou oportunidade para setores de classe média que até então não tinham conseguido se mobilizar contra o lulismo e de repente surgiram com força extraordinária. As manifestações desses grupos foram decisivas para o impeachment mais tarde, em 2016” - André Singer, cientista político – Folha de S. Paulo, 14-05-2018.
“A campanha eleitoral ainda não começou e já se ouve a frase temível: 'Dinheiro não é problema'” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-05-2018.
“O documento produzido pela CIA em 1974 será usado para reacender o debate sobre a revisão da Lei da Anistia. O memorando diz que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) submeteu o assassinato de adversários do regime ao aval do Planalto. O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias quer que integrantes da Comissão da Verdade elaborem texto sobre os papéis liberados pelo Departamento de Estado dos EUA para cobrar que o STF rediscuta o perdão dado a agentes da ditadura” – Painel – Folha de S. Paulo, 12-05-2018.
“Dias, que coordenou o colegiado em 2013, quer reunir os integrantes da Comissão da Verdade na próxima semana. Sua ideia é que o documento a ser produzido neste encontro também aborde outros pontos, além da revisão da anistia” – Painel – Folha de S. Paulo, 12-05-2018.
“Ficou demonstrado que a tortura era uma política de Estado, comandada pela Presidência, e que Geisel foi coautor dos homicídios praticados”, diz o ex-ministro. “Neste momento em que corremos o risco de voltarmos à ditadura pelo voto, é importante demonstrar o que ela foi no Brasil.” – Painel – Folha de S. Paulo, 12-05-2018.
“A família do jornalista Vladmir Herzog, morto em 1975 após ser preso pela ditadura, quer mobilizar a estrutura do instituto que carrega o nome dele em Washington para obter outros documentos sobre o regime produzidos pelos americanos” – Painel – Folha de S. Paulo, 12-05-2018.
“A forma como Jair Bolsonaro (PSL) reagiu à divulgação do memorando da CIA fez a alegria dos adversários. O presidenciável, que lidera a corrida eleitoral em cenário sem Lula, minimizou o teor do documento. “Errar, até na sua casa, todo mundo erra. Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu?”, disse” – Painel – Folha de S. Paulo, 12-05-2018.
“Como parte das comemorações do segundo aniversário de Karl Marx, aqui vai uma boa pergunta: Do ponto de vista prático, quem influenciou mais o mundo de hoje, Marx ou Rachel Carson, a americana calada que publicou em 1962 o livro "Primavera Silenciosa"? Ela denunciou o uso de agrotóxicos e acordou o mundo para os problemas do meio ambiente. Já o barbudo alemão teve muitas ideias, mas na vida real seus seguidores produziram poluição política, econômica e cultural, noves fora ruínas ecológicas” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-05-2018.